Coisas de Lutas
Hoje a tarde de brincadeiras com os meus filhos, que se costuma ficar pela futebolada e pelos saltos (para a água e na cama elástica, que foi a última aquisição cá para casa), hoje degenerou em lutas. Sempre recusei esse género de brincadeiras cá em casa, mas hoje resolvi mergulhar de cabeça no universo masculino, e disse ao meu filho que ia (finalmente) lutar com ele. E fiz uma descoberta incrível: não é que o raio dos putos conseguem lutar sem se magoarem? Já percebi de onde surgiu o restling. De facto, estive uma boa meia hora a "lutar" com o meu filho, e nem uma investida dele, em supostos murros e pontapés, me magoou. Os meus ataques também não o magoaram, que eu era capaz de o fazer, já o sabia. Não sabia é que as crianças eram também capazes dessa proeza incrível que é ser violento sem o ser. Exteriorizámos os dois um bocado da nossa raiva e vi o meu filho olhar para mim como um compincha, o que foi muito bom!
O pai juntou-se depois à brincadeira num jogo de rugby (nem sei como se escreve!), e fez equipa com o Afonso. Eu e o Sebastião perdemos por uns modestos 1000 a 0, e ainda fomos fazer umas corridas para soltar todas as energias antes do banho (e aos sábados eles dormem sempre que nem anjinhos!). E, com o pai hoje disposto a todas estas brincadeiras, fiz outra descoberta importante: os pais, em geral, gostam de ganhar aos filhos para os obrigar a serem melhores. As mães, em geral, deixam os filhos ganharem para eles se sentirem os melhores. É a diferença fundamental entre a razão e a emoção que tantas vezes é o mais separa os homens das mulheres...
1 comentários
O instinto maternal além de protector revela tantos segredos. Eu ainda não sou mãe, mas delicio-me a ler este teu blog...
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