Coisas de Pais
O frio tem destas coisas. Estava o meu filho com o primo Zé Maria a fazerem xixi ao mesmo tempo na sanita da escola (coisa que não cabe no imaginário infantil de uma mulher... à custa do meu filho percebo cada vez melhor porque é que os homens são como são...), quando perceberam que, das suas pilinhas, além de xixi, saía fumo. O fenómeno é físico e explicável, o xixi saía quente e a água do fundo da sanita estava fria. Mas como aos três anos ainda se percebe pouco de física, lá foram o Afonso e o Zé Maria, a correr, de calças em baixo e pilinhas a dar-a-dar, contar às professoras o que se estava a passar: "Temos as pilinhas a arder! Temos as pilinhas a arder!"
Coisas de Pais
Morreu o Padrinho Xico. O Xiquito das piadas, das aulas de solfejo, das missas tocadas em dueto (eu no órgão, ele no saxofone, com as velhinhas todas a desafinar por trás), das histórias de um passado sofrido que sempre pensei um dia vir a escrever... Tenho pena que os meus filhos não venham a conhecer este Xico e, se alguma memória neles ficar, seja a do Xico que visitávamos sempre que íamos a Évora, porque estava doentinho.
Para dar resposta às dúvidas do Afonso antes que ela surjam (e nos momentos menos oportunos, às pessoas a quem ainda custa muito dar-lhes resposta), resolvi falar com ele e explicar-lhe que o padrinho Xico morreu e está no céu. Foi a caminho do supermercado, depois da escola. "Morreu porquê?". Perguntou logo. E eu respondi que era velhinho e estava doente. Que todas as pessoas têm um dia de morrer. "E vão para aonde?". Repeti-lhe que iam para o céu. Apesar de me ter divorciado da Igreja há uns anos, por esta e por outras razões, dá muito jeito continuar a existir um céu como explicação. E ainda emoldurei a questão com algo visível, que desse ao meu filho matéria para ele sonhar: "o padrinho Xico agora é uma estrelinha do céu. Vai ficar lá em cima, a brilhar e a olhar para nós." No supermercado, o Afonso esqueceu o assunto, mas assim que saímos, como já era noite, olhou para o céu e perguntou: "Qual é o Xico, mamã?". Eu sorri, olhando o céu, que por acaso nesse dia tinha muitas estrelas. "Não sei, filho...". "Acho que é aquela ali..." - respondeu, apontando para uma. E ficámos os dois a olhar aquela estrelinha que de repente se tornou especial. Como o padrinho Xico foi para nós. Nada é assim tão simples. Mas podia ser, não podia?
Coisas de Pais
E como é que se faz quando os pais e as mães têm diferentes ideias sobre como tratar os filhos e como ser tratado por eles? Na família do meu marido os mais velhos tratam os mais novos por "tu" e os mais novos tratam os mais velhos por "você". Na minha família trata-se tudo por "tu". Outras famílias há em que todos se tratam por "você". O que já é mais raro (e pouco saudável) é ver famílias em que ninguém sabe como é que se há-de tratar... Ainda não é o caso da minha, mas a ideia começou a assaltar-nos cá em casa quando me deparei com o meu marido a ensinar o Afonso a tratá-lo por "você". Senti um aperto no peito e, assim que o Afonso desapareceu (sem ligar nenhuma à questão), ataquei o assunto com o pai dele: "Eu queria que os meus filhos me tratassem por tu..." Queria que a minha relação com eles fosse de igual para igual, de amizade, de à vontade, bla bla bla. O meu marido explanou outro role de razões para defender a sua ideia (o respeito pelos mais velhos, etc), e acabámos por decidir que caberia a ele e ao irmão tratar-nos como bem entendesse. Sendo que os primos de Évora tratam os pais por "tu" e os do Estoril tratarão um dia os pais por "você", lá chegará a altura em que os meus filhos se perguntarão como hão-de afinal, tratar os pais. Tratar a mãe de uma maneira e o pai de outra não me parece muito "normal". Felizmente que eu e o meu marido estamos de acordo quanto a tratá-los por "tu", ou ainda teríamos outra questão de tratamentos para resolver cá em casa...
Coisas de Pais
Tenho uma relação de amor/ódio com as idas ao supermercado com o meu filho Afonso. Se vou sozinha escolho os produtos com uma nostalgia horrível, a lembrar-me das graças que o meu filho diria sobre os legumes, e das amolgadelas nos ovos Kinder... Se o levo comigo, desespero e chego a casa com a certeza de que foi a última vez que fiz compras com ele. Começo por pô-lo no carrinho, e ando longe das prateleiras para ele não pegar em nada sem a minha permissão. Dou-lhe normalmente a lista para as mãos, para ele ter com que se entreter, e rio sempre que lhe pergunto o que vem a seguir, e ele me responde, como se estivesse efectivamente a ler: “Cho-co-la-tes. Chocolates, mamã. E brin-que-dos. A Teresa escreveu aqui brinquedos.” A Teresa, que para quem não sabe é a empregada cá de casa, costuma ajudar na elaboração da lista, e como mal sabe escrever dá erros dignos de figurar no programa do Diogo Infante. Mas para o caso é irrelevante, porque o meu filho não sabe ler. Mas finge bem: “Cenouras, mamã? A Teresa não escreveu cenouras. Nem bróculos. Escreveu can-ja, mamã. Temos que levar canja...”.
Fujo estrategicamente as filas dos brinquedos, mas quando não consigo evitá-lo é meia hora só para explicar ao meu filho porque é que ele não pode levar mais brinquedos para casa. Explico-lhe a inflação e os deveres dos pais para com os seus filhos (Não os tornar consumistas, mandamento número 2, logo a seguir a Não os deixar ser malcriados). Mas às vezes, em situações de desespero, lá o mando escolher um brinquedo só com um número no preço, excepto nas situações em que ele me “compra” com um livro. Como já sabe que adoro comprar-lhe livros, diz às vezes, em desespero de causa: “Nada, mamã? E se for um livro?”. E pronto, lá cedo, e às vezes até estico o orçamento dos mimos para os dois dígitos.
No final é a saga do Ovo Kinder, que ele adora, mas que normalmente chega esborrachado à hora de comer. Resta o brinquedo, que cada vez tem menos graça: “Que lindo fantasma, filho... Não é um fantasma? Então o que é? Um ET? Temos que perguntar o pai que porcaria é esta que me levou 1Euro e tal...”.
Na caixa, tem que ser ele a marcar o código do cartão, o que arranca sempre sorrisos amarelos às pessoas que estão à espera (porque ele engana-se sempre, claro está...), e no carro é tentar enfiar tudo na bagageira sem que ele fuja para a estrada ou para o meio do parque de estacionamento. Quando regresso a casa, já sempre fora de horas, atiro os sacos no chão e lamento-me, a suar: “É a última vez que levei o Afonso comigo às compras...”.
Mas na semana seguinte, invariavelmente, lá estou eu à porta da escola do meu filho, com aquele sorriso desafiador: “E então, Afonseto? Pingo Doce ou Carrefour?” Pais...
Coisas de Pais
Tenho uma tendência natural para achar que os meus filhos têm aptidão para a música. Alguma coisa lhes há-de ter ficado dos genes da mãe, penso. E assim lá vou enchendo a casa com flautas, pianos, órgãos, tambores, xilofones, etc, etc, etc. Os amigos e família também sabem deste meu secreto desejo de os pôr a tocar um dia alguma coisa e oferecem outros tantos instrumentos para juntar à filarmónica. E quando me perguntam o que lhe podem oferecer, respondo sempre, como quem não quer a coisa: "Eles gostam muito de música...". A verdade é que o Afonso tem um ouvido incrível. Ouve uma música na rádio e diz que é deste ou daquele filme (filmes de animação, claro está). E há certas músicas que identifica como de certas pessoas ou situações. Referi-lhe uma vez que cantava muito uma música quando ele era bebé, e sempre que a ouve na rádio, grita "Olha a minha música!". Já a "nossa" (minha e dele) é o "Mudar de Vida", e não há telefonema ou assunto que interrompa a nossa cantoria quando a música passa. Às vezes vamos no carro e toca uma música de que gosto muito. Pergunto-lhe se a posso cantar e ele responde: "Sim, mamã. Mas a seguir continuamos a falar...". E lá ficou eu, dois ou três minutos a cantarolar-me, sob o olhar respeitador do meu filho, que a seguir retoma o assunto sem uma queixa. Se isto não é gostar de música, o que é? Tocar é que ainda não toca nada, mas enfim... o puto só tem 3 anos, ok?
O Sebastião, coitadinho, que é sempre tão pouco citado nestas minhas memórias, porque a bem dizer ainda só faz metade das graças do Afonso, fez hoje uma digna de registo. A verdade é que também ele tem um ouvido apuradíssimo. É o primeiro a dizer "Mãe" quando eu venho a entrar em casa (normalmente ouve logo o portão da garagem a abrir) e abre muito os olhos quando ouve um barulho fora do normal. Hoje acordou a chamar por mim, e assim que saiu do quarto os seus ouvidos foram logo atacados por um berbequim violento dos homens que andam cá em casa a meter o tecto falso. E ele não se fez rogado. Como, cada vez que o meu pai cá vem, aproveitamos para lhe cravar uns furos na parede para pôr uns quadros ou tralha decorativa, assim que ouviu o berbequim no andar de baixo, gritou logo a plenos pulmões: "Avô! Avô!". Agora os furos... mais tarde uma orquestra... Ai, ai...
Coisas de Pais
O meu filho mais velho acaba de criar uma nova fórmula para não comer: abana a cabeça para um lado e para outro, fugindo da colher. Nada que não seja comum a muitos pais, se a explicação dele para a "proeza" não fosse invulgar: "Não posso parar quieto, mãe. Sou um sino..."
Coisas de Pais
Quando cheguei hoje à escola para ir buscar o meu filho, a professora estava a ler uma história à turma. A história do coelhinho que estava triste: triste porque os coleguinhas gozavam com as orelhas dele, triste porque os pais-coelhinhos discutiam... e foi quando a professora decidiu perguntar à turma se já alguma vez tinham visto os pais discutir. Fiquei na retaguarda, a observar as manifestações dos colegas do Afonso, mas o que reagiu mais entusiasticamente, foi nada mais nada menos do que o meu filho... "Sim, já vi! E eu fiquei triste. Depois o meu pai deu-me um pontapé na barriga e meteu-me a cabeça no lixo...". Antes que a professora ligasse para a Protecção de Menores, irrompi pela sala adentro para alegar em minha defesa. Não podia estender o dedo e gritar: "Mentiroso! Logo não vês o Ruca!", ou a professora ficaria escandalizada com a crueldade do castigo e aí é que acreditava mesmo nos relatos do meu filho. Por isso optei por uma gargalhada sonora e um embevecido "o meu filho tem uma imaginação tão grande", enquanto o puxava dali para fora para uma reprimenda em segredo que não pusesse em causa a minha reputação (já que a do pai tinha sido inequivocamente manchada). Que outras coisas não terá dito o meu filho às professoras, aos colegas, às funcionárias? E quando lá chega com as pernas cheias de nódoas negras dos pontapés do irmão, e galos na cabeça de tentar dar cambalhotas no chão? Tenho que explicar urgentemente ao meu filho que existem outras formas de ele se tornar popular na escola...
Coisas de Pais
Esforcei-me tanto por ensinar ao meu filho as palavras básicas da boa educação, que corro o risco de ter um filho bem-educado demais. Ai de mim que não lhe diga "obrigada" quando me faz algum favor - pergunta-me logo: «O que é que se diz, mamã?» - e, pior!, que não responda aos seus "obrigados" com "de nada" - «Tens que dizer "de nada", mamã!». Até o meu Sebastião, que ainda só diz algumas meias palavras, já arrisca uns "obigás" sempre que lhe dou alguma coisa que me pede, ou arrisca-se a levar um raspanete do irmão.
Até aqui tudo pacífico. O meu filho não me deixa ser mal-educada, até é um favor que me faz. O problema é que ele já começa a perceber como tirar proveito da sua boa-educação. Sabe que a mãe sorri sempre que diz "obrigado" ou "de nada", e que o desculpa sempre que ele diz "desculpa, mamã". E ele diz "desculpa, mamã" a toda a hora, mesmo depois de empurrar o mano, atirar a bola de futebol contra os quadros da entrada, ou comer com as mãos, só para dar uns exemplos soft. Di-lo imediatamente a seguir à asneira, antes que eu tenha tempo de lhe ralhar. Acho que, uma vez ou outra, até já o disse primeiro. Tentei explicar-lhe que as desculpas só têm valor quando se fazem as asneiras sem querer, mas o resultado foi que, em vez de um simples pedido de desculpas curto e directo, ele passou a dizer sempre, muito rápido e sem os gaguejos habituais: "Desculpa, mamã, foi sem querer... foi sem querer..."
Coisas de Pais
O meu filho voltou para casa! Seis dias depois, quase 144 horas e muitos mais minutos, voltei a abraçar o meu filho com aquela força e aquela vontade de o trincar todinho que as saudades provocam. Claro que ele ainda me fez penar um bocadinho... Foi, segundo os meus pais, a vez que perguntou mais por mim, que me disse mais vezes ao telefone para ir ter com ele, e aquela em que mostrou mais vontade de regressar a casa... mas foi também aquela em que reagiu pior quando me viu! A primeira vez que o deixei de férias com os meus pais e fui passear com o pai dele uma semana (ainda o irmão dele não existia e só podia ouvir o riso dele ao telefone, porque ainda não falava), quando regressei ele virava-me a cara e não largava o colo da minha mãe nem por nada! Senti-me uma mãe horrível que teve a coragem de abandonar o seu filho para ir gozar as praias de Miami, apesar de o meu assunto com o meu marido nessas férias ter sido apenas as saudades que sentia do meu filho (e o meu marido já não podia ouvir a frase: "Mas porque é que viemos tantos dias?!"), e a conta do telemóvel ser quase tão grande quanto o orçamento das férias (de manhã para saber se o Afonso acordou bem, ao almoço para saber se comeu e foi dormir a sesta, à noite para saber se jantou e já está a dormir... fora os extras, que incluíam algumas tentativas de o fazer mandar beijinhos ou dizer qualquer coisa perceptível). Só algumas horas depois de termos aterrado em Portugal é que consegui que o meu filho olhasse para mim, percebesse que eu tinha vindo para ficar e me desse a mão. Só a largou à noite, quando o pus na cama, e nessa noite acordou algumas dez vezes para me obrigar a ir ter com ele (e assim provar-lhe que ali estava). Tinha 10 meses. Hoje com três anos, já conversa comigo ao telefone, o que me deixa mais descansada quando diz "Olá, mãe. Estou a brincar... Um beijinho para ti, outro para o pai e outro para o Bastião", e muito preocupada quando, pelo contrário, diz "Vem ter comigo... Quero ir para casa. Vem-me buscar..." Fico mais descansada quando ele regressa a casa, me abraça e diz "Olá! Aqui estou!" e muito angustiada quando chora e grita "Não quero a mãe! Estou zangado com a mãe! Quero volta para casa da avó!". Pois foi isso que aconteceu desta vez, à porta da minha garagem, entre uns esperneios e umas frases doz avós que tentavam fazer-me sentir menos mal: "Vinha a dormir... Isto é sono... Mal quis almoçar, para vir ter contigo...". Também me mostrei compreensiva ("As crianças são mesmo assim...", "É sono, é"), mas por dentro estava a martitizar-me ("Mas porque é que eu não me enfiei no carro e o fui buscar quando ele pediu?", "Mas porque é que o deixei ir?") e valeu-me o Sebastião que passou uma semana sozinho comigo e não queria por nada sair do meu colo. Dei-lhe uns abraços fortes para compensar aqueles que o irmão não queria dar-me, mas a birra do Afonso, felizmente, durou pouco mais de meia hora. Depois disso, já eu o tinha tentado comprar com todos os brinquedos que sobraram do Natal, resolveu esquecer a sua dor e perdoar-me. Abraçou-me, encostou o seu nariz ao meu e deu-me as personagens principais dos seus teatros até ao fim do dia. Quem se queixou depois foi o Bastião, que à custa das pazes entre a mãe e o mano, foi empurrado literalmente para a avó...
Enquanto tudo isto acontecia, o meu marido discutia com o meu pai os pontos de luz cá de casa. Descontraidamente. Sem problemas de consciência, culpa ou angústias. E quando me sugerir as próximas férias longe dos nossos filhos e eu lhe relembrar as reacções deles, vai achar que eu estou a exagerar e a ser paranóica. E ainda que eu sugira irmos só 3 dias, iremos 9 e ele ainda vai achar pouco. E vai-nos fazer bem, e vai fazer bem aos nossos filhos, ainda que reajam mal quando nos voltarem a ver, e a única que vai pensar nisto e naquilo, e no outro, e vai ficar angustiada e culpada e magoada por mais de meia hora, o tempo das birras... sou eu! Mas porque é que a cabeça das mães não pode ser descomplicada como a dos pais?
Coisas de Pais
O Afonso está em casa dos avós desde segunda-feira... há três longos e intermináveis dias, em que tenho trabalhado o dobro, descansado o dobro, tenho ido a jantares e ao cinema (porque o Sebastião deita-se cedo e dorme a noite toda. Posso deixá-lo com a minha empregada sem problemas de consciência). Mas e as saudades? E a casa vazia? E os brinquedos por desarrumar? O levar à escola e o trazer, no nosso trajecto de intimidades? As birras no banho? As necessárias distrações para comer? O Sebastião está a adorar ter as atenções só para ele, até porque nestes dias tenho aproveitado para fazer algumas coisas com ele que geralmente não tenho tempo, como ler-lhe histórias e tocar piano. Mas ele próprio sente falta de qualquer coisa cá em casa. Quando ligo para os avós (no mínimo três vezes por dia), ele corre para o telefone e grita "man... man..." E quando o Afonso me diz: "Mamã, anda ter comigo", aperto o Sebastião com força e comalto com ele as saudades que sinto do irmão. É a vantagem de se ter dois filhos. Um compensa a falta do outro. O pior é que vai chegar a altura em que este também vai querer ir para casa dos avós. Talvez seja altura de ter outro filho. E, por esta lógica de ter sempre algum comigo, acho que a minha casa se vai transformar numa creche...

(Diz-se que as mulheres que não querem ter filhos são egoístas. E o que dizer das mulheres que querem ter muitos filhos para terem sempre amor, casa cheia e companhia? O princípio é igualmente egoísta. A diferença é que as mulheres que têm muitos filhos passam rapidamente do princípio à prática, e o egoísmo transforma-se numa partilha necessária que dá muitas olheiras mas muitas mais alegrias...)
Coisas de Pais
Este foi o primeiro ano em que o Afonso resistiu até à meia-noite para ver o fogo de artifício e assistir ao tradicional brinde de champagne com passas e desejos. Estava maluco, no sotão de nossa casa, a ver o fogo colorido em todas as terrinhas que nos rodeavam. O mano dormia desde as nove da noite, entrou em 2007 com a paz e a serenidade que eu desejo que ele mantenha pelo ano afora. Os meus outros desejos foram, em grande parte, também para eles, porque a maternidade torna-nos menos egoístas e torna-nos menos difícil a árdua tarefa de arranjar 12 coisas para pedir. O Afonseto ficou-se por uma. Sem problemas de ser assumidamente egocêntrico, porque ainda está em idade disso, disse-me que o seu desejo para 2007 era, nem mais nem menos do que... um ano cheio de chupa-chupas!
Bom ano para todos!