Então, pedi a cada um deles que escolhesse o "seu" ramo. Um escolheu um ramo mais grosso para que ele nunca se partisse, outro um ramo mais alto para poder tocar o céu, outro um ramo mais torto para fazer acrobacias, outro um ramo mais comprido para poder ir e voltar sem sair da árvore.
Deixei-os escolher os seus ramos à vontade e só depois fui sentar-me no meu: o mais fininho que havia na árvore, para dessa forma deixar todos os ramos bons, livres, para eles.
Mas, assim que me sentei, o ramo partiu-se e eu fui parar outra vez ao meio do chão.
Então os meus filhos vieram buscar-me e explicaram-me que eu também tinha que escolher o meu ramo, que tinha de ser forte para aguentar o meu peso, que tinha de ser lá no alto para eu tocar no céu, que podia ter partes tortas para quando eu quisesse fazer acrobacias, e que devia ser igualmente comprido para eu ir e vir as vezes que quisesse, sem sair da árvore.
Eu achava, até então, que não devia preocupar-me em escolher um bom ramo para mim, porque a minha prioridade eram eles. Mas os meus filhos ensinaram-me que, na árvore da vida, todos merecem o seu lugar. Um lugar especial, à nossa medida. E uma mãe que saiba escolher o seu ramo, terá a força, a altura, a forma e o comprimento adequados para dar isso tudo e muito mais aos seus filhotes...

Que bonito!
ResponderEliminarEste é daqueles posts para dar livro!
ResponderEliminar