Mamã entra no quarto da pequena Nonô. Pequenos pedaços de Bostik, em bolinhas, estão sobre a sua cama.

(Mamã) O que estás a fazer, Nonô?

(Nonô) Estou a decorar o meu quarto...


Primeiro foram os autocolantes:


Agora, com o Bostik, abriu-se todo um leque de novas oportunidades...


Cuca, toda enlameada, saltita do lado de lá do portão.

(Mãe) Meninos, a Cuca (nossa cadela) está a pedir festinhas.

Sebastião faz uma festa na nossa cadela Cuca.
Afonso faz uma festa no Sebastião.

(Titão) O que é que estás a fazer?! Eu não sou um cão!

(Afonso) Teoricamente, estou a fazer uma festa na Cuca. O corpo humano é um bom condutor de eletricidade, Sebastião.

E assim regressa o Afonso a casa com as mãos limpas...
O primeiro livro infantil que escrevi, no último mês de gravidez do meu filho mais velho (comigo encostada à box porque ele não estava a aumentar de peso), chamava-se "Os Miaus" e era uma adaptação para crianças d'"Os Maias", de Eça de Queirós... com gatos!



Hoje, levei a filharada a ver outro clássico da literatura - "Romeu e Julieta" - transformado numa história de gatos. Uma adaptação livre, passada nas docas de Lisboa, com um final ligeiramente diferente da história original (tudo sobrevive e brinda ao amor!). Os gatitos cantaram e encantaram e, no regresso a casa, a famosa história de Shakespeare (pelo menos no seu essencial) estava na ponta da língua.

(Nonô) A Julieta gostava do Romeu.
(Dudu) Não podiam ficar juntos, porque uns gatos eram de um grupo e os outros eram do outro.
(Nonô) Tomaram uma coisa e ficaram a dormir. Mas não morreram!

Soletrar Shakespeare é que é mais difícil, mas andamos a treinar para isso.
Obrigada, Teatro Infantil de Lisboa! Ficamos a aguardar a vossa próxima aventura...


Sobre o mundo violento em que vivemos, e que estamos a deixar de herança aos nossos filhos.
Para ler a partir de hoje na Maria Ca(Paz!).

http://mariacapaz.pt/cronicas/da-violencia-em-que-vivemos-por-sara-rodi/


PS - E vale a pena recordar "Heal the World" de Michael Jackson.

There's a place in your heart
And I know that it is love
And this place could be much
Brighter than tomorrow
And if you really try
You'll find there's no need to cry
In this place you'll feel
There's no hurt or sorrow

There are ways to get there
If you care enough for the living
Make a little space
Make a better place

Heal the world
Make it a better place
For you and for me
And the entire human race
There are people dying
If you care enough for the living
Make it a better place
For you and for me

https://www.youtube.com/watch?v=BWf-eARnf6U

A sinopse prometia...

"Um clássico dos nossos dias extremamente divertido. Uma série de casualidades pode tornar possível o impossível, ainda que uma falsa maçã se transforme na mais apetitosa de todas..."

... mas o livro saiu ainda melhor que a encomenda!
Um homenzinho de fato às riscas resolve comprar uma maçã e um vendedor resolve enganá-lo e vender-lhe uma maçã verde de plástico, dizendo-lhe que esperasse, porque ela acabaria por amadurecer. O homenzinho põe-na no parapeito da janela, enquanto trabalha, e a maçã é levada para uma viagem mirabolante, onde acaba trocada por uma outra verdadeira, vermelhinha, gigante, que o vendedor de fruta fazia crescer na sua árvore. Quando o homenzinho termina o seu trabalho, a maçã verde de plástico havia-se transformado numa bela maçã vermelhinha.

(Mãe) Sabem que a vida é mesmo assim?
(Titão) Como é que tu sabes?
(Mãe) Fiquem atentos... e vão ver que o que fazemos aos outros, é o que recebemos de volta. Se tentarmos enganá-los, mais cedo ou mais tarde pagamos por isso. Se forem os outros a tentar enganar-nos... esperem, sem vinganças... A vida, com as suas voltas e reviravoltas "mágicas" vai acabar por fazê-los perceber que erraram...

O Sebastião ficou pensativo, mas ainda céptico.

(Titão) Isso é mesmo assim, mãe?
(Mãe) Eu acredito que sim. E ninguém me disse, foi a vida que mo ensinou. Vamos ver o que é que a tua vida te ensina...

Sorriu-me e voltou a folhear o livro, em silêncio. Hoje, uma maçã. Amanhã, um negócio, um contrato, um relacionamento... E, nas voltas do mundo, lições preciosas para o nosso crescimento pessoal.


Mais um artigo interessante sobre uma reflexão tão urgente!

http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265

"A escola de massas, onde um professor ensina ao mesmo tempo e no mesmo lugar dezenas de alunos, nasceu com a revolução industrial mas chegou ao século XXI. Em dois séculos, mudaram os estudantes, mudou a sociedade e mudou o mercado de trabalho. Quando mudará a escola?"

"Nada se passa fora do enquadramento tecnológico, mas achar que se pode usar a tecnologia para provocar a mudança é ingénuo. O que temos de ter é uma lógica daquilo que queremos para a escola"

"A escola do ponto de vista da preparação para a razão faz um bom trabalho, mas tem visto a criança como metade daquilo que ela é. O que a escola não está a conseguir encontrar é um equilíbrio entre a razão e a arte. Não está a desenvolver as competências criativas."

"Achamos que a educação é melhor se for uniformizada, o que é uma contradição com o mundo em que vivemos, em que só aqueles que se diferenciam é que arranjam emprego."
As crianças querem ser saudáveis!

Mais do que isso... as crianças têm O DIREITO a alimentarem-se de forma saudável.

Por isso mesmo, a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) convidou 47 mil alunos de todo o país a fazerem vídeos para ensinarem aos adultos o que são hábitos de alimentação saudável.

Os vídeos vão estar em votação até às 23:59 do dia 10 de março de 2015, no site www.heroisdafruta.com. Esta votação irá apurar os 60 hinos finalistas, correspondentes aos 3 mais votados dos 18 distritos continentais e das 2 regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Depois quem decide os 3 melhores é o júri (músico portugueses), e os finalistas receberão a visita da APCOI na sua escola, com a representação da peça de teatro interactiva "Super Festa dos Heróis da Fruta".

Este é, segundo Mário Silva, presidente da APCOI “a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde a nível nacional e que desde 2011 melhorou os hábitos alimentares de 183.395 crianças através de um modelo pedagógico de sucesso comprovado, como demonstram os resultados do impacto da última edição: 42,6% das crianças que participaram aumentaram o seu consumo diário de fruta, em apenas 12 semanas.”

Aumentou o consumo de fruta, mas ainda há muito por fazer... Vamos ajudar?

Toca a espreitar e a votar (até porque votar dá prémios) em http://www.heroisdafruta.com/p/votos.html#.VOXoKr8nBpl
E mais informações sobre esta iniciativa aqui:www.heroisdafruta.com.





Mamã lê a história do Espantalho Tomás aos seus 3 piolhos mais novos.




(Mamã) Vocês gostavam de ser um espantalho?


Torceram todos o nariz.


(Mamã) Então gostavam de ser o quê?

(Nonô) Eu a Violetta, a Ana e a Elsa do Frozen.

(Titão) Eu um Super-Herói.

(Dudu) Eu um Fantasma.


Olhares sonhadores. A mamã sonha também.


(Titão) E tu, mãe? Gostavas de ser o quê?

(Mãe) A Super-Mamã. Agora mandava-vos para a cama e vocês obedeciam-me, ordeiramente. E daqui a 5 minutos a Super-Mamã já estava na sala enrolada num cobertor a beber um chazinho e a ler o seu livro...

(Titão) Hum... Com uma Violetta cantora, um Super-Herói a ter que ir salvar pessoas e um Fantasma que desaparece, acho que não te vais safar, Mãe...


Só uma boa meia hora depois é que a Super-Mãe conseguiu que os filhos se deitassem... e em seguida foi arrumar a cozinha.
(Mas com um grande "S" no peito, ok?)
E assim se percebe quando a Nonô está zangada...



... e quando o Dudu está eufórico.



Dudu ouve na rádio uma referência ao Dia dos Namorados.


(Dudu) O quê?! Hoje é dia dos namorados? E ninguém me disse nada...

(Mãe) Não sabia que isso te interessava, Dudu... Tu ainda tens a tua namorada?

(Dudu) Não. Ela desistiu.

(Mãe) Ah...

(Dudu) Mas não te preocupes. Eu ainda sou muito novo.

(Mãe) Pois... Mas mesmo assim gostas do dia dos namorados?

(Dudu) Sim!


Encontramos um casal amigo...


(Dudu) Sabem que hoje é dia dos namorados? Já ofereceram uma prenda?

(Amigo) Que prenda é que achas que devíamos oferecer?

(Dudu) Flores, ou assim...


Quem diria... tenho um filho romântico!

E é isto... multiplicado por 4 e sem Coca-cola!
E é tão bom...


(Dudu) Mãe, lembras-te de quando eu saí da tua barriga?

(Mãe) Lembro sim, filho. Tu é que não te deves lembrar...

(Dudu) Lembro... Eu vi o Pai e apanhei um susto!

Estratégias visuais para ajudar o meu Titão a decorar o Estudo do Meio...


Já as ilhas dos Açores tiveram direito a lengalenga: O São Miguel e a Santa Maria apaixonaram-se e tiveram um filho que era o São Jorge. O São Jorge saiu de casa quando se apaixonou pela Graciosa, e tiveram um cão e um gato, o Faial e o Pico. Também tiveram um Corvo mas esse fugiu para as Flores...


Já os reis da primeira dinastia, eram o Conquistador e o Povoador, e depois veio o Gordo e o Cabeludo (Capelo) porque comeu muito esparguete à bolonhesa (Bolonhês).

Vale de tudo para o ajudar a decorar a matéria que não lhe interessa para nada...
(já os planetas decorou num ápice. E o corpo humano também. Temos mente seletiva. Os exames é que não vão ter em conta a sua seleção...)
Nascidos na mesma barriga... e com sonhos tão, tão diferentes!

Dudu rouba a luz de presença do quarto da Nonô.
Nonô guincha e esperneia pela casa fora.
Mamã fecha-se no quarto com a Nonô.

(Mamã) Tu já viste que o teu irmão passa a vida a fazer-te isto?

Nonô guincha e esperneia outra vez. O irmão é isto e aquilo e aqueloutro.

(Mamã) O teu irmão adora tirar-te do sério, Nonô. Mas tu tens que ser mais esperta do que ele.

Nonô fica de repente mais atenta.

(Mamã) Enquanto guinchares e esperneares, ele vai continuar a fazer-te isto. O truque está em manteres-te serena e ignorares a provocação dele.
(Nonô) E como é que eu faço isso?
(Mamã) Observa a mamã.

Mamã avança corredor afora até ao quarto do Dudu.

(Mamã) A Nonô diz que podes ficar com a luz. Ela já é crescida, não precisa de luzes à noite.

De contente e satisfeito por ter deixado a sua irmã furiosa, Dudu saltou da cama, indignado.

(Dudu) Mas eu também já sou crescido! Não preciso da luz para nada.
(Mamã) Mas podes ficar com ela. A Nonô não se importa.

Mamã afasta-se. Imediatamente Dudu salta da cama e leva a luz até ao quarto da Nonô. Coloca-a e liga-a.

(Dudu) Podes ficar com a tua luz, Nonô. Eu já não preciso.

Dudu regressa ao quarto. A casa volta a ficar na paz dos Anjos.

(Mamã) Dorme bem, Nonô.
(Nonô) Mamã... ensinas-me mais truques destes? Para eu saber lidar com os rapazes.
(Mamã) Ensino sim. Amanhã. Agora dorme.
(Nonô) Mas olha, mãe... eu também já não preciso de luz de presença. Já estou crescida.

E assim se mataram dois coelhos de uma cajadada só!
Nem sempre resulta... Às vezes termina com a Mãe a guinchar e a espernear mais do que qualquer um dos filhos.
Mas hoje a mamã saiu-se à maneira! :)


Titão a estudar a Primeira Dinastia.
Afonso a escrever uma crítica a um livro.
Mãe a olhar lá para fora, com vontade de ir passear...

(Mãe) Vá lá, meninos... despachem-se! Para irmos dar um passeio...

Afonso começa a batucar. Sai o primeiro RAP da tarde.

(Afonso) Estamos aqui a estudar/ Já nos estamos a passar/ A nossa mãe é muito má./ Queremos ir para a rua já!

Dos outros já não me lembro. Eram do mesmo calibre e tinham a sua quota parte de verdade. O sol chamava-nos. A vontade de descanso era mais do que legítima. Mas os trabalhos existem. Há matéria e há testes. E a próxima semana está cheia deles.

(Mãe) Vamos mas é trabalhar/ Para poder ir passear./ Não fui eu que fiz a escola/ Por mim iam jogar à bola.
Aproveitem para aprender. / Ponham o tempo a render/ Contem com a vossa mãe querida/ Mas é assim: isto é a vida!

Como rappers não temos jeitinho nenhum. Mas serviu para descontrair...
E, manhoso ou não, qualquer dia ainda sai daqui um single...


De há umas semanas para cá que os meus filhos adoptaram a mania de andar pela casa em patins. Assim que chegam a casa, tiram os sapatos e, em vez da pantufas, adoptam as 4 rodas.

(Titão) Ó mãe... toda a gente devia andar de patins. Os sapatos deviam ter rodas. Ou, melhor, os humanos deviam ter rodas nos pés!

Ainda nunca me tinha passado pela cabeça, mas parece-me uma boa possibilidade... Sobretudo se as rodas puderem recolher nos pisos irregulares. Só vejo um único problema: ando tão mal de patins!

A minha querida Magda Oliveira (Mum's the Boss!) publicou um artigo muito interessante na Maria Capaz sobre a Palmada - essa coisa que uns defendem que faz bem e recomenda-se, e outros rejeitam liminarmente, por se tratar de violência, ou pelo menos significar algum descontrolo por parte dos pais. (Ler AQUI)
Eu sou daquelas que não gosta de palmadas. Não gosto mesmo! Mas também sou daquelas que às vezes não consegue resolver a questão sem umas "sapatadas". Ou, na melhor das hipóteses, sem uns ameaços. E no domingo à tarde, quando se conjuga pequenada ao rubro (e às vezes só lhes falta mesmo subir às paredes) com a paciência da mãe já no limite, temos terreno propício para uns quantos gritos e ameaças (vai não vai, concretizadas).

(Titão) Mãe... tu às vezes pareces a Bela daquela música do Kuduro...
(Mãe) ???

O estudo estava atrasado, mas aquela saída merecia uma pesquisa rápida no Google. E eis que me surge isto:



E não é que me revi totalmente?
A parte boa é que mandámos o estudo às urtigas e ficámos uma boa meia hora a dançar kuduro... E a mãe, de "Bela chata", passou por momentos (brevíssimos e estranhos momentos) a "Bela bailarina"...
(Nonô) Mãe... enquanto tu lês a história, eu vou aproveitar para dobrar as minhas cuecas...


É certo que a mãe anda sempre pela casa a arrumar, e a tentar fazer 2, 3, 4 coisas ao mesmo tempo (porque o tempo é sempre pouco!). Mas se há coisa de que não me lembro de ter sido, em pequenina, é arrumada. (Aliás... continuo a dever muito à arrumação!)
Queridas avós... serve este post para vos dizer que este gene é vosso! E já começou a dar frutos...

Sobre o instinto maternal das mães.
Sobre os sonhos que deixamos pelo caminho.
E sobre aqueles que ainda desejamos perseguir.

Acredito profundamente que a maternidade faz de nós pessoas melhores.
Assim como acredito que nos capacita para um conjunto de novas tarefas, projetos e profissões.
É uma mais-valia para qualquer currículo. Ou devia ser...

É sobre tudo isto o meu novo texto publicado na plataforma Maria Capaz.
Espero-vos por lá...

http://mariacapaz.pt/estados-de-alma/mae-chimpanze-por-sara-rodi/


Violetta-borralheira em patins

(a Disney é que ainda não se lembrou disto...).

(Nonô) Mamã, eu acho que não quero ser nada...

(Mamã) Não queres ser nada como... quando cresceres?

(Nonô) Não queria ser nada...

(Mamã) Não querias existir???

(Nonô) Existir é bom. Mas eu acho que preferia ser vento...



(Nonô) Olha, mamã... Fiz-te uma surpresa!


Quanto não vale uma filhota assim...

(e sim, sim... eu sei que isto não vai durar para sempre. Qualquer dia andamos às turras, e vão ser das valentes! Mas deixem-me aproveitar enquanto dura, ok?)

5.5 milhões de crianças sírias estão literalmente a morrer de frio!
(ler notícias recentes AQUI)

Deixo o apelo a todos os pais que possam contribuir. Reúnam as roupas e calçado que puderem e entreguem na Cáritas da vossa região, com a máxima urgência.
Podem consultar as moradas neste site.

Obrigada!


A caminho da escola, chega-nos a notícia de que o Ronaldo completa hoje 30 anos.


(Dudu) Ó mãe... podemos ir aos anos dele?

(Mãe) Ó filho... eu acho que não. Ele não nos convidou.

(Dudu) E eu posso convidá-lo para a minha festa de anos?

(Mãe) Podes, filho. Mas eu acho que ele não pode vir... Ele é muito ocupado. Tem muitos jogos.

(Dudu) Mas ele até foi expulso de um jogo! Se calhar agora tem mais tempo...


Ah, inocência boa!
Parabéns, Ronaldo! E se quiseres aparecer cá por casa em Maio, estás desde já convidado... o Dudu agradece!

(Nonô) Mamã... Fiz-te uns presentinhos na escola...






Abracinho doce e prolongado.
É mesmo aproveitar enquanto dura...
Apesar de ter Inglês desde os 5 anos, o Titão, literalmente, não "pescava" nada daquilo...
E como ele custou a encarreirar no português, a Mamã sempre lhe disse: "Primeiro o Português, depois logo pensamos no Inglês..."

O problema é que ele este ano começou a ter testes à língua inglesa e os do trimestre passado foram uma desgraça. Encarreirado no Português, acabou por ficar coxo a Inglês!

(Sebastião) E agora, Mãe?
(Mãe) Agora... vamos ter de recuperar o tempo perdido!

Jogos aqui, conversas acolá, exercícios acoli... acabei por descobrir este livro muito divertido para ajudar a decorar vocabulário. Uma boa ajuda para crianças (como o meu Titão) que adoram entender e detestam decorar. Com rimas a ajudar, vai ser Inglês até fartar!



No domingo à tarde, cada um tem liberdade para ser o que quiser...

(mas nem vos conto o susto que eu apanhei quando ele me apareceu assim vestido na cozinha...)

Dudu aparece vestido com o equipamento do Porto e as chuteiras calçadas.


(Dudu) Mãe... Quando eu crescer vou ser o Ronaldo!

(Mãe) Queres ser jogador de futebol?

(Dudu) Não, eu quero ser o Ronaldo.

(Mãe) Mas o Ronaldo não podes ser, filho. O Ronaldo já existe.

(Dudu) E quando ele morrer, posso ser o Ronaldo?

(Mãe) Oh, filho... Mas para que é que tu queres ser o Ronaldo? O Duarte também pode ser um excelente jogador...

(Dudu) O Sebastião disse-me que eu aos 18 anos posso mudar de nome. Vou mudar para Ronaldo.


Estava tão determinado, que a Mamã achou que tinha de recorrer a outro tipo de armas...


(Mãe com voz de relato de futebol) A bola passa o meio campo. Duarte do Ó avança com a bola. Finta o Afonso. Finta o Sebastião. Finta o próprio Ronaldo. É incrível! Recuperação magnífica de Duarte do Ó. E avança... e avança... e a baliza está à sua frente... o guarda-redes posiciona-se... Duarte do Ó puxa o pé atrás. Chuta. A bola voa até à baliza. O guarda-redes salta mas não tem hipóteses... e é GOOOOLLLLLOOOOOOOOOOOO! GOOOLLLLOOOOOOO do Duarte do Ó! Do grande e do magnífico Duarte do Ó! A sua mãe chora na bancada. Bate palmas. E grita: "Du-ar-te! Du-ar-te! Du-ar-te!"


(Dudu a rir à gargalhada) Ó Mãe... faz outra vez...


Uns 5 relatos depois (e com a voz já a falhar), a Mamã já o tinha feito esquecer a história do Ronaldo. O Duarte do Ó é que era! Esse grande jogador que deixa a bancada ao rubro... e a mamã num pranto!
Mãe sofre!


Viagem de carro com os gémeos na galhofa.


(Mamã) Vá, meninos... A mãe vai ensinar-vos a ler. O B e o A faz...

(Dudu e Nonô) ???

(Mamã) BA! O B e o E faz...

(Dudu e Nonô) BA!

(Mamã) BÉ!

(Dudu e Nonô) Méeeee!

(Mamã) Não é Méeee! É Béeeee! B mais A faz...

(Dudu e Nonô) Béeeeee!!!

(Mamã) Báaaaa!

(Dudu e Nonô) Béeee, Báaaa, Méeee, Béeeee...

(Mamã) Meninos, vá... atenção! Vamos tentar outra letra: P e A faz...

(Dudu e Nonô) Báaaa!

(Mãe) Não! Agora não é Báaa, é Páaaa!

(Dudu e Nonô) Páaaaa!

(Mãe) E P e E faz...

(Dudu e Nonô) Páaa! Péeee! Méeee! Cocóoo! Xixiiii!!!



Mãe desiste e põe uma música na rádio.
Definitivamente, santos da casa não fazem milagres...



E ao fim de duas ninhadas e uma semana de intenso e louco namoro com os gatos da vizinhança, a nossa Mia foi finalmente esterilizada...
Correu tudo bem, regressou a casa no mesmo dia e só se queixa da proteção que tem amarrada à cabeça, e que lhe prejudica a desejada mobilidade.
Mas o que tem sido maravilhoso de ver é a preocupação do seu filhote, que a segue para todo o lado com ar apreensivo (é que os seus olhinhos metem dó!), que a lambe, e que se deita pertinho dela para lhe dar a sua proteção. Quando ele era pequenino, era a mãe que cuidava dele. Agora, é ele a cuidar da sua mamã.
E alguém ainda duvida que os animais têm sentimentos? (Se duvidam, espreitem também estes estudos científicos)