A Associação Acácia (http://acacia-associacao.blogspot.pt), cuja visão e acção no terreno tenho tido o privilégio de acompanhar quase desde o início, lançou-me este desafio irrecusável.
Desafio-vos também a aparecer e a partilharem connosco as vossas aventuras em família, em comunidade, a relação com a Escola, e os desafios que o diálogo intergeracional vos coloca. Como mote, teremos a "Massa Fresca", série que já não está no ar mas continua a proporcionar-me estas saborosas tertúlias...
Vamos a isto?

As listas de compras da Leonor são sempre especiais...


Vou tentar não me esquecer do teu carinho, querida filhota <3
Todos os meses o Sebastião tem de fazer um composição de tema livre para entregar à professora de Português. E todos os meses o Sebastião tem uma qualquer ideia louca, que não sei de onde lhe surgiu.
Desta vez, resolveu escrever a saga dos irmãos Marcolino Anastácio Pimpinela Calhau e Timóteo Teodorico Bigodinho Calhau. Um tinha pelos a mais e o outro não tinha pelos. O segundo desejou ser como o primeiro e correu-lhe mal...


Não sei o que é que a professora dele acha destas composições. É provável que ache que ele tem um pirolito a menos. Ou, pior ainda, que não leva a sério os seus trabalhos. Mas há esperança.

(Mamã) O Gabriel Garcia Marquez também arranjou uma saga familiar cheia de nomes estranhos em "Cem anos de Solidão". Já vendeu mais de 50 milhões de exemplares. E ganhou um Nobel.

Arregalou os olhos. Não gosta particularmente de escrever, mas foi-se deitar inchado. Vamos ver que composição vai engendrar para Dezembro...
(Afonso) Mãe, não estás sempre a dizer para eu participar em concursos? Arriscar? Ser mais proativo? Hoje participei num concurso online. Se tiver sorte, ganho dois bilhetes de cinema.

(Mãe) Boa! Mas participaste com o quê?

(Afonso) Com o meu nome e a minha idade.

(Mãe) ........

(Afonso) Então, mãe? Não deites abaixo a minha capacidade de iniciativa. É preciso começar por algum lado...


Às vezes tenho uma vontade de o pendurar no teto de cabeça para baixo...
O livro é indicado para o 8º ano - embora o Afonso não o tenha como obrigatório, os professores optaram por outros. E, no ano do Sebastião - 6º - vão fazer algumas sessões de reflexão e debate sobre a 2ª Guerra Mundial.
Nada mais pertinente, nos tempo que correm, quando vemos emergir um pouco por todo o lado o fantasma do nazismo. Da absurda ideia da supremacia branca. Do racismo.

O teatro Eunice Muñoz, em Oeiras, tem em cena, até ao dia 18 de dezembro, a peça "O Diário de Anne Frank", e achei que era uma boa oportunidade para levar ao teatro os filhotes mais velhos.
A peça é muito triste, como seria de esperar, mas com alguns momentos muito divertidos - ou não tivesse a pequena Anne essa capacidade maravilhosa de nos fazer rir nos piores momento. A atriz que faz de Anne também é encantadora, e saímos do espectáculo tocados pela verdade que ali aconteceu.

(Mãe) Percebem agora porque é que a mãe tem seguido as eleições da América e da França com tanta atenção? É que, não há muito tempo, a Europa assistiu a coisas terríveis que não podemos deixar que se repitam. E, infelizmente, não é assim tão difícil. Vocês que, um dia vão mandar no mundo, têm de conhecer a nossa História. Perceber os erros da Humanidade e tentar que eles não se repitam.

Rapidamente voltámos às parvoíces (até porque era preciso afastar algumas ideias para conseguir dormir). Mas sei que lhes ficou lá qualquer coisa. A Anne bem sabia que viveria mesmo depois de morrer. E que ela habite em nós, em todos aqueles que acreditam num mundo de paz e de respeito por todos.

A escola dos filhotes mais novos vai ter um jornal, e todos os alunos ficaram de fazer uma notícia. Só algumas serão as escolhidas, e a mamã teve de se contorcer toda na cadeira para não ajudar os seus filhotes a fazer qualquer coisa que valesse a escolha. Não podia.

(Mamã) Não interessa se são escolhidas ou não. O importante é vocês fazerem alguma coisa sobre um tema que vos interesse, e transmitirem qualquer coisa aos vossos colegas. Qualquer coisa que vocês saibam e achem que é importante.

(Dudu) Eu vou fazer sobre o Donald Trump!

(Nonô) Eu vou fazer sobre o lixo no mar!


Sem hesitações. Lá do que gostam, eles sabem. Escrever uma notícia é que foi pior, e a mamã teve mesmo de dar uma ajuda a alinhar as ideias, de entre aquelas que eles queriam incluir na sua notícia. E, claro, corrigir os erros, que são a nossa maior cruz, por agora.
E o resultado aqui está. Parabéns aos jornalistas!


O domingo foi de estudo e mais estudo e mais estudo (fora uns treinos pelo caminho). Porque a semana vai ser de testes e de testes e mais testes.

(Nonô) Ó mamã... nós queremos brincar!


(Dudu) Hoje ainda não brincámos quase nada...

Era tão justo! Ainda não sabiam distinguir os triângulos escalenos dos equiláteros e dos isósceles. Trocavam ainda a pirâmide pentagonal da hexagonal. E não sabiam ainda ao certo qual era a leitura dos números por classes e por ordens.
Mas como dizer-lhe que não podem brincar? Que têm de passar o domingo a estudar? Se até a mim me apetecia tanto relaxar...

(Mamã) Vá, enquanto a mãe faz a sopa, vão brincar.

Desapareceram-me da vista, e só vieram ter comigo uns 15 minutos depois.

(Nonô) Anda ver o nosso teatro, mãe!

Lá fui arrastada até ao hall da casa, que estava todo preparado para a peça que se seguiria.


(Nonô) Tens o teu lugar marcado.

E tinha mesmo! Com um valente X marcado nas nossas escadas, para eu me sentar naquele exato lugar. Tinham pensado em tudo!


Depois começou a teatrada. Inspirada numa peça de teatro que vimos há uns dias - Um Conto de Natal, da Byfurcação, no Museu de História Natural - quiseram iniciar a sua na véspera de Natal. Tudo o resto era original. Eles eram dois irmãos que viviam sozinhos numa casa... o problema é que alguém tinha assaltado essa casa e eles deparam-se com tudo desarrumado. Tiveram de arrumar tudo e varrer a casa...


O problema é que o dinheiro também tinha desaparecido. Mas ainda assim eles deram o que tinham a um senhor pobre que encontraram na rua e que não ia ter Natal (à falta de mais atores, um pequena estátua de madeira que temos no hall).


E fico sempre a pensar que, tão bom como os nomes dos triângulos e das pirâmides, das ordens ou das classes, é ter esta capacidade de iniciativa, esta criatividade, e este coração.
A nota que vão ter a Matemática, não sei. Mas a Expressão Dramática, hoje mereceram um "Excelente"!
Mais umas páginas do livro "O Elefante Cor-de-Rosa", da Luísa Dacosta, e...


(Dudu) Ó mãe... eu gostava de viver nesse mundo! Este mundo aqui tem muitas guerras.

(Mãe) Mas também tem coisas maravilhosas, filho. Cabe-nos a nós tentar mudar as coisas que estão mal. A mãe anda a tentar mudar umas coisas, vocês hão-de mudar outras...

(Dudu) Eu sei uma maneira de acabar com a guerra. Era haver só um presidente no mundo inteiro. Mas não podia ser o Donald Trump! Tinha de ser uma pessoa muito bondosa.


E, de repente...


(Dudu) Já sei! Podia ser a avó Antónia! Ela reza muito, e está sempre a querer Paz. Acho que ela "tem capacidade" (e ficou todo inchado por conseguir usar estas palavras) para ser a Presidenta do mundo. Depois nenhum país se chateava

(Nonô) Ela tinha era de falar uma língua que toda a gente entendesse.


Ficam um pouco desanimados.


(Dudu) Isso não vai acontecer, pois não, mãe?

(Mãe) Acho um bocadinho difícil. Não sei se isso ainda vai acontecer no tempo da avó, ou da mãe... Mas talvez no vosso! Talvez um de vocês venha a ser o Presidente do Mundo e consiga transformá-lo num sítio de paz. Têm é de ser corajosos, e não podem pensar que não adianta fazer nada. Adianta sempre fazer qualquer coisa, mesmo que se mude só um bocadinho.

(Dudu) E não podemos pensar só em nós próprios, não é, mãe? Temos de pensar no mundo inteiro.


Passo a vida a ralhar com eles, preocupada com eles, a achar que tenho de ser mais isto e mais aquilo, e que eles têm de ser mais assado e frito e cozido. Mas depois acontecem estes momentos de magia, e percebo como sou uma privilegiada por ter em casa crianças que me ajudam a repensar o mundo todos os dias. Crianças que - não tenho dúvida - à sua maneira, vão realmente transformar o mundo.
http://www.dn.pt/sociedade/interior/um-terco-da-populacao-portuguesa-sofre-de-perturbacoes-mentais-5517767.html


As causas são muitas. Os resultados, seja sob que perspetiva for, assustadores.
E dei por mim a pensar numa sessão que fiz numa escola, há pouco tempo, onde um aluno me perguntava o que é que eu fazia quando não tinha inspiração. Falei-lhe então do que sei sobre o funcionamento do cérebro e das minhas técnicas para combater não só a falta de inspiração, como o stress, que no meu caso afeta diretamente a inspiração. Falei-lhe da respiração, do exercício físico (que pode ser só uma volta no quarteirão), da boa alimentação, do poder da música e da importância de falar e rir com alguém. Responde-me o aluno, aflito: "Mas nos testes não podemos fazer nada dessas coisas. Nem temos tempo para respirar!"
E eu pergunto-me que números teremos, no futuro, nesta matéria, se os alunos são sujeitos desde tão novos a este tipo de pressão. Se ninguém lhes explica e lhes ensina, no dia a dia, a saborear a vida, a perspetivar os problemas e a encontrar ferramentas, dentro e fora de si, para gerir o stress. Que geração de ansiosos estamos nós a formar... e que resultados, em termos de saúde mental, estamos nós a potenciar?
Mamã e Dudu a lerem "O Elefante Cor de Rosa", da Luísa Dacosta.


(Mãe) Hoje vamos ficar por aqui, Dudu. E tu, esta noite, vais sonhar com o mundo onde há elefantes cor-de-rosa.


Beijinho. Abracinho. Luz desligada.


(Dudu) Ó mãe... hoje caiu alguma bomba no mundo?


E é tão difícil sonhar com elefantes cor-de-rosa num mundo onde rebentam bombas...
(Nonô) Mamã, mamã, hoje na escola estive a fazer um livro.

(Mamã) Ai sim? Que giro! Mas foi algum trabalho que a professora pediu?

(Nonô) Não, fui eu que tive vontade...


Assim com o coração aos pulos, peguei nos papelinhos dobrados que ela me pôs na mão.


(Nonô) Ainda só tem um bocadinho, depois eu vou continuar.


"A Leonor que é uma Árvore

Esta vida é linda, conheço muitas pessoas.
A minha mãe dá-me carinho e sempre deu.
Quando eu tinha 7 anos o pai deu-me um diário. Eu adorei o diário, é fixe e giro.
A vida é uma maçã. Eu como-a com a mão."



(Mamã emocionada) Oh, filhota...

(Nonô) Tem muitos erros, mamã?


(Suspeita-se que a minha filha tenha dislexia, porque há letras e sons que ela tem realmente dificuldade em associar. Tem sido uma valente batalha, que lhe roubou parte da confiança, mas ela é uma menina corajosa e não vai desistir).


(Mamã) Vou contar-te um segredo... Os computadores têm corretores ortográficos. Se tu escreveres mal uma palavra no computador, aparece um risquinho em baixo... e se depois clicares no lado direito do rato, até te aparece a palavra escrita corretamente, para tu substituíres.
(Nonô de olhos esbugalhados) A sério?! Então assim eu já não vou dar erros?
(Mamã) Por enquanto tens de treinar a escrita e tentar combater os erros, nos cadermos. Mas é muito, muito, muito mais importante aquilo que tu escreveres, vindo do teu coração, do que os teus erros. Qualquer dia já vais poder escrever só no computador, e não vais dar erros nenhuns!

A mamã-dos-carinhos recebeu um abraço "daqueles", e a filha-escritora recebeu outro de volta.
Não, os erros não nos vão separar. Não nos vão deitar abaixo. É uma promessa, minha filhota!



PS - E esta também é para ti, Nonô. Dos "altores" Titão e Mamã.



Com os testes dos Gémeos arrumados (não por muitos dias!), hoje foi dia de fazerem o que lhes apetecesse. E assim nasceu... Tcharanranran:

A REVISTA ILUSTRADA DO DUDU



Chamou-lhe "Porto" e desenhou na capa uma imagem do jogador Otávio (que eu nem faço ideia quem seja!).
Lá dentro, para além de dois desenhos seus que trouxe feitos da escola...


... decidiu que a revista contaria com contribuições de todos os membros da família (ou dos disponíveis no momento!)

1. Sebastião-o-Illuminati (quem me manda a mim falar-lhes destas coisas?)


2. Nonô-a-Fofinha


3. Mamã-a-Mística


Diz que amanhã continua a sua revista, que vai ter muitas páginas. E depois talvez a ofereça à tia Inês.
Tia Inês, se estiveres por aí, já sabes o que te espera...
Em dia de revisão da matéria de Inglês, ficou notória a diferença entre as raparigas e os rapazes cá de casa...

A folha da Nonô, a aplicada:

VS

A folha do Dudu, o criativo:



Nota: Os certos gigantes foram eles que puseram. Corrigimos tudo primeiro, depois eles põem certo em tudo, muito orgulhosos. Certo ou errado, cá em casa é assim. Para terem errados já basta a escola...

Oito jovens, de diferentes ciclos e idades, resolveram juntar-se para dizer o que sentem que deve mudar no Ensino (espreitem AQUI).
Reclamam por Tempo. Por mais Atenção. Motivação. Um Ensino mais dinâmico, com mais Ação, que não lhes mate a vontade de Aprender.

Juntem-se a nós, façam ouvir as vossas vozes (professores, pais, encarregados de educação, alunos) e enviem também os vossos vídeos para porumaescoladiferente@gmail.com!

Esse é um direito que vos/nos assiste. Mas também uma responsabilidade que todos devemos assumir.

Contamos convosco!
#porumaescoladiferente
(Mamã) Meninos, esta tarde temos muito que estudar!

Até começou bem...


Mas assim que a mãe se distraiu...


... Terminou ainda melhor!
(Nonô) Mãe, porque é que temos de saber estas coisas todas em Inglês? Nós ainda mal sabemos o português!

Na verdade, os meus filhos não tiveram Inglês no ano passado. Por isso este ano, na escola nova, têm de aprender tudo mais depressa, para recuperar o atraso. Família, animais, cores, dias da semana, objetos, formas geométricas, ufa, ufa, ufa!

A tarefa era hercúlea, por isso merecia soluções diferentes. Que criança de 7 anos consegue meter tanta coisa na cabeça, numa língua que ainda nada lhe diz?

A avó lembrou-se de espalhar papelinhos pela casa, com as divisões e as cores.



Hoje fizemos desenhos com as formas e arranjámos uma canção para os dias da semana.


Vamos ver que nota terão no teste (e abstenho-me de comentar a necessidade de fazer testes, nesta idade, com a pressão que isso acarreta e a desmotivação que uma má nota gera...). Mas, dentro do género, acho que eles até aprenderam bastante com a brincadeira!

Hoje, Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual, eu e a Vânia Beliz fomos ao Parlamento apresentar o nosso projeto "A Viagem de Peludim", um livro com guia para pais e Educadores que ajuda a trabalhar os primeiros conceitos de Educação Sexual (o conhecimento do corpo, o respeito pelo nosso e pelo do outro, a intimidade, a higiene, etc) com os mais novos. Não dá resposta ao abuso sexual sobre crianças, mas ajuda a preveni-lo. Uma criança que conheça o seu corpo, que saiba desde cedo como ele deve ser protegido e cuidado, e que tenha à-vontade com pais e educadores para falar sobre a sua sexualidade (num sentido lato), estará sempre mais protegida do que uma criança que não tenha esse conhecimento, nem à-vontade para falar com aqueles que têm como missão protegê-la.

Os filhotes mais velhos fizeram-me companhia, e foram tão bem tratados como nós. Para além de estarem maravilhados com o espaço, que ainda só tinham visto na TV, muitos oradores dirigiram-lhes a palavra e tornaram a Sala do Senado, no Parlamento, num espaço aberto a todos, a todas as idades, a todos aqueles que queiram refletir sobre o seu país e o melhor para os seus cidadãos.




Ainda há muito por fazer, mas é muito bom perceber que, em torno da questão da protecção e defesa das nossas crianças, existe um enorme consenso e vontade de ação.

Vamos a isto!

PS - E não deixem de ver e partilhar o vídeo sobre a prevenção do abuso sexual sobre crianças, que contou com a ajuda de muitas caras conhecidas, entre elas a Maria da Massa Fresca... AQUI
(Nonô) Mamã, não acredito... a Zezinha está a fazer de má!

A Zezinha é a personagem que a Rita Ribeiro interpretou em "Massa Fresca". Mas a atriz acaba de abraçar outro desafio, e faz de madrasta malévola em "Cinderela no Gelo", o musical que teve hoje a sua ante-estreia no AM Live Igloo do Centro Comercial Alegro, em Alfragide.
Só consegui arrastar a filhota (os rapazes cá de casa teimam em torcer o nariz a tudo o que meta princesas, fadas e vestidos aos folhinhos), e ainda receei que ela adormecesse, dado que o espectáculo só teve início à hora a que ela costuma ir para a cama. Amanhã é que vão ser elas! Mas, por hoje, valeu bem a pena. O espetáculo, baseado na história original dos Irmãos Grimm, é suficientemente diferente da história que todos conhecemos (ou seja, e como diriam aqui os filhotes mais velhos, "não é mais do mesmo"), está muito bem encenado, coreografado, interpretado, e tem momentos muito divertidos, com o AP (Assistente do Príncipe) a fazer um brilharete e a soltar muitas gargalhadas. Nos papéis principais, para além da Rita Ribeiro, estão a Liliana Santos (Cinderela) e o Nuno Guerreiro (príncipe).

E mais não digo, para não estragar a surpresa. A filhota gostou... e a mamã também!
Recomendamos!




Coisas que só o Titão, o Esquecido, se lembraria de fazer... para não se esquecer!

Mamã em Modo OFF com o Papá durante 4 dias.

Faz muito bem e recomenda-se!

Um Mega Obrigada aos avós por se terem mudado de armas e bagagens para nossa casa e terem dado conta do Folheto de Instruções exaustivo que a filhota preparou para vocês...

Aos meus pais. A todos os pais.

"E de repente compreendi que, se eu quisesse, (a mãe) me receberia inteiro na sua barriga e nada de ruim me aconteceria porque ela não deixava. Compreendi não com a minha cabeça, com a minha carne. É difícil explicar isto mas compreendi com a minha carne conforme senti que, verdadeiramente, nunca de lá tinha saído. Sentada no sofá, pequena, e eu, muito maior que ela, protegido lá dentro, protegido para sempre lá dentro, e então tive uma vontade imensa de tornar para onde vim. E quando nos saem pela boca frases deles que não sabíamos que sabíamos? E quando lhes sentimos o cheiro? E quando temos a certeza que eles ali, a olharem para nós em silêncio? E quando lhes escutamos os passos pela casa? E quando nos vêm com uma espécie de halo de amor que nos protege inteiros?"

http://visao.sapo.pt/opiniao/2016-11-10-Os-pais
(Titão, recém-viciado no jogo "Choose or Die", a ver o resultado das eleições americanas) Ó mãe... preferias ser o filho do Donald Trump ou a mulher do Donald Trump?

Arghhh!

(Mãe) O filho.

(Titão) Porquê? A mulher é... mulher. É a Primeira Dama. Ah, não, espera! Para isso tinhas de... Ui, não! Ihihihih! C'a nojo!

Acho que ele percebeu a minha opção...
Salta mais um dente do Titão, enquanto trincava uma peça de Sushi.

(Titão) Boa! Já ganhei mais 2 euros...

(Mãe) ??

(Titão) Então? A Fadinha dos Dentes...

(Mãe) Mas tu já não acreditas na Fadinha dos Dentes. Ela só aparece quando os meninos acreditam nela.

(Titão) Mas eu acredito, mãe! Depois de saber que eras tu, até fiquei a achar que ela era muito mais real!
(Dudu) Oh, mãe... eu gosto tanto de pintar "bengalas"!


Mesmo com o nome trocado, as mandalas fizeram maravilhas... Ele, que não tem qualquer paciência para pintar, é daqueles que ainda pinta fora dos riscos enquanto resmunga que só está a perder tempo, ficou tranquilamente uma boa meia hora de volta de uma "bengala"...
Arte-terapia no seu melhor!
(Dudu) O quê?! O Donald Trump ganhou?! Ele é a encarnação do D. Sebastião...

Não sei de onde ele tirou esta ideia. Mas que, de facto, venceu hoje, na América, a atitude inconsequente, a impreparação, a sede de guerra e o ódio aos Muçulmanos, que já pautou a nossa História.

Não sei se Trump desaparecerá um dia numa manhã de nevoeiro. Mas temo que ele deixe o seu país (e, com ele, o mundo) numa tremenda confusão...
(Dudu no regresso da escola) Mãe, vamos fazer um jornal na escola. Eu tenho de pensar numa notícia.

(Mãe) Que giro! E já tens alguma ideia?

(Dudu) Vou fazer sobre o Donald Trump, mãe.

(Mãe) Mas tu achas que ele deve ganhar as eleições!

(Dudu) Achas? Eu não gosto do Trump. Ele roubou a união dos Estados Unidos da América.


E quem fala assim não é gago!

Hora e meia depois...


(Dudu) Mãe, já fiz o meu voto.



É só o meu olhar tendencioso de mãe, ou o Trump até está parecido?
O combinado era não ter jogos no telemóvel, mas o Sebastião pediu-nos que abríssemos uma excepção.

(Titão) É que o jogo "Choose or Die" é um jogo para decidirmos. Por exemplo: escolhias ser invisível ou conseguires telestransporta-te?

A mãe ficou a pensar (é que é tão indecisa quanto o filho!)

(Mãe) Teletransportar-me.

(Titão) 50% das pessoas também escolheu essa. Ficou muito equilibrado. E preferias ir de férias com o presidente ou ir para a Síria.

(Mãe) Ia com o presidente.

(Titão) Mas há 40% que preferia ir para a Síria. Estás a ver, mãe... isto obriga-me a decidir! E vejo o que decidiram os outros. Não estás sempre a dizer que eu tenho de trabalhar o poder de decidir?

Argumento validado.
Choose... and live!

(Afonso a resumir a saga Hillary/Trump, em vésperas da eleições) Basicamente, o que se vai decidir amanhã é onde é que se vai fazer a guerra. Se ganhar a Hillary Clinton, os EUA continuam a bombardear o Médio Oriente. Se ganhar o Trumpo, a guerra começa logo na América... De qualquer forma, o que não vão faltar são armas.

Ter esta noção aos 13 anos é positivo. Mas angustiante, ao mesmo tempo, e uma enorme responsabilidade. Se damos a conhecer o mundo aos nossos filhos como ele é, temos também de conseguir fazê-los acreditar de que, apesar de tudo, vão conseguir transformá-lo...


A minha cozinheira de palmo e meio decidiu, este fim de semana, arranjar um caderno de receitas, onde vai pedir a cada elemento da família e amigos que lhe ensinem receitas. Uma forma óptima de estimular a escrita e de aprender algo mais sobre os alimentos e a sua confecção.

E a primeira receita foi da... avó T.!

(Nonô) Mas avó... a receita tem de ser saudável!

A avó passou-lhe então a receita de um bolo... mas saudável! Bolo de alfarroba com aveia.

(Nonô) Mas tem açúcar, avó!

Mas é em pouca quantidade e do mascavado. Uma alternativa aos bolos menos saudáveis, que ela pode fazer para as festas dos escuteiros.

A próxima receita é a da mamã: Lasanha Saudável. Que vai ter direito a escrita, confecção e prova.


PS - E se alguém, desse lado, tiver boas sugestões, agradecemos. Temos um caderno inteiro para encher...


A Leonor começou há 3 semanas nos Escuteiros e tem sido uma aventura vê-la a aprender aquilo que eu aprendi há 30 anos: as máximas (entre eles o famoso "sempre alerta para servir", "da melhor vontade", e sempre com alegria!), o prazer da vida ao ar livre, as canções, o espírito de equipa...

Hoje, chegou a casa com uma novidade:

(Nonô) Mãe, sou a cozinheira do meu bando!
(Mãe) A sério, Nonô? A mãe também foi tantos anos cozinheira, nos escuteiros! Foi assim que a mãe aprendeu a cozinhar para uma família grande como a nossa.
(Nonô) Mas achas que me vão já deixar cozinhar?
(Mãe) Ainda vais ter de aprender. Por agora tens de ajudar a Akelá. Mas é uma tarefa importante, Nonô. Tens de pensar no que vão comer, quais os ingredientes, como vão prepará-los...
(Nonô) Tenho de começar a ler livros de culinária, mamã!
(Mãe) Também acho que sim.
(Nonô) E, se sou eu a cozinheira, vou pôr toda a gente a comer comida saudável! Não é, mamã?

Passo o dia a ralhar com os meus filhos, a chateá-los, a impingir-lhes aquilo em que acredito, e a achar que tudo lhes entra por um ouvido e sai pelo outro.
Depois, nos mais pequenos pormenores, percebo como, apesar do desgaste, vale tanto a pena ser uma mãe chata...


Escuteiros, preparem-se! A Nonô vai revolucionar a alimentação em campo!
O pai andava nos treinos com o Dudu e o Afonso, a mãe ficou sozinha com o Titão e a Nonô.


(Nonô) Mãeeee... brinca connosco aos pais e às mães.

(Titão) Eu sou o pai, a Nonô é a mãe, e tu és a filha.


Aceitei de imediato, sem saber no que me estava a meter. É que eles fizeram um retrato fiel da forma como eu e o pai nos comportamos! Para o bem... e para o mal!

(Titão) Mas tu agora comes sementes, querida?!
(Nonô) Xiu, que eu tenho de fazer uns telefonemas.
(Titão) Vai-te lá deitar, filha, que os pais têm de ter ali uma discussãozinha. Mas não te preocupes, filha, que as discussões fazem parte da vida. Os adultos precisam de discutir um bocadinho para se entenderem...

Algumas frases nossas reproduziram-nas na íntegra! Mas eu também não me fiquei... Esperneei, bati o pé, fui teimosa, disse que não queria dormir e só me calaram com o CD de uma fábula narrada pela Bárbara Guimarães.

A repetir, definitivamente!
Sabemos que temos um filho do contra quando, aos 7 anos:

- Teima em vestir as blusas ao contrário.

- Recusa-se a vestir duas peças do mesmo pijama. Faz mesmo questão de que as calças e a parte de cima combinem realmente mal.


Já deixei de me preocupar. Há que poupar armas e esforços para as guerras importantes...

(Mãe) Então, Afonso, como é que correu o teste de História?

(Afonso) Bem... Só na composição é que acho que me espalhei ao comprido. Era sobre a descoberta do Brasil, mas eu comecei a divagar, divagar... só acabei na corrupção atual do país. Se calhar não devíamos conversar tanto sobre tanta coisa, mãe...


Dentro do género, acho que até foi um elogio.
Mãe leva no carro o Sebastião mais 4 colegas para fazerem um trabalho de grupo em nossa casa.
Vidros abertos.
Música a bombar.
Mamã a cantar e a dançar.

(Afonso, o mais recém adolescente do contra, que fala por abreviaturas, siglas e hastags, abre a janela e pede por socorro) #FuiRaptado


(Mãe) Meninos, a mãe lembrou-se finalmente do jogo de computador que jogava com a vossa idade. Carmen Sandiego. Já ouviram falar? Eu era uma detetive e tinha de encontrar espiões que andavam a viajar pelo mundo, seguindo pistas que o jogo me dava. Tinha de conhecer os monumentos dos países, bandeiras, moeda, etc. Por isso eu jogava com pilhas de enciclopédias ao pé de mim.


Filhos olham uns para os outro e riem-se à gargalhada.


(Afonso) Que croma!

(Sebastião) Para que é que eram as enciclopédias? Não era mais fácil ir ao Google?

(Dudu) O que são enciclopédias, mãe?


Generation Gap no seu melhor...

A minha filha quer ser professora!
E eu fico cheia de orgulho... Não que a vida de professor seja fácil, nos dias que correm. Nada fácil, mesmo. Mas uma criança que, aos 7 anos, queira aprender para ensinar, é já alguém que; 1) gosta de aprender; 2) percebe a importância de passar aos outros o seu conhecimento. Numa escola ou em qualquer parte.

(Nonô) Mãe, desculpa, mas eu preciso do teu computador. Tenho de preparar umas fichas para as minhas alunas.

As suas alunas são duas colegas que também querem ser professoras. Então brincam à vez. Umas vezes são alunas, outras são professoras, e assim já ninguém se chateia.
Hoje, a minha Nonô é a professora. E por isso, ontem, agarrou-se ao meu computador como gente grande e preparou uma ficha com elementos que nem eu própria me lembraria de incluir. Tabelas, quadrados para as contas, e até um texto sobre o lixo no mar, com perguntas de interpretação. A mãe só corrigiu os erros e ensinou-lhe alguns comandos que lhe escaparam. Ajudou-a a imprimir e... voilá! A senhora professora (que até foi buscar uns óculos 3D sem filtros) já tinha a sua ficha feita.




(Nonô) Mãe... eu preciso de fazer mais fichas. Se calhar, no Natal, podiam oferecer-me um computador. E também vou precisar de uma impressora. Para eu ser uma boa professora tenho de trabalhar muito...

E hoje já sei o que vai fazer quando chegar a casa da patinagem... sentar-se na sua secretária a corrigir as fichas das alunas!
(Mãe) Afonso, a mãe ontem desabafou no Facebook sobre o que tu sentes em relação à escola e tive centenas de Comentários e Partilhas. Estamos a reunir ideias para pormos isto tudo a mexer.

(Afonso) Então a escola vai mesmo mudar?

Já não lhe via aquele brilho nos olhos há muito tempo. Acho que já não acreditava que fosse possível, pelo menos no seu tempo.
Tudo há ainda por fazer. Mas, por filhos com brilhos nos olhos, é mesmo para arregaçarmos as mangas e pormo-nos a mexer...

(O que partilhei hoje, e para o qual conto com os vossos preciosos contributos):

"O descontentamento em relação ao estado a que chegou o nosso Ensino é generalizado. Alunos, professores e pais reclamam por mudanças, profundas e estruturadas, mas a nossa voz não tem chegado a quem tem o poder e o dever de reformular um sistema obsoleto, desadequado e burocratizado.
Existem já vários grupos organizados (como é o caso da Rede Educação Viva) a pensar na mudança. A traçar novos rumos para aquilo que pode ser o nosso Ensino - e com certeza que todos os nossos contributos serão válidos. Mas é importante fazer chegar ao Ministério a dimensão do nosso descontentamento. Por isso, hoje, sugiro fazermos um brainstorming para encontrar ideias válidas que possam levar mais longe e mais alto a nossa voz.
O brainstorming tem regras: podemos sugerir o que quisermos, sem censura; da quantidade nascerá a qualidade, até porque é preciso passar das ideias mais óbvias para as disparatadas, para chegar finalmente às interessantes.
Quem tem ideias sobre o que se pode fazer? Algumas sugestões que surgiram ontem ou me passaram pela cabeça entretanto:

- Carta-modelo para o maior número de pessoas assinar e enviar ao Ministério. Podemos enviá-las todas no mesmo dia e entupir, literalmente, a caixa do correio.
- Pedir aos nossos filhos/alunos que façam pequenos vídeos sobre aquilo que acham do ensino, que reuniríamos (a página Por uma Escola Diferente pode partilhar todas estas manifestações) e enviaríamos ao Ministério.
- Organização de um debate com alunos de várias escolas, para o qual convidaríamos o Ministro.
- Concentração à porta do Ministério de pais, professores e alunos, unidos na mesma causa.
- Um avião a sobrevoar o Ministério com um slogan que arranjaríamos para o efeito.
- Chuva de panfletos com o nosso Manifesto, sobre o Ministério. Ou sobre Leiria, onde o Ministro estará a ouvir os alunos sobre este tema.
- O Ministro Vai à Escola: desafiarmos o Ministro a, durante uma semana, ser aluno numa escola. Com direito a 3 ou 4 testes, TPCs e uns quantos trabalhos de grupo. Idealmente, inserido numa família (até ofereço a minha, numerosa, para se perceber bem o caos e o desgaste).

Aceitam-se as mais loucas sugestões. Havemos de encontrar uma (ou algumas) que nos sirva..."

(Afonso) Mãe, a professora de X parece outra pessoa. No ano passado era muito querida, explicava tudo, ouvia-nos... e este ano não quer saber de nós! Não explica nada, as aulas são uma seca. Acho que está deprimida. Se calhar divorciou-se, ou morreu alguém. Era melhor que ela nos dissesse o que é que aconteceu, e nós percebíamos. Assim, é só mais uma professora má...


https://www.publico.pt/sociedade/noticia/ministro-da-educacao-vai-ouvir-o-que-os-alunos-tem-a-dizer-sobre-curriculos-1749625
"Conferência em Leiria, na sexta-feira, junta estudantes do ensino básico e secundário. Tradicionalmente, os alunos não são ouvidos em contexto de gestão curricular. Esta conferência visa corrigir essa prática", diz ministério de Tiago Brandão Rodrigues."

Ainda ontem, perante o desespero do meu filho mais velho, que tinha de meter na cabeça uma pilha de matéria "que não tem interesse nenhum para a minha vida", lhe sugeri que escrevesse uma carta ao Ministro. Que lhe explicasse porque é que os alunos, aos 13 anos, com melhores ou piores notas, estão absolutamente saturados da escola (e ainda estamos em novembro!) Que lhe falasse da sua falta de tempo para descansar. Da sua falta de tempo para ler e pesquisar o que lhe interessa. Das aulas entediantes. Dos professores inevitavelmente desmotivados. Das cadeiras e mesas insuportavelmente desconfortáveis, onde criança e jovem nenhum deveria passar um dia inteiro. Etc, etc, etc.
O meu filho suplica-me para que o deixe estudar em casa. Ou, em alternativa, que crie uma escola onde ele e os irmãos possam ser mais felizes. Onde todas as crianças e jovens deste país possam crescer motivados e realmente preparados para o mundo que os espera.
Enquanto essa escola não chega, temos um Ministro disposto a ouvir os alunos. Por isso, alunos, o que vos peço é que não se calem. E os que não estão em Leiria, escrevam. Façam vídeos. Mandem sms. O que quiserem. Mas, por favor, se alguém está disposto a ouvir as vossas vozes, não deixem de se fazer ouvir!
Vantagem de ter três filhos rapazes:

* Apenas um dos meus filhos (que é a mesma coisa que dizer a filha) fala em BFFs - Best Friends For Ever - e muda a sua "short list" de melhores amigas todos os dias.

Desvantagem:

* Triplicam as possibilidades de me sentar numa sanita suja com pingas de xixi. "Ó mãeeee... os manos são nojentos!"

(Afonso) Sabes aquele trabalho que estamos a fazer sobre publicidade? Uns colegas meus criaram um slogan que era assim: "Temos preços mais baixos do que o Afonso...". Ainda pensei que eles queriam dizer "mais baixos do que os preços do Afonso", mas não... Estavam mesmo a gozar com a minha altura.

Contou-mo a rir-se e com um poder de encaixe tremendo, o meu baixote. Isto de ser o mais baixo da turma, numa idade de afirmação, não é fácil... Mas como não se esticam os filhos (ele vai ter mesmo de esperar pela sua altura certa para "esticar"), há que rir também.


(Mãe) Tiveram graça, Afonso...

(Afonso) Yá! Mas não se safam, que a minha campanha é melhor.


Assunto resolvido. Baixote mas inteligente. Não se pode ter tudo...

O Afonso está a dar os Descobrimentos (e diz que as aulas são uma seeeeeca!)
O Sebastião está a dar o pós-Descobrimentos - da Lisboa do século XVI à guerra da Restauração (e as aulas entram-lhe por um ouvido e saem-lhe por outro)

- Meninos, calcem-se. Tragam os livros de História. Vamos a Lisboa.

E assim aconteceu uma "aula" diferente. No caminho conversámos sobre a matéria, enquanto, de um lado e do outro, ia aparecendo a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerónimos. Mais à frente a Ribeira das Naus, e finalmente o Terreiro do Paço, onde fomos visitar o Lisboa Story Center.
Já lá tínhamos ido há dois verões, mas agora a "matéria" estava quente, e foi muito interessante cruzarem o que tinham dado com aquilo que se via e ouvia no audioguias (com conteúdos muito interessantes e divertidos). O Dudu ainda pôde ficar a saber mais sobre o Terramoto de Lisboa (ele que se interessa tanto, sabe-se lá porquê, por terramotos e tsunamis!) e a Leonor delirou com a forma como as pessoas se vestiam ao longo dos tempos.




Claro que não faltaram as peripécias: o carro ficou longe e, quando chegámos ao Lisboa Story Center, percebi que a carteira tinha ficado no carro. Obra do senhor-trapalhão Afonso, a quem pedi para guardar a carteira depois de pagar o gasóleo na bomba. Resultado: ele guardou a carteira... no chão. Percorremos 4 vezes Lisboa a pé, de Santa Apolónia ao Terreiro do Paço, só para poder comprar os bilhetes.
Também levámos um raspanete de um casal francês, que nos achou muito "galhofeiros", mas eu diria que a volta até não correu nada mal. O Lisboa Story Center ficou intacto, não perdi nenhum deles pelo caminho... e a matéria ficou sabida! Venham mais "aulas" como esta!