quarta-feira, 18 de abril de 2012
Coisas de Fadinha dos Dentes
Ontem o meu filho Sebastião (6) chegou a casa com um pequeno dentinho na mão e aquele sorriso que só ele tem, rasgado, meiguinho, sem grandes palavras, porque um verdadeiro sorriso não precisa delas.
(Mãe) Finalmente, Sebastião! Estava a ver que esse dentinho maroto nunca mais saltava! Vai buscar um guardanapo para o enrolarmos. Temos que o pôr debaixo da almofada.
(O Sebastião foi, satisfeito, e o seu sorriso foi ganhando contornos de marotice. Enrolou delicadamente o seu dentinho e depois aproximou-se do meu ouvido e disse baixinho:)
(Sebastião) Eu já sei que és tu a Fadinha dos Dentes... Disse-me a Madalena Vivas!
(Mãe) A mãe? Então como é que a mãe ia deixar moedas debaixo de todas as almofadas dos meninos? (a conversa já tinha resultado com o Pai Natal, mas verdade seja dita... por pouco tempo!)
(Sebastião) Não há Fadinha dos Dentes! És tu que me deixas lá a moedinha. E naqueles dias em que não havia moeda, foste tu que te esqueceste!
(Ora bolas! Apanhada na curva, sem escapatória possível!)
(Mãe) E agora, Sebastião? O que é que fazemos ao teu dente?
(Sebastião olha para o dente, pensativo)
(Sebastião) Pomos à mesma debaixo da almofada e tu deixas uma moeda. Ah, não... Sem moeda é que eu não fico!
(E assim continuam eles a receber presentes no Natal e moedinhas quando os dentes caem. Vão-se as histórias... ficam os anéis!)
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