Coisas de heranças genéticas
É curioso observar como os nossos filhos conseguem ser uma combinação dos nossos defeitos e feitios, às vezes em misturas contraditórias que nos fazem perguntar a que conduzirão no futuro. O meu filho Afonso, por exemplo, é um líder natural (como o pai). Chega à escola e toda a gente vai ter com ele, é ele quem tem as ideias (quase sempre para disparates - no outro dia aproveitou uma saída rápida da professora e mandou a turma toda subir para cima das mesas para fazerem um concerto) e já me confessou que tem muitos amigos, mas ele é que manda. No entanto, é extremamente indeciso, como a mãe. Quando tem de escolher um brinquedo, brincadeira, uma roupa, um iogurte, demora horas a analisar os prós e contras de cada decisão (pelo simples facto de invalidar as outras, e tanto eu como ele queremos abraçar o mundo todo!). O que pode resultar num problema, se ele continuar a ser líder. Ter um bando de seguidores e não saber que opções tomar, pode ser tramado.
O Sebastião, por enquanto, ainda é um poço de virtudes. Digo por enquanto porque até tenho medo de lhe chamar o filho-perfeito antes de tempo. Mas parece que herdou grande parte das qualidades dos pais, e corrigiu os defeitos: é simpático, não faz birras, espertalhão, desenrascado, dorme bem, come bem, é lindo, grande, forte... ok, é alérgico, o que não herdou de nenhum dos dois pais, mas faz aerosóis e toma a medicação com os mesmo sorriso com que come um bolo. ok, é maroto (no outro dia atirou o comando da televisão para dentro da sanita), mas percebe quando ralhamos com ele e dá-nos abraços para o desculparmos. Olho para ele à procura de algum dos muitos defeitos dos pais e não consigo encontrar nada. Já sei! Tem os dedos dos pés feios! Eu digo que como o pai... o pai diz que como a mãe...
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