A professora disse ao Dudu que ele não pintava lá muito bem (o que é verdade verdadíssima, pelo simples facto de que ele não tem paciência alguma para ficar muito tempo sentado a fazer o que quer que seja). E, se há coisa que o Dudu não gosta, é que digam que ele não é bom a fazer qualquer coisa (aliás, ele de preferência até tem de ser o melhor!).

E foi assim que o Dudu hoje se sentou à secretária do seu quarto e esteve quase duas horas a pintar uma cópia de um desenho que o mano Afonso trouxe para casa, para ir pintando ao longo de uma semana (e ora aí está outro filho meu sem paciência alguma para pintar!).



(Mãe) Pintaste tudo, Dudu??

(Dudu) Sim. E agora já pinto bem. Amanhã vou levar à minha professora para ela ver como ficou bonito. E agora podes-me trazer um bocadinho de gelo, que eu já tenho os dedos a doer-me?


Um dia o mano Afonso - que é uma versão mais velha do Dudu, só com algumas diferenças - disse-me que não era assim tão bom aluno como se dizia. Era até um bocadinho preguiçoso e aldrabão a fazer os trabalhos de casa. Na verdade, só tinha boas notas porque detestava ficar atrás dos outros. "Estás sempre a dizer que o excesso de competição é mau, mas no meu caso, o que me vale é ser competitivo!"

E o Dudu, pelos vistos, segue as pisadas do mano...
Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos!
Os desenhos dos manos gémeos para o seu mano Titão (que tem uma paciência infinita para eles...)


Nonô e Titão




O Titão Minion, made by Dudu

E ele é isto... olhinhos sempre vivos, espreitando o mundo com uma inocência comovente. É o meu filho do sorriso doce e dos abraços quentinhos. Sempre pronto a ajudar, sempre capaz de recomeçar, porque a vida (assim ele me ensina todos os dias) pode ser bem simples, não precisamos de complicar...

Parabéns, meu filhote, pelos teus 10 anos de gente!




PS - E hoje à noite, como te prometi, vamos reler este nosso blogue, que comecei a escrever quando tinhas um aninho. Aqui fica um best-off das tuas primeiras graçolas...
Coisas de Futebol
Coisas de Pai Natal
Coisas de EuroMilhões
Coisas de Filhos Tecnológicos
Coisas de Inventores
A Maria Inês Almeida é uma escritora muito querida de todos nós cá de casa, e criou o blogue "Onde Vamos Hoje", que também acompanhamos com toda a atenção, cheio de boas dicas para uns valentes programas em família.
Hoje a Maria Inês incluiu, nas suas sugestões de leitura, as "Novas Aventuras em Santa Clara", que amanhã chega às livrarias.
Muito obrigada, querida Maria Inês! <3. Ficaremos também à espera das tuas próximas aventuras... http://ondevamoshoje.blogs.sapo.pt/ler-livros-183631?fb_ref=Default
Há já uns bons, comprei uns cartões de palavras, para o meu filho mais velho aprender a ler. Já serviram para o Sebastião, e agora fui tirá-los da gaveta para os gémeos, que ainda por cima estão a aprender por um método diferente, onde a visualização da palavra ganha ainda mais importância.


Esta semana aprenderam as palavras "Menina" e "Olá". Por azar, logo duas palavras que eles não tinham no seu jogo...

Mas é das dificuldades que às vezes nascem as melhores soluções. Se não havia cartões para as suas palavras... tínhamos de construí-los! E assim a mamã cortou alguns cartões, eles dividiram-nos com a guilhotina, a mamã desenhou as palavras e os bonecos e eles pintaram-nos. E guardámos um bom lote de cartões para as palavras que eles aprenderão de hoje em diante.



Não ficaram tão perfeitos como os do jogo... mas, feitos por nós, até têm muito mais valor :)





A Oficina do Livro desafiou-me a continuar, em Portugal, a coleção "As Gémeas", da Enid Blyton, e o livro está quase, quase, quase a chegar às livrarias!

Gostava muito que lessem e que me enviassem as vossas sugestões, críticas, desenhos, ideias para livros futuros, e tudo o mais que vos apetecer. Publicarei tudinho por aqui e também AQUI.


E para encomendarem online, espreitem AQUI.

Vamos a isto!
Boas leituras...
Caiu mais um dente à Nonô! Mais um caninho, para deixar ainda mais a "baliza" aberta pela falta de dente dos dois dentes "da frente".

(Mamã) Olha a tua sorte, Nonô... Vais receber a visita da fadinha dos dentes outra vez.

(Nonô) E se eu desta vez lhe escrevesse uma carta?

Desapareceu a correr para o seu quarto, fez uns rabiscos e depois pediu-me as letras de algumas palavras. E o resultado foi este:


Depois colocou o seu dente no centro deste papel e dobrou-o bem dobrado, para o colocar debaixo da almofada.

(Nonô) Vou deixar uma pontinha de fora para ela conseguir puxá-lo bem. Se ela for pequenina, não deve ser fácil levantar a minha almofada, com a minha cabeça em cima. Tu achas que a fadinha é pequenina?

(Mamã) Eu acho que sim. Assim do tamanho de um gatinho pequeno.

(Nonô) Eu também. E não devíamos deixar-lhe a janela aberta?

(Mamã) Não... ela conhece uma magia para atravessar os vidros e as paredes. Foi assim que ela entrou das outras vezes.

(Nonô) E porque é que ela só me traz uma moeda de 1€? A alguns meninos ela leva presentes... Ah, já sei! Ela se calhar sabe que eu já tenho muitos brinquedos e vai levar os brinquedos para os meninos que não têm nada...

(Mamã) Eu também acho que é isso.

(Nonô) E achas que a Fadinha vai gostar de ver o meu cartão de pontos do gang dos frescos? (que ela tratou de colar na parede!) As frutas e os legumes fazem muito bem aos dentes. E a fadinha, na última carta, pediu para eu tratar muito bem dos meus dentinhos...

(Mamã) Acho que ela vai gostar muito. E até te vai dar um beijinho repenicado... Assim parecido com o da mamã.


Chuáaaaac!


E é este o doce universo da minha princesinha Nonô. Agora vamos ver se a Fadinha lhe deixa uma cartinha à altura...


A Nonô andava em pulgas para ter amigas e pediu-me, logo nos primeiros dias de aulas, que imprimisse desenhos para levar às colegas, e assim ter pretexto para iniciar uma conversa (http://coisasdepais.blogspot.pt/2015/09/coisas-de-estrategias-de-nono-na-escola.html)

Ontem disse-me, em grande animação:

(Nonô) Mamã, temos de imprimir mais desenhos... Agora já tenho tantas amigas, que os desenhos não chegam para todas!

Missão cumprida!
4 filhos à mesa, a orientar livros, cadernos, TPCs, material escolar... A mãe orienta daqui e dali, o melhor que pode e sabe. E o Dudu, sempre um bom observador da sua mamã, diz a dada altura:

(Dudu) Tu agora tens de ser um bocadinho professora, não é, mãe?

É isso, mesmo filhote. Comecei com um só aluno, neste momento já tenho quatro. Falta-me a formação, mas anos de serviço, já conto com seis!
O Sebastião tem 4 tardes livres. Bem... não necessariamente 4, porque em 2 delas poderá começar a ter apoio às disciplinas em que estiver mais fraco. Mas tem tardes livres. E a mamã, que sou eu, perguntou-se de início como seria ter o filhote em casa tanto tempo, se ele iria aproveitar o tempo, se a mamã conseguiria trabalhar com ele em casa, se o saldo seria positivo ou só aumentaria a confusão familiar.

A verdade é que o saldo não podia estar a ser mais positivo. É certo que tenho de interromper o trabalho para o ir buscar, mas depois almoçamos os dois (e tenho um momento de boa converseta a sós com o meu filho "entalado" do meio, que geralmente tem pouco espaço de manobra com os irmãos tão tagarelas), vamos passear a cadela (ele vai de bicicleta, para desgastar mais umas energias), e depois vai trabalhar enquanto a mãe trabalha também, à mesma mesa. Faz TPCs, organiza cadernos, revê a matéria que deu, vai à net pesquisar alguma parte da matéria que lhe interesse, e às 16.30, quando os irmãos chegam, já tem tudo despachado e pode ir brincar com eles. Ainda vamos encaixar a música e talvez mais alguma atividade desportiva (para além do hóquei ao final do dia), neste horário, mas haverá tempo e haverá espaço para tudo isso, sem estragar o que, até agora, está a saber tão bem.

Posso ainda não estar a ver o filme todo... mas pela experiência até agora, começo a achar que este devia, realmente, ser o horário de todas as crianças, assim houvesse possibilidade por parte das famílias (e hoje em dia é muito difícil que haja) de os acompanhar nos tempos livres, ou em alternativa de os inscreverem num espaço que lhes proporcione isso mesmo (que existem, mas têm custos que nem todas as famílias podem pagar). Num dia inteiro de aulas, a que se seguem os TPC, estudo e outras atividades ao final do dia, como esperar que as crianças não fiquem esgotadas e saturadas da escola? Se também nós, adultos, depois de um dia inteiro de trabalho, nos sentimos esgotados e a suplicar por férias?


Ainda estou am reflexão sobre esta matéria, mas acho mesmo que ter aulas apenas num dos períodos, consolidando, diversificando e brincando no outro período, tornaria as crianças mais felizes e, consequentemente, mais abertas à aprendizagem e ao empenho.
Mas coitadas das famílias que, olhando para um horário de uma criança de 10 com 4 tardes livres, não têm quem as vá buscar, orientar, nem disponibilidade financeira para pagar a alguém ou a uma instituição que lhes proporcione essa orientação. Ter filhos, no nosso país, implica ter dinheiro ou tempo livre. E a verdade é que é muito difícil, nos dias que correm, ter uma destas coisas, muito menos as duas ao mesmo tempo. Os avós, que dantes eram o grande apoio nestas situações, trabalham até mais tarde, e a alternativa é muitas vezes dar-se autonomia às crianças para que elas vão sozinhas para casa e lá se ocupem o melhor que souberem e puderem. Autonomia não é necessariamente mau, muitas vezes isso até pode ser positivo. Mas não com todas as crianças, não em todos os contextos.
A reflexão continuará, mas se quiserem e puderem, deixem por aqui também as vossas experiências, opiniões e ideias, porque é do debate delas que nascem as soluções.
O 1º TPC... a dobrar!


Vantagem: Competem para ver quem faz melhor (o que melhora substancialmente o resultado).
Desvantagem: Quando um diz que está farto, o outro aproveita logo para dizer que também já chega. E convencer dois a voltar ao trabalho é ligeiramente mais desgastante do que convencer só um...
Uma das escolinhas mais sustentáveis (para além de linda de morrer) do mundo, fica em Itália.



"Sendo um projeto sustentável, a escola possui painéis fotovoltaicos no telhado que permitem reduzir o uso de equipamento mecânico e assim otimizar os recursos energéticos. Quarenta por cento da energia usada na escola vem precisamente da energia renovável.

Também tem um sistema que permite reutilizar a chuva para o sistema de rega do jardim e descargas nos sanitários, o que significa uma poupança de cerca de 57% de água potável."


http://lifestyle.sapo.pt/familia/noticias-familia/artigos/italia-tem-uma-das-escolas-primarias-mais-sustentaveis-e-modernas-do-mundo?artigo-completo=sim


Com tantas escolas ainda por renovar, não era de pensarmos nisto a sério?
A Mascote da Greenfest tem dois valentes ajudantes (tipo gnomos endiabrados, mas pronto...)


E, se puderem, não deixem de aparecer na Greenfest, nos próximos dias 9, 10 e 11 de outubro, no Estoril. É a maior feira do país dedicada à sustentabilidade, com muitas atividades, palestres e workshops para miúdos e graúdos.

Todas as informações em http://www.greenfest.pt
Um artigo muito interessante do psiquiatra Pedro Afonso, sobre o excessivo uso de tecnologias em família e o "endeusamento" do trabalho.
Um excelente tema para reflexão, numa noite à luz das velas :)

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/prescricao-medica-uma-noite-por-semana-a-luz-da-vela-1708258
Dudu e Nonô regressam da escola aos pinotes:

- Já sabemos escrever "Olá" e "menina"!




E não é que sabiam? (bem... a caligrafia ainda deixa muito a desejar, mas já se vai conseguindo ler qualquer coisinha...)

Nunca tive filhos a aprender por este método (normalmente, a esta altura, estariam a trabalhar o "i"), mas até agora o saldo está a ser positivo. Agora é aproveitar o entusiasmo e fazer cartões com as palavras novas, para ver "Quem descobre a palavra".
Vai ser um loooongo fim de semana!

A Sailors for the Sea Portugal participou na limpeza de Praia internacional que aconteceu hoje de manhã, um pouco por todo o mundo. Em Cascais foram mais de 30 pessoas que se juntaram para apanhar o lixo espalhado entre a Marina e a Boca do Inferno. Enchemos mais de 20 sacos de lixo diversificado que, em alguns casos, demoraria várias centenas e milhares de anos a decompor-se.

Éramos adultos e éramos crianças também. Crianças que perceberam como o lixo pode afetar um dos nossos bens mais preciosos - o mar - bem como as espécies que nele habitam. Crianças que, apanhando o lixo dos outros, percebem que não querem ser parte desse lixo nem contribuir para ele.




(Afonso) Mãe, tive uma ideia para um cartoon sobre a crise dos refugiados.


Mãe respira fundo, à espera do pior.


(Afonso) Um alemão com um tubo de cola UHU a tentar colar os pedaços do muro de Berlim para travar os refugiados...



Já temos tarefa para amanhã...

(Mãe) E então, Nonô? Já sabes os nomes de alguns coleguinhas?

(Nonô) Não... Sabes como é que eu acho que devia ser? A professora levava uma bolinha, depois atirava para um aluno e ele dizia o nome. Depois esse aluno atirava para outro e esse dizia o nome... e a bolinha tinha de passar por todos!

...

(Nonô) Mamã, imprimes alguns desenhos para pintar? Da Violetta, da Monster High e do Frozen...

(Mãe) Para tu pintares no fim de semana?

(Nonô) Não, é para levar às minhas novas amigas. Assim elas vão ficar curiosas, perguntam o meu nome e assim...
Gémeos relatam um dos trabalho na escola nova.


(Nonô) Tínhamos de cortar e colar uns quadrados com uma história.

(Dudu) Era uma história em bonecos. Primeiro tinha uma boneca a varrer o chão com uma vassoura.

(Nonô) Depois ela descobre uma moeda...

(Mãe) Isso é a história da Carochinha!

(Dudu) Sim, é isso. A professora perguntou se nós sabíamos qual era a história...

(Mãe) E vocês sabiam?

(Nonô) Não! Nunca nos falaste dessa Carochinha...


E a mamã enfiou a carapuça. Desde que os gémeos são bebés que ouvem uma história diferente todas as noites, têm centenas e centenas de livros cá em casa, todas as semanas vamos à biblioteca buscar mais e diferentes... e nunca me passou pela cabeça contar-lhes a história da Carochinha!!!

Mas pronto, quero acreditar que a história de uma carocha que encontra uma moeda e resolve casar, escolhe um rato mas este era guloso e cai no caldeirão no dia do casamento, também não lhes vai fazer assim tanta falta para o seu futuro...
Para um grande fim de semana em família!

(Família + Sustentabilidade + Solidariedade = Mundo melhor)


Dia 19 - Manhã - Limpeza de praia



Dia 19 e 20 - Family Land



Dia 20 - Manhã - Mercado da Bagageira




Dia 20 - Tarde - Dia Verde

Sebastião, o meu filho esquecido:

- Mãe, estive a pensar... acho que eu devia tomar Memofant!
Balanço do primeiro dia de aulas:

- Apesar de terem passado o verão a dizer que iam ficar longe um do outro na sala de aula (aliás, eles até queriam ficar em salas separadas!), assim que entraram foram juntos para dois lugares lado a lado, o mais à frente que conseguiram ("Lá à frente vê-se melhor, Nonô!", sugeriu o Dudu). E, quando os fui buscar, só faltou virem de mão dada. Ou seja, depois de um verão inteiro a azucrinarem-se um ao outro (e, consequentemente, a azucrinarem a mamã que teve de os separar várias vezes), voltaram hoje da escola mais unidos do que nunca. Parece que ficarem um dia inteiro num local onde não conhecem mais ninguém faz milagres...

- Fizeram um desenho para a professora. O Dudu fez um castelo assustador com uma pessoa (ele próprio... claro!). A Nonô muitos corações, flores, árvores e passarinhos. É da maneira que a professora vai logo perceber que eles, de gémeos, só têm a cor dos olhos e do cabelo.

- "Hoje só fizemos desenhos, mãe. Afinal o 1º ciclo é buéda fácil..." (Dudu)

Amanhã há mais! (arroz com pardais)


Ui, que este tem mesmo a nossa cara...




"Filhos sem birras, sem nódoas, sentados direitos, a obedecerem à primeira e sem galos na cabeça. Filhos com notas de excelência, imaculados e que têm o quarto num verdadeiro brinco. Já agora, também era cinco estrelas sermos todos pais perfeitos, sem falhas e sempre a dizer que sim a tudo.

Mas sabemos que não é assim e nem lá perto. Neste livro, Rita Ferro Alvim fala-nos, num tom descontraído e bem-humorado, sobre os desafios de educação que se vão colocando aos pais à medida que os filhos crescem. E ilustra tudo com fotografias criativas e muito ternurentas!"
Sou fã do conceito, sou fã da Cátia Cabaceira, professora de primeiro ciclo "fora da caixa" que criou o blog Mesa da Cabaceira, para ajudar os pais e outros professores a ajudar, de formas criativas, os seus filhos e alunos a aprender.

Se ainda não conhecem, toca a espreitar e a seguir!

http://pereiracatia.wix.com/mesadacabaceira?fb_ref=Default#!F%C3%A9rias-aos-quadradinhos/c1vga/55f9840b0cf29dcad94baf15
E depois de uma valente maratona dos papás para etiquetar todos os lápis, canetas, colas, réguas e afins, temos finalmente tudo pronto para amanhã...



Boa sorte, meus pequeninos! Que amanhã seja o primeiro dia de uma saborosa e proveitosa aventura...
Não foi fácil dizer aos gémeos que iam trocar de escola. Só tivemos coragem a meio das férias, quando já ambos tinham feito coisas diferentes, conhecido amigos novos... E a verdade é que reagiram muito bem. Aceitaram e confiaram na nossa decisão. Se tínhamos decidido, estava decidido.

Mas hoje, enquanto os pais falavam com a nova professora na manhã de apresentação, eles resolveram ir brincar no pátio novo e a Nonô... perdeu-se. Tem aquele bom sentido de orientação da sua mãe (que é mesma coisa que dizer que não tem sentido de orientação nenhum!) e já não sabia vir ter connosco. Quando o pai a descobriu agarrou-se a ele assustada. E o resultado foi que, hoje à tarde, sentou-se no meu colo a choramingar e disse-me que, afinal, já não queria ir para a escola nova! Queria ficar na antiga, como os amigos. "Ainda posso ir para lá, mãe?"

Estava inconsolável e a mãe, que sou eu, de coração partido!
Lá lhe contei como foi o meu primeiro dia, os medos que senti e como os enfrentei. Nunca andei num pré-escolar, não conhecia nenhum menino da minha sala, quando entrei. E não, não foi fácil, mas ao fim de pouco tempo já tinha bons amigos e aprendido muitas coisas importantes.
Ouvi-me, acalmou um bocadinho, mas depois voltou a choramingar. "Eu quero a escola antiga!"

O que fazer?
Já passava da hora de ir para a cama, nem havia muito tempo para contar a história de boa-noite, mas talvez um bom livro me pudesse ajudar a resolver o problema. Olhei para as prateleiras, em busca de solução, enquanto ela soluçava ao meu lado... e a solução (ou o mais aproximado disso) acabou por surgir, na prateleira do Sebastião.


"Crianças do mundo", capítulo sobre como são as escolas dos meninos de vários países. Teria de servir...


Sentámo-nos todos na cama do Afonso (aproveitando que ele estava a dormir fora, em casa de um amigo), a Nonô aninhada no colo da sua mamã, falámos sobre o que aprendiam os meninos de outros países (Canadá, Gronelândia, Austrália, Congo, Brasil...), como aprendiam, como eram as suas rotinas, as suas brincadeiras no recreio, os seus lanches e almoços... e como, apesar de todas as queixas que possamos ter, somos uns privilegiados. Temos possibilidade de ir à escola (como muitos meninos ainda não têm neste nosso mundo), têm imensos materiais, livros, escolas bonitas, recreios espaçosos, lanches saborosos, professores e pais que os acompanham... e isso é realmente uma grande sorte! E que grande aventura é que aquela que começará amanhã.
Depois ainda falámos sobre os refugiados, que não vinham no livro. Os meninos que fogem da guerra e da fome. O que eles não dariam para estar num sítio tranquilo e ter uma escola como a deles...

E, pouco a pouco, a Nonô sossegou. Aninhou-se a mim e, quando dei por ela, até já estava a dormitar.
E amanhã não sei como será de manhã, quando tiver de a deixar pela primeira vez o dia todo. Mas não há dúvida de que olhar à nossa volta e conhecer outras realidade ajuda-nos a perceber como temos poucos, mas tão poucos motivos de queixa, no nosso dia-a-dia "difícil"... As dores da separação, do crescimento e do início de novas etapas fazem parte, e até é estranho que eles não as sintam. Mas também é bom, desde pequenino, aprender a relativizar.

Hoje, a Nonô adormeceu de coração apertadinho. E a verdade é que eu, que hoje lhe dei este sermão todo (porque a vida também já me ensinou a relativizar tanta coisa), não tenho o coração mais solto, porque as dores dos nossos filhotes são as nossas. Mas conto, dia após dia, ajudá-la a recuperar o seu sorriso rasgado, para o meu voltar a rasgar-se também.
Mamã a trabalhar furiosamente ao computador, para tentar compensar os 15 dias deste mês que não conseguiu trabalhar nada de jeito por ter os filhotes em casa, e um arranque do ano letivo x 4 por preparar.
Nonô entra no escritório com uma caixa cheia de bonecos.

(Nonô) Mãe, queres montar comigo um castelo?

(Mãe) Filha, a mãe agora não pode. Dá-me um minuto.


Nonô desaparece e reaparece um minuto depois.


(Nonô) Mamã, já podes brincar.

(Mãe) Não, filha. Preciso de mais minutos.

(Nonô) Quantos?

(Mãe) Uns 30, pelo menos.

(Nonô) Tantos?? E para que é que precisas disso tudo?

(Mãe) Ó filha... a mãe tem de trabalhar. Se não trabalhar, não ganha dinheiro. E nós precisamos de dinheiro para viver...


Nonô pensa um bocadinho e depois faz um ar maroto.


(Nonô) Já sei! Podias ir tirar umas moedas ao pai, daquelas que ele tem naquela tacinha, e assim já podias vir brincar comigo.


E a mãe tem um romance por terminar.
E a mãe tinha um romance por terminar...
Começa amanhã uma nova etapa na vida dos nossos filhos. Depois de muito ponderar, pesar muito bem os prós e os contras, decidimos passá-los para o ensino público. Ter os filhos num colégio - podendo pagar a fatura, que é cara, sobretudo quando se tem mais do que um filho - tem vantagens, é inegável. No nosso caso, permitia-nos ter todos juntos num mesmo colégio, com o mesmo horário de entrada e de saída. O corpo docente era estável e, em caso de faltas, o acompanhamento estaria assegurado.
Mas o ensino público tem igualmente muitas vantagens (para além do preço, vantagem óbvia). Percebemos, com o tempo, que há escolas muito boas no nosso concelho. Bem organizadas, com corpos docentes igualmente estáveis, envolvidas em projetos que nos parecem interessantes. Os mais novos, que vão para o 1º ano, terão jornada contínua. Já os mais velhos (5º e 7º), terão tardes livres e horários mais complexos. Em termos logísticos, vai "sair-nos do pêlo". Mas acreditamos que, com algum esforço e organização, vamos conseguir organizar-nos no sentido de os acompanhar e lhes proporcionar, nos seus tempos livres, outras atividades que os enriqueçam como pessoas e cidadãos.
Eu já tenho um projeto familiar na manga (muito em breve conto tudinho!) e o pai também tem pensado sobre o que lhes proporcionar, que possa ser uma mais-valia para o seu futuro. Hoje até disse ao Afonso que ele devia começar a aprender Árabe! Bem... a mãe riu um bocadinho - só um bocadinho, vá. Depois teve de se conter e até concordou. "Podes ir já treinando, escrevendo da direita para a esquerda, Afonso... E se calhar até vai ser mais fácil do que tu imaginas. A tua letrinha não é assim tão diferente da caligrafia árabe, ninguém vai notar a diferença!"

Enfim... torçam por nós! Começa amanhã a grande aventura...

Mamã dá um abraço bem apertadinho ao seu filhote Dudu:

(Dudu) Ai, mamã! Estás-me a magoar o entrecosto das costas...

(Afonso) Mãe, sabes que o meu ponto alto, no ano passado, foi a vender agendas... Vendi 50 numa semana.

(Mãe) Eu sei. Foste o rei da lábia!

(Afonso) Foi fácil. Só tinha de esperar por um bom momento das pessoas. Não podia ir incomodá-las quando elas estavam por exemplo a sair do carro, à pressa, ou a correr com os filhos. Tinham de estar descansadas. Eu aproximava-me e fazia um grande sorriso. Daqueles sorrisos que cativam logo as pessoas. Depois mostrava a agenda e dizia coisas boas acerca do "produto", para justificar o preço. Mas o ponto alto era quando eu explicava que os lucros... os lucros... como é que se diz, mãe?

(Mãe) Revertiam?

(Afonso) Eu não dizia assim, mas "revertiam" é bom. É uma boa palavra para incluir na minha técnica. Ora os lucros revertiam para uma instituição que acolhe crianças desprotegidas e sem ninguém. Aqui tínhamos que fazer uma cara triste. Quando cai uma lágrima é ainda melhor!

(Mãe já escandalizada) Afonso!!!

(Afonso) O que foi, mãe? É por uma boa causa! Vale tudo. A pessoa não resistia e comprava. E no final tínhamos de ser simpáticos. Quem sabe essa pessoa ainda me comprava outra agenda, noutra altura... Mas eu ia sobretudo aos mais velhotes. Os avós com os netos não me resistiam! Eu mostrava as imagens aos pequeninos e ele começavam logo a pedir aos avós para comprar... Era limpinho!


Era, efetivamente, para uma boa causa. Mas nunca pensei que o meu filho fosse dotado de tantas manhas de vendedor...

(Mãe) Afonso, não vais acreditar, mas quando a mãe era pequena e o Mário Soares se candidatou a Presidente da República, o seu slogan de campanha era "Soares é Fixe". E nós andávamos todos a gritar pela rua "Soares é fixe! E o resto que se lixe..."

Afonso ri a bom rir.

(Afonso) Deixa-me adivinhar... Isso foi nos loucos anos 80!

Só podia, não é?


Filhotes a estender a roupa.

Nonô aproxima-se, com ar crítico:

(Nonô) Mãe, eles estão a lutar com a roupa outra vez...

Afonso vem logo atrás, em sua defesa:

(Afonso) Não estamos a tocar com a roupa no chão, mãe. Não estamos a sujá-la, juro-te! Só estamos a tentar divertir-nos enquanto fazemos uma coisa muito, muito chata. Assim fazêmo-la com prazer! Devias estar contente por isso...

E a mãe revira os olhos, sem contra-argumentação possível. Eu bem digo que o rapaz dava para advogado... pelos menos das causas próprias!
E assim se passou o último workshop de férias da minha filhota, desta vez de teatro, no Papa-Léguas. Todas as tardes, durante uma semana, brincou ao teatro e montou uma peça que, no último dia, apresentaram aos pais. Uma peça muito divertida, onde ela fazia de gatinha. A professora Margarida (uma grande atriz e professora) fazia de ponto, mas os pequenos alunos safaram-se muito bem e mostraram como a semana foi importante para desenvolver competências várias: desinibição, colocação de voz, postura e trabalho corporal, treino de memória.

Sempre adorei teatro, sempre fiz teatro (que mais não fosse, as minhas teatradas em casa ou na apresentação dos trabalho na escola) e acho que é realmente importante para a formação de qualquer criança. É mais uma daquelas disciplinas que eu tornava obrigatórias, pela importância que as competências que descrevi acima têm no desenvolvimento pessoal e social de qualquer pessoa. Mas enquanto não o é (vamos ver se algum dia o será), há que tentar proporcioná-lo aos filhotes, em casa e neste tipo de workshops, onde eles têm contacto com as outras crianças e com professores-atores que os iniciam nesta boa arte.

Obrigada, Margarida Borges!
Obrigada, teatro Papa-Léguas!
A repetir, seguramente...

No sábado avancei furiosa para o hipermercado com a lista do material dos mais novos (ou melhor, as duas listas de material... tudo a duplicar!). Claro que não sabia o que era tudo. Claro que não havia tudo. E claro que a confusão era tal (25% de desconto em campanha Continente) que só trouxe metade.
Para ajudar à festa, esta semana recebo mais duas listas, dos mais velhos, seguramente mais ricas, variadas e complicadas do que as anteriores...

No domingo, atirei-me de cabeça aos livros por forrar. Comecei por pô-los todos em cima da mesa e contei-os: 57! (e ainda faltam 3 do Sebastião).


Estou em crer que, com 57 livros para 9 meses, os meus filhos vão acabar o ano doutores!
Era livro demais para mim. Por isso chamei os mais velhos e resolvi dar-lhes um workshop de como forrar livros. No ano passado já os tinha ensinado, mas este ano fui mais assertiva: Cada um forra os seus livros e acabou-se! A mãe já tinha dois bons montinhos, dos gémeos, para ocupar a manhã.
E assim foi. Resmungaram, fizeram vincos, e bolhas, mas lá forraram tudo e perceberam o trabalho que dá ter os livros em condições (ou perto disso). Para o ano há mais!


A Nonô começou por ajudar a mamã a forrar os seus (o mano gémeo estava no treino do hóquei). Mas depois fartou-se e ficou incumbida de arrumar os restos de papel e de plástico nos caixotes da reciclagem. Mas isso era um trabalho muito pouco criativo... por isso guardou metade, e a outra metade usou para fazer uma pequena "instalação" pelas escadas cá de casa. Quando acabámos de forrar os livros chegámos ao hall e tínhamos isto:


Felizmente, isto é só uma vez por ano.
A próxima saga chama-se Natal e embrulhos e também havemos de falar sobre ela por aqui...


PS - E se passaram também o fim de semana nesta boa "saga", não podem deixar de ler esta crónica da minha grande amiga Vera Sacramento, na Maria Capaz: http://mariacapaz.pt/cronicas/a-saga-do-regresso-as-aulas-por-vera-sacramento/
Quem costuma ler este blog sabe como a temática da ecologia e da sustentabilidade mexe comigo, e como tento (nem sempre da melhor forma ou com sucesso, é certo, mas há que ir tentando!) sensibilizar a pequenada cá de casa, e aquela que lê os meus livros, para estas temáticas. Na verdade, foi depois de ser mãe que todos estes temas começaram a fazer-me, cada dia, mais sentido. Foi a partir do momento em que pensei "Que mundo quero deixar aos meus filhos?", que foi surgindo em mim uma maior vontade de intervir, de mudar, ou de dar ferramentas aos meus filhos para que eles o façam, num mundo a precisar tanto da contribuição de todos.

Este ano sou Embaixadora da Greenfest, a maior feira de sustentabilidade do país, que vai decorrer de 8 a 11 de outubro, no Casino do Estoril.
Aceitei o desafio porque acredito. Porque tenho o Poder. E porque sei que todos vocês também o têm.
Vamos a isto?



"O Greenfest Regressa a Cascais com o tema Cidadania Activa e com o lema “Tenho o Poder”

A 8ª edição do maior evento de sustentabilidade do país decorre este ano entre 8 a 11 de Outubro, no Centro de Congressos do Estoril, e mais uma vez partilha o melhor que se faz em termos de sustentabilidade em Portugal, nas vertentes social, económica e ambiental.

O Greenfest, um evento para toda a família, junta empresas, autarquias e cidadãos, com o objectivo de sensibilizar para as questões da sustentabilidade e de lembrar que todos nos temos “o poder” de mudar, de agir, e de contribuir para a mudança. Este ano, são esperadas, mais uma vez, cerca de 25 000 visitantes. As novidades são muitas :

• A primeira feira das ONG de sempre em Portugal, organizada em conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian através do "Programa de Cidadania Activa" e os EEA Grants, permitindo a cada cidadão conhecer mais de 1
50 ONG`s nacionais e internacionais provenientes de 6 países – Croácia, Polónia, Letónia, Islândia, Noruega e Roménia.

Cada ONG terá uma banca para apresentar os seus projectos e actividades, angariar voluntários e donativos e vender artigos e produtos próprios. Desde os serviços sociais, à saúde, a ajuda ao desenvolvimento e a defesa dos direitos humanos todos estão representados. O tema relembra que todos nós “temos o poder” de agir, de ser solidários e de contribuir para fazer a diferença.

O Programa Cidadania Activa, que tem a duração de quatro anos e um orçamento global de €8.7 milhões, é gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian e já apoiou 113 projectos em todo o país. É um instrumento através do qual a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein apoiam as organizações da sociedade civil em Portugal, no âmbito do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, o qual financia acções nos 16 países menos prósperos da União Europeia e fomenta as relações bilaterais com os países financiadores.

Mais informações: www.cidadaniaativa.gulbenkian.pt

• O programa UniverCity que inclui mais de 20 universidades e tem como objectivo possibilitar a partilha de alguns dos melhores projectos desenvolvidos pelos futuros impulsionadores económicos do nosso pais. Este complementa o programa de Escolas que inclui a visita de mais 2000 alunos do ensino básico e secundário fomentando o dialogo com os decisores de amanhã.

• Um programa dedicado à Saúde onde lembramos que cada um "Tem o Poder" de contribuir para a sua saúde através de workshops de cozinha saudável, conferências com nutricionistas e médicos de renome que nos ensinam a "tomar conta de nós" e rastreios de saúde para toda a família."



Depois de explicar ao Sebastião quem foi Darwin e, resumidamente, o que é a teoria da Evolução, pedi-lhe que pensasse no que é que ele tem de melhor para dar às novas gerações e ajudar a espécie humana a evoluir.

Pensou um bocadinho.

(Sebastião) Já sei! A minha mãe...

Não foi bem isto o que eu perguntei, mas comi-o com beijos!



Depois de muita insistência, ontem à noite, antes do deitar, a mamã lá abriu o computador para lhes ler algumas das histórias que a mãe escreveu neste blog. Saídas engraçadas que eles não se lembram de dizer, coisas malucas que eles não se lembram de fazer.

- Txii, mãe... nós éramos mesmo engraçados. Agora já não dizemos coisas destas!

Dizem outras, também engraçadas à sua maneira. Estão a crescer e assustadoramente depressa.
E fiquei mesmo contente por nunca ter desistido deste blog, durante quase 10 anos. Um dia destes terei de acabar com ele (já nem os filhotes me deixam escrever quase nada do que eles fazem ou dizem...), mas vai ser muito bom imprimir tudo isto e entregar-lhes, encadernado: "Aqui têm, meus filhotes. É a vossa vida..."

(Afonso) Eu acho que PS, para ganhar as eleições, devia fazer uma publicidade melhor.

(Mãe) E tens alguma ideia?

(Afonso) Acho que o António Costa devia, à parte da campanha, fazer um desporto qualquer e ficar todo partido.

(Mãe) ??

(Afonso) Assim ele estaria a fazer uma coisa "à parte" da campanha. E o que é um PS? É uma coisa que está à parte de uma carta. Aparece depois. Assim ele estaria a fazer um PS... Se ficasse todo partido, já podia dizer que era um verdadeiro "PS Partido". Ou um "Partido PS"...


É que ele perde mesmo tempo a pensar nestas coisas...

(Dudu, ao deitar) Ó mãe, se tu e o pai dormem juntos, vocês vão juntos para o mesmo sonho?
(Nonô) Ó mãe... eu um dia posso ser rainha?

(Mãe) Não, filha... em primeiro lugar não há rainhas em Portugal. Nós somos uma república. Só há reis e rainhas em países como a Inglaterra, por exemplo.

(Nonô) Então eu posso ser rainha em Inglaterra?

(Mãe) Bem, filha... Poder, podes. Mas como não és filha de reis, terias de te casar com um príncipe.

(Nonô) Então é só ir para Inglaterra e escolher um príncipe?


O pequeno George que se cuide... Vai ter uma candidata a princesa-rainha disposta a tudo para reinar...
(Afonso) Mãe, tenho uma nova forma de insultar as pessoas.

(Mãe) ???

(Afonso) Calma... é muito suave. Imagina que eu estou furioso com o Sebastião. Chego ao pé dele, com um grande sorriso e digo-lhe: "És tão fixe, Sebastião. Seu idiota. E estás bem giro com essa roupa.

(Mãe) ???

(Afonso) Eu sei que isto parece estúpido, mas na verdade deixa toda a gente satisfeita. O Sebastião fica satisfeito porque foi elogiado. Se bem calha nem percebeu que eu o insultei. Ou, se percebeu, como eu a seguir continuei a elogiá-lo não ligou. Como eu estou a sorrir, transmito-lhe confiança e ele sorri também. E quando duas pessoas sorriem, espalham sorrisos pelo mundo inteiro (como tu dizes). E eu também fico satisfeito porque tinha mesmo vontade de o insultar e insultei. E, para além disso, como fui meiguinho, a mãe não me põe de castigo...

E daqui tiro três importantes conclusões:
- O meu filho é super criativo, ando estupidamente parvo e está a ficar cada dia mais bonito e crescido.
- O meu filho tem a capacidade de argumentar sobre quase tudo, quase sempre argumenta sobre coisas imbecis, mas se calhar daria um bom advogado.
- Aulas precisam-se! (com muita urgência...)
Descobri, na Kid To Kid, o velhinho jogo do Sabichão por apenas 3,50€. Era um dos jogos da minha infância (ainda que noutra versão) e os meus filhos também se renderam. Passaram uma boa hora a jogar... e a aprender!

Para quem quer adquirir bons jogos baratinhos - de jogos de tabuleiro a puzzles e jogos didáticos - recomendo vivamente a Kid To Kid. Os jogos estão em bom estado e com as peças todas. Não são novos, a estrear... mas isso só quer dizer que já fizeram alguma criança feliz...

A mamã este ano vai ser Embaixadora da Greenfest (o maior evento da sustentabilidade em Portugal! Em breve contarei todos os pormenores), e a filhota nunca gosta de ficar atrás. Já se autodenominou "Mini-Embaixadora", e não vai querer perder pitada desta grande aventura...

O lema deste ano é "Tenho o Poder" (de me informar, de agir, de mudar, de ir, de sorrir). E alguém tem dúvidas do poder de uma criança para mudar o mundo?

http://www.greenfest.pt/


São só umas primeiras e inocentes ideias para ajudar na crise dos refugiados. Mas pensou sobre isto. Procurou soluções.
Hoje vamos "descascar" cada uma destas ideias e perceber como podemos levá-las avante. Ou porque não funcionam algumas delas. Que alternativas temos, em vez delas?

Vamos a isto, filharada! Pôr as ideias ao serviço do mundo.

(Mãe) Afonso, a mãe vai ensinar-te a fazer uma boa pesquisa. Pensa num tema que gostasses de pesquisar.

(Afonso) A civilização Maia!

Nenhuma hesitação. Aquele brilho no olho. Quanto mais misterioso e estranho, bizarro, impossível, melhor.

Não há dúvidas. É mesmo filho da mãe dele..

Enquanto a Mãe tratava da sopinha dos filhotes, a filhota tratou de fazer uma sopa para os bonecos. Água com alface, cenoura e couve roxa, que depois serviu às bonequinhas (e molhou tudo à sua volta. Mas isso agora não interessa nada...).

Não tem havido propriamente tempo para brincar às mães e às filhas. Mas perceber que a filha está muito atenta ao que faz a sua mamã, já deixa a mamã muito descansada.

Neste link encontram um guia prático para abordar com os vossos filhos, netos, sobrinhos, alunos, a questão dos refugiados que estão a chegar à Europa. Mais do que tudo, é preciso ensinar às crianças que somos todos seres humanos a viver num mundo tantas vezes desumano. E que ser solidário com quem precisa - independentemente da sua raça, credo, cor de pele, cultura, etc - é o mínimo que podemos fazer.

http://www.unhcr.org/numbers-toolkit/Manuals/NJN-FINAL-PT.pdf

Cá em casa vamos experimentar o seguinte modelo:

1. Contextualização (que tenho tentado fazer, perante as imagens que nos assaltam as televisões, jornais e revistas.
2. Exercício criativo (para trabalhar a empatia): E se o meu país estivesse em guerra?
3. Brainstorming: O que posso eu fazer?
4. Ação

Não sei que resultado isto terá. Mas espero que alguma coisa, dentro deles, se toque. E que, com isso, consigam, nas mais pequenas ações do seu dia-a-dia, fazer a diferença na vida dos outros.
Cá em casa gostamos de princesas, mas o que seria da vida sem estas "anti-princesas" que nos inspiram tanto ou mais do que as outras?

Ora aqui está uma coleção que eu quero muito ler à pequenada...

https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/familia/indicacao/colecao-infantil-antiprincesas-conta-historias-de-mulheres-inspiradoras/