Um sol esplendoroso. 4 filhos enfiados em casa a fazer disparates. Mila de fim-de-semana de folga. A casa de pantanas. A mãe aflita com trabalho. Disse "Basta!" às 11 da manhã, e convenci o pai, que acordara coxo, a ir pelo menos a qualquer lado. A qualquer um. Podíamos nem sair do carro...
Metemos todos no carro, deixámos o cão a fazer mais uns cocós e xixis pela cozinha, e aí fomos nós. Uma rotunda, duas... vomita o Duarte. Três rotundas, quatro... vomita a Leonor. Com um cheiro indescritível no carro, e o Afonso e o Sebastião já quase também a vomitar, voltámos para casa. Onde o cão nos esperava depois de 2 cocós e 3 xixis. Que bela manhã...
Enquanto limpava os cocós e xixis do cão, e dava banho aos gémeos, lembrei-me de uma outra manhã, igualmente linda, que me aconteceu há uns anos. Ainda só tinha o Afonso e o Sebastião, que era bebé. Íamos ao casamento de dois grandes amigos meus, no Alentejo profundo, e eu ia tocar a Avé Maria da entrada. Tinha passado a semana a ensaiar sozinha, mas era suposto chegar mais cedo à Igreja para ensaiar ainda com a rapariga que ia cantar. Claro que saí de casa atrasada. Já não me lembro exactamente porquê, mas metia certamente roupinhas, e cadeirinhas, e xixis, e birras... Chegámos à ponte 25 de Abril e estava tudo parado. Stress! Um calor de morte, e os miúdos já a resmungar. O atraso a acumular. Quando passámos a fase crítica, pedi ao meu marido para pôr o pé no acelerador. A cantora já estava à minha espera, e eu ainda estava a 100 e tal quilómetros! Até Montemor fomos lindamente, prego a fundo. O problema foi depois. Metemo-nos por atalhos para tentar chegar mais depressa, perdemo-nos e, entre as curvas e contra-curvas, o Sebastião vomitou. Depois foi o Afonso. Eu chorava. E a noiva a esturricar dentro do carro, às voltas, à espera que eu chegasse... E eu não cheguei. A horas, não. A noiva entrou. A cantora cantou à capela. Eu entrei de maquilhagem esborratada, de chorar. E, enquanto via a minha amiga noiva dizer o Sim ao meu amigo noivo, e pensava para comigo que aqueles dois já deviam ser tudo menos meus amigos, o meu marido andava pelo jardim que havia em frente à Igreja, com um filho em cuecas e outro de fralda, enquanto as suas roupinhas pipis secavam em cima de uma sebe...
Ter filhos é maravilhoso. Mas ele há dias e dias...
Metemos todos no carro, deixámos o cão a fazer mais uns cocós e xixis pela cozinha, e aí fomos nós. Uma rotunda, duas... vomita o Duarte. Três rotundas, quatro... vomita a Leonor. Com um cheiro indescritível no carro, e o Afonso e o Sebastião já quase também a vomitar, voltámos para casa. Onde o cão nos esperava depois de 2 cocós e 3 xixis. Que bela manhã...
Enquanto limpava os cocós e xixis do cão, e dava banho aos gémeos, lembrei-me de uma outra manhã, igualmente linda, que me aconteceu há uns anos. Ainda só tinha o Afonso e o Sebastião, que era bebé. Íamos ao casamento de dois grandes amigos meus, no Alentejo profundo, e eu ia tocar a Avé Maria da entrada. Tinha passado a semana a ensaiar sozinha, mas era suposto chegar mais cedo à Igreja para ensaiar ainda com a rapariga que ia cantar. Claro que saí de casa atrasada. Já não me lembro exactamente porquê, mas metia certamente roupinhas, e cadeirinhas, e xixis, e birras... Chegámos à ponte 25 de Abril e estava tudo parado. Stress! Um calor de morte, e os miúdos já a resmungar. O atraso a acumular. Quando passámos a fase crítica, pedi ao meu marido para pôr o pé no acelerador. A cantora já estava à minha espera, e eu ainda estava a 100 e tal quilómetros! Até Montemor fomos lindamente, prego a fundo. O problema foi depois. Metemo-nos por atalhos para tentar chegar mais depressa, perdemo-nos e, entre as curvas e contra-curvas, o Sebastião vomitou. Depois foi o Afonso. Eu chorava. E a noiva a esturricar dentro do carro, às voltas, à espera que eu chegasse... E eu não cheguei. A horas, não. A noiva entrou. A cantora cantou à capela. Eu entrei de maquilhagem esborratada, de chorar. E, enquanto via a minha amiga noiva dizer o Sim ao meu amigo noivo, e pensava para comigo que aqueles dois já deviam ser tudo menos meus amigos, o meu marido andava pelo jardim que havia em frente à Igreja, com um filho em cuecas e outro de fralda, enquanto as suas roupinhas pipis secavam em cima de uma sebe...
Ter filhos é maravilhoso. Mas ele há dias e dias...