Já andava a pedir-me isto há muito tempo...

"Assim, quando eu estiver a 'passar-me', vou para o meu quarto e acalmo-me com o barulho da água e a bola de cristal..."


Se era para se acalmar, não havia como recusá-lo. E, na noite de Natal, a fonte chegou!

(Claro que, na ânsia de experimentar a fonte, o Dudu esfarelou o esferovite todo, entupiu o cano com as bolinhas, e ainda conseguiu partir em mil cacos a bolinha de cristal... Sinal de que precisa mesmo de uma bela fonte na sua vida! Mas a mamã lá desentupiu o cano e foi suplicar à loja que lhe vendessem outra bolinha avulso. E... voilá! A fonte aí está. E, por este andar, acho que vai ser útil a toda a família ;))


- Preparar um teatrinho de Natal - Check!

- Ver a Mary Poppins - Check!

- Entrar numa bola de Natal - Check!


(acho que ainda tenho bolinhas a sair-me pelas orelhas...)

E que o Natal vos traga também toda a magia da infância.

Boas festas para todos!
O mês foi tão louco, que a mamã mal conseguiu abrir este espaço para contar as aventuras dos filhotes. Que foram muitas e desafiantes... muitos treinos, torneios, testes, trabalhos, aprendizagens, crescimento, descobertas, zangas e reconciliações. Em resumo:

- O Afonso tem 15 anos. Já vai tendo os seus jantares e já tem de se preocupar com as médias para entrar na faculdade (ou não... Como ele diz, uma das suas resoluções de ano novo será... começar a estudar!). Hoje pedi-lhe para experimentar a roupa de Natal do ano passado, e foi um desastre! O pullover ficava-lhe a meio do corpo, as mangas a meio dos braços. Está a crescer e eu juro que não sei como é que o tempo passou tão rápido! Tão inteligente e perspicaz como mordaz, consegue ter as conversas mais interessantes do mundo (que me deixam a pensar durante dias!), como também é capaz de me tirar do sério em três segundos.

- O Sebastião está naquela idade maravilhosa em que não consegue controlar o corpo e a voz e o disparate. Como me disse uma vez uma professora, numa escola: "8º ano? É esperar que passe...". Cresce a olhos vistos - e a roupa, a ele, só continua a servir porque vai herdando a do irmão! - e, por ele, passava a vida em combinações fora de casa com os amigos. A vida é uma festa, e o meu filho é um rapaz feliz, de bem com a vida, que não tem muita paciência para a escola, mas é um poço de talentos: basta vê-lo a tocar bateria, a fazer truques de magia, a filmar macacadas com o telemóvel, a fazer montagens de fotos e vídeos, a fazer malabarismo (até com facas!) ou parkour pela casa, a fazer truques na bicicleta, a inventar brincadeiras e jogos mirabolantes com os irmãos... O que fazer com tudo isto, é que ele ainda não sabe. Mas também não está muito preocupado. A única preocupadinha cá de casa é mesmo a mãe dele!

- A Leonor está uma menina crescida, já não gosta de golas e lacinhos, já não brinca com bonecas, mas anda pela casa toda em pinos, com uma destreza e elasticidade de me fazer inveja! Está sempre feliz, e tem uma capacidade incrível de fazer as pessoas felizes, à sua volta. Mas quando precisa, também é uma artista na arte do "dramaqueen"! Ela dança, ela canta, ela patina, ela faz teatradas pela casa... é uma artista completa. Também na hora de negociar. As vergonhas que eu já passei com ela nas lojas, a tentar negociar com as vendedoras! Prática e amiga do ambiente, não percebe, por exemplo, porque é que não abrimos de vez em quando a nossa garagem para vender o que já não precisamos. Roupa, também pode ser toda em segunda mão. E nada de comprar sacos no supermercado! Se por acaso nos esquecemos de levar o nosso, embrulhamos as compras nos casacos!

- O Dudu continua a ser o meu encantador filho-furacão. Tão depressa é a criatura mais doce do mundo - chama-me querida do seu coração e cobre-me de abraços e beijinhos - como é capaz de atravessar a casa e mandar tudo ao chão. É um desafio permanente e diário lidar com toda a sua criatividade e a sua peculiaridade - o seu sonho é ir ao Butão e adora ver vídeos sobre os mistérios do mundo, fala de política como gente grande e quer acabar com a guerra no mundo. Na escola a professora interroga-se se ele terá défice de atenção ou será sobredotado. Não creio que seja nada dessas coisas. É só o Dudu, criatura única com a qual eu nem sempre sei lidar, mas com a qual tenho aprendido imenso! Até sobre a minha inabilidade para lidar com essa mesma diferença.

Às vezes desespero. Tenho imensa dificuldade em manter o meu trabalho em dia e sinto-me muitas vezes a falhar em muitas frentes. Mas, ao mesmo tempo... lá poderia ter outra vida melhor (porque intensa, porque louca, porque desafiante e inconstante) do que esta?

É oficial!
O filme adaptado da minha coleção "Escola das Artes" chega aos cinemas na próxima semana, e não faltam borboletas na minha barriga e na de todos aqueles que fizeram das tripas coração para ter este filme pronto para esta época natalícia. Estão todos convidados a irem conhecer esta aventura nos cinemas São Jorge e Malaposta (para já) entre dezembro e janeiro (datas na imagem de baixo).


(Nonô) Tchiiiii... então o feriado do 1º de dezembro calha a um sábado? Que desperdício!

(Mãe) Pois é.

Nonô dá-me uma palmadinha nas costas.

(Nonô) Não precisas de fingir, mãe. Eu sei o que estás a pensar: "ufa, ainda bem que calha a um sábado. É menos um dia com os meus filhos todos em casa!"


Para bem e para o mal... eles conhecem-nos tão bem!
Conversa ao jantar:

(Dudu) Eu acho que o pior de tudo deve ser surdo-mudo.

(Nonô) Não sei... ser cego deve ser ainda pior!

(Mãe) Sabem que a mãe, quando tinha a vossa idade, tinha na turma um menino surdo-mudo, que era muito simpático e divertido. E, mais tarde, na faculdade, tive uma colega que era cega, e que um dia arranjou um emprego a vender enciclopédias. Foi impressionante, porque ela mostrou-me um cartaz que descrevia o conteúdo da enciclopédia, e ela sabia exatamente o que estava em cada cantinho do cartaz. É sempre possível superar as nossas dificuldades e aprender a viver com as nossas limitações.

(Silêncio)

(Mãe) Não acreditam? Aconteceu mesmo...

(Nonô) O que é uma enciclopédia, mãe?
E quando o nosso filho mais velho nos diz que se esteve a entreter com uma configuração atómica matematicamente impossível, e nós não fazemos a menor ideia do que ele quer dizer com aquilo?


#jáfostemamã

(Nonô) Mãe, já estou pronta para o 5º ano...

Faltam "só" 10 meses, mas tudo bem... Mulher prevenida, vale por duas!
Mãe a furar a chuva, a caminho de um jogo do Dudu. Com jogos praticamente todas as semanas (e já teve alturas em que tinha dois por fim de semana), já se nota pouco o nervosismo e a pressão.

(Mãe) Mas ainda sentes borboletas na barriga, filho?

(Dudu) Um bocadinho. Mas quando fico nervoso eu tenho um truque. Respiro fundo, e respiro fundo outra vez... e penso em coisas positivas.


Às vezes damos por nós a questionar se as nossas maratonas para levar os nossos filhos aos treinos e às provas valem mesmo a pena e compensam todo o nosso desgaste... Mas depois ouvimos o que eles nos contam, as suas aprendizagens, as competências que ganharam, e lá continuamos. Balanços, só daqui a uns anos. Mas, por agora, como não ficar de coração cheio com tudo aquilo a que assistimos?


Ah, e o pequeno Dudu dedicou um dos seus golos à sua mamã ;)

Depois de uma noite inteira a sonhar com caracóis (ver post anterior), foi o melhor que se conseguiu...


Pode haver iPads e Youtubes... mas há cabelos que nunca mudam e experiências falhadas que são intemporais! Tal mãe (e avó), tal filha...




Alguém se deitou assim esta noite, com esperança de acordar amanhã com caracóis.

A mamã dela também fazia destas coisas, com esperança de ver nascer, nem que poucos minutos, alguns caracóis.

Diferenças?

Eu punha os rolos da minha madrinha Amélia, ou improvisava papelotes.

(Nonô) Eu sigo uma youtuber que ensina a fazer estas coisas todas. É super útil, mamã.
E aos 5 dias do mês de novembro, a mamã constatou que o seu filho mais velho tinha atingido, finalmente, a sua altura.

Dizem que a partir daqui é sempre a ficar para trás. Ou para baixo.

Haja saúde e paz de espírito para deixar os restantes passarem-me também...
<3
Claramente, há um sexto elemento desta família que anda a passar pouco tempo no sofá...


#amamãvaiterumperfilNetflix
Sentes que, se calhar, estás a ser demasiado "amigalhaça" dos teus filhos quando...


... te fazem uma "paralítica" a brincar, que te deixa dois dias com o joelho a chiar.

(Mãe) Meninos! A mãe já não tem 13 anos...

... um deles chega a casa e te cumprimenta com um "Como é que é, meu puto-mãe"?

(Mãe) Dá para me chamarem só mãe, sff?
Não consegui que todos os meus filhos gostassem tanto de ler como eu. Mas os gatos, esses, não dispensam o momento da leitura. E, mesmo no silêncio, preferem sempre os bons leitores ;)

O programa que apresento, desde abril, tem um novo cenário, novos temas, novos convidados... E, sendo eu muito suspeita, acho que vale mesmo a pena espreitar! Mamãs e papás de filhos pequenos, ou em vias disso, este programa é para vocês!



Todas as terças-feiras, às 21.30h, no canal 129 da NOS!
Lobisomens, ainda conhecia...


Mas Harley Queen, tive de ir pesquisar o que era. E fazer o melhor possível...


(Afonso) Ó mãe... a sério que deixaste ir a Nonô de Harley Queen? Tens noção que a mulher do Joker é uma galdéria?

Mas os verdadeiros "galdérios" foram os filhos mais velhos, que tiveram festas até tarde.
E, quando dei por mim, estava a ir buscá-los de pijama, enrolada num casaco. Nunca tinha feito nada tão assustadooooooooor na minha vida!


(Dudu) Mãe, deixei-te uma surpresa na minha secretária...


Com mimos destes, até ignoramos os erros. E sobretudo o facto de ter escrito na própria secretária...
Obrigada, Dudu <3
(Mãe) Então os primeiros povos eram recolectores e noooo...

(Dudu) Nobres!

(Mãe) Isso é mais tarde. Eram nómadas porque...

(Dudu) Andavam de cidade em cidade mas não ficavam muito tempo em nenhuma... Como o teu amigo João.

(Mãe) Esses são nómadas digitais, filho. Mas sim, é mais ou menos a mesma coisa, mas sem cidades. Naquele tempo não havia povoações. Só natureza. Até que os primeiros povos se estabeleceram por aqui. Eram os Iiii...

(Nonô) Iiii...sigodos!

(Mãe) Não, os "Visigodos" vieram mais tarde. Eram os Iberos e os Celtas. Que faziam comércio com os...

(Dudu) Os gregos, os "cartachineses"...

(Mãe) "gineses", e os feee...

(Nonô) Os feeeee... nomenais!!!

(Mãe) Eram fenomenais, mas eram os fenícios. Depois vieram os romanos que vocês conhecem bem. E depois?

(Nonô) Vieram os barbudos... Os bárbaros!

(Mãe) Isso! E que povo bárbaro é que se fixou na Península Ibérica?

(Dudu) Os gordos! "Visigordos"!

(Mãe) "Visigodos", sim. E depois quem é que chegou de África?

(Nonô) Os Muçulmanos!

(Mãe) Sim! Que empurraram os Visigodos para Norte... E que reinos é que se formaram, entretanto?

(Nonô) Leão e "Castanha"!

(Dudu) "Navalha" e Aragão. É "Aragão", não é? Nunca sei se é "Aragão" ou "Orégão"...


Não sei se ria, não se se chore...
E a História ainda só vai no começo...

Ontem foi dia de estudar com auxílio dos jogos da Mesaboardgames. Já os tínhamos há muito tempo, mas nunca tínhamos chegado a jogar. Com os mais novos a aprender História, pela primeira vez, foi o momento certo para os abrir e explorar.
Os manos mais velhos colaboraram, leram as regras e jogaram com os mais novos...


E, claro, ainda tivemos direito a momentos hilariantes...


(Dudu) Olha, mãe... Saiu-me a Mona Lisa!
A roupa era a da patinagem, as meias dos escuteiros. Entre uma atividade e outra, ainda era preciso estudar. Mas, não menos importante do que isso, libertar energias sem esquemas nem orientação.


(Mãe) Mas olha que está a pingar, filha...

(Nonô) Eu levo o guarda-chuva!




Felicidade, ao certo, não sei o que é. Mas é qualquer coisa que permite isto...
Em conversa longa sobre o seu futuro...

(Afonso) A única coisa que eu sei é que quero investigar. E descobrir alguma coisa. Se deram a Einstein o nome de um símbolo químico (o Einsténio), eu quero, no mínimo, descobrir um Afonsínio...

Cá estaremos (assim espero!) para ver...
21h e o telemóvel toca incessantemente.
21h30 e o telemóvel torna a tocar.

(Titão) Mãe, tu a esta hora devias poder enviar uma mensagem automática a todas as pessoas que te ligassem.

(Mãe) A dizer o quê?

(Titão) "Tenho filhos!"

E não é que é uma boa ideia?
A todos os pais e educadores, em geral, que sentem, como eu, que vivemos tempos desafiantes, e que é bem provável que os nossos filhos/alunos se tenham de confrontar com experiências que talvez há uns anos julgássemos impossíveis... deixo o meu último artigo no Portal SJ, secção Educação.

"Perante os tempos difíceis que se avizinham, que a Literatura não deixe de, corajosamente, nos abrir os olhos, e a Educação consiga curar o mundo da cegueira em que tombou..."

https://pontosj.pt/opiniao/que-a-literatura-nos-valha-que-a-educacao-nos-salve/



(Dudu) Mãe, como é que é possível que este jogo não tenha a bandeira do Butão?!

Era o única senão. A caixinha de metal com bandeiras de inúmeros países, a par de informações sobre eles, já correu os manos mais velhos, e é agora o novo entretenimento do irmão mais novo. Há jogos e brincadeiras que, infelizmente, nunca chegam a sair das prateleiras. Mas há outros que já nos entretêm há quase dez anos...

Inspirados no The Voice, ou 4 estarolas cá de casa inventaram uma nova brincadeira: três deles estão sentados no sofá, de costas, o quarto escolhe uma música no telemóvel, põe-na a tocar na coluna portátil e atua. Se lhe correr bem, pode ter a sorte que um dos manos se vire ou, melhor ainda, que salte para o meio do palco e desate a cantar com ele.

A mãe teve a sorte de ficar na escada, a compor a assistência, e a filmar os devaneios dos filhos que, seguramente, têm um (bom) parafuso a menos!


(Os jurados)


(um dos artistas, que cantou "Playback", em playback, de Carlos Paião)


(uma das atuações da tarde. "Hey Monica" levou ao rubro os jurados... e a assistência também! O video é que foi transformado em fotografia porque... enfim. Digamos que, em termos de qualidade sonora, o nosso The Voice Caseiro ainda tem muito a desejar...)

E quando a Nonô resolve colocar, debaixo da sua blusa, umas almofadinhas de soutien para fingir que já começa a ter maminhas?

(Nonô) Não notam nada de diferente, manos?

Nada. Ela bem se empina, mas eles nada...

(Nonô) Vocês também, rapazes... Nem reparam que me cresceram as mamas?! Insensíveis...

E quando o caos se instala e a mãe já não sabe bem para onde se virar... a Nonô arranja sempre formas de melhorar o seu dia!


Obrigada, Super-Nonô!
Os filhotes mais novos começaram a dar História na escola (4º ano), por isso aproveitámos um buraquinho entre jogos para rumar ao Museu das Crianças, onde está patente uma exposição chamada "Aventura pela História de Portugal".

E quem disse que "Exposição" não pode rimar com "Diversão"?

Por entre salas coloridas, cheias de jogos e brincadeiras, fomos descobrindo as diferentes dinastias, a passagem da Monarquia à República e o 25 de abril, até à atualidade...

As imagens falam por si! Reservem uma manhã ou uma tarde e levem a pequenada. Valem mesmo, mesmo a pena!







(Mãe) Meninos, vamos levar o lixo reciclado?

Resmungam sempre, até que um deles se lembra de alguma coisa diferente...

(Afonso) Lixo sobre rodas?

Um de bicicleta, os outros de patins, estrada afora, a equilibrar os sacos de um lado e do outro, não há como não tornar uma simples ida até aos caixotes da reciclagem numa enorme aventura!


Novidade fresquinha... há frações na cozinha!

Já em pré-venda na Wook, com ilustrações da talentosa Célia Fernandes, para todos os meninos (e pais e professores) que queiram aprender (ou ensinar) as frações com umas quantas pitadas de brincadeira...


As pecinhas já estão cá por casa há uns anos. Passaram de moda, mas o Dudu resolveu recuperá-las para um jogo novo...

(Dudu) Cada um diz uma cor de olhos fechados. E os outros têm de conseguir tirar uma peça dessa cor sem mandar a torre abaixo...


Um verdadeiro jogo de paciência!
Se ainda tiverem pecinhas dessas aí por casa, não deixem de experimentar...



Depois de a Mamã e o Titão fazerem as pazes (após uma sessão de ralhetes por causa de alguma "pequenas-coisas-importantes"):

(Titão) Sabes que há algumas coisas em ti que eu não gosto assim tanto...

(Mãe) Faz parte, filho. Eu também não gosto de tudo em ti, da mesma forma. Somos pessoas diferentes, e isso é bom. Mas eu sou tua mãe. Não me basta aprender a conviver contigo e aceitar aquilo em que és diferentes de mim. Quando vejo comportamentos que já soam a faltas de educação, falhas de carácter ou de valores, sou obrigada a intervir. A tentar fazer de ti alguém melhor. E acredita que seria bem mais fácil não ligar e deixar-te ser e fazer o que quiseres...

(Titão) Vês... essa é uma das coisas que me irrita em ti.

(Mãe) O quê, filho?

(Titão) Acabo sempre por te dar razão...



Tínhamos 1 hora entre o final do jogo e um jantar combinado.

(Mãe) E se fôssemos à praia, meninos?

Não havia fatos de banho, nem toalhas... O tempo também era poucos. Mas...

(Mãe) Vamos só molhar os pés!

Aceitaram o desafio, e não nos podia ter feito melhor! Tenho como meta, para este ano, não me esquecer de incluir na agenda diária pequenos momentos para descansar, respirar, fazer alguma coisa de que gosto/gostamos. Mas estes momentos improvisados, sem agenda, também sabem a ouro!






(Mãe) O que é isto, Dudu?

(Dudu) O meu quarto estava a precisar de umas mudanças...

Baby (Fish) TV para gatitos bebés...

Hoje, na aula de Português, a professora pediu ao Titão e aos colegas que respondessem a algumas questões como: 3 qualidades, 3 defeitos, uma pessoa que admirem, sonhos, etc.

O Titão, que não gosta muito de escrever, respondeu por tópicos e, mesmo assim, deu meia dúzia de erros.

Resultado: Suf -

(Titão) Ó mãe, como é que a stôra dá Suficiente Menos a um trabalho destes? Eu pensei que ela estava realmente interessada em mim e naquilo que eu sou e penso... Afinal, era só para ver se eu dava erros...

Não terá sido com intenção, e a verdade é que, a partir do momento em que se diz que tudo conta para nota, tudo parece merecer avaliação... Mas pedir a um aluno que se revele e depois dar-lhe má nota, é somente erguer um muro onde se poderia colocar uma ponte...

PS - E não é que, na pessoa que ele admira, colocou a sua Mamã, "por estar sempre por perto e me ajudar em tudo"? Meu rico filhote...
PSS - "Ó mãe... estás-te a esquecer que eu, nos defeitos, escrevi que era um bocadinho mentiroso..."

(Mãe) Nonô... o que é isto?!

(Nonô) É um projeto meu. Vai ser um gato...

Em cima do piano há uma taça com uma massa que ela está a preparar para qualquer coisa (outro projeto), além uma caixa cheia de coisinhas que ela quer usar para fazer colares e vender (outro projeto), e num caderno anota outros projetos que tem em mente, e que vai desenvolvendo pouco a pouco... por toda a casa!

Acredita que tudo se pode transformar e reutilizar (e quando não tem ideias vai ao youtube). Que o que já não queremos se deve vender. Que se pode sempre inventar formas criativas de fazer dinheiro. E gosta de saltitar de projeto em projeto. Geração Z no seu melhor! E a minha geração tem ainda tanto para aprender com esta...
Família à mesa:

(Dudu) Sabem que eu não acredito no Big Bang?

(Afonso) Não acreditas, como? Se os cientistas têm feito testes...

(Dudu) Oh, os cientistas ainda não sabem tudo. Eles sabem que houve uma explosão, mas o que é que havia antes? Eu acho que o universo não nasceu no Big Bang...

(Afonso) Mas o que é que te leva a dizer isso?

(Dudu) É o que eu acho. E também não acredito na teoria da evolução... Acho que não foi bem assim.

(Afonso) Ó mãe, o que é que o Dudu anda a ver no youtube?!

(Mãe) O Dudu questiona as coisas. Pensa sobre elas. Mas é importante, Dudu, que oiças os especialistas. Que estudes as coisas a fundo.

(Afonso) O Dudu vai ser como aqueles americanos que acha que a Terra é redonda.

(Titão) Ou um guru qualquer, cheio de ideias malucas e não sei quantos seguidores...

(Dudu) Por acaso acho que devia fundar uma religião nova. Só eu e Jesus Cristo.


O Sebastião esbugalhava os olhos, a Nonô levava as mãos à cabeça, o Afonso continuava a defender a ciência (na religião não se quis meter), e a mamã observava o seu filhote, pensando no que fazer com um espírito tão inquieto, tão questionador, tão desafiador, e como ajudar a transformar tudo isso em algo maravilhoso e importante...


(Dudu) Mas não se preocupem. Eu continuo a acreditar no Titanic!

(Afonso) Dudu... eu estive no Museu do Titanic! Há fotografia e tudo... Claro que tens de acreditar no Titanic!

(Dudu) Mas acho que o barco não foi ao fundo só por causa do iceberg... Ele não estava bem construído. Tenho a certeza...

Agora na área das Ciências, o Afonso constatou, pelo horário, que tinha poucas horas de Português. Não que ele tivesse gostado particularmente do Português do 9º ano - muita gramática, muita análise aborrecida de obras que, mesmo interessantes, se tornavam aborrecidas depois dessa mesmo análise - mas caiu nele assim uma espécie de nostalgia pelo que deixava para trás. Afinal de contas, gosta de ler, gosta de escrever...

(Afonso) Mãe, hoje fizemos uma composição livre na aula. Mas o limite eram 250 palavras! Como é que alguém pode escrever alguma coisa de jeito em 250 palavras? Montei uma história muito gira, pensei nas personagens, comecei a escrever cheio de entusiasmado... mas quando me apercebi, já ia nas 300 palavras e ainda nem tinha começado a ação principal da minha história.

(Mãe) E o que é que fizeste?

(Afonso) Fiz outra composição com um resumo daquilo que pensei. Ficou uma porcaria...


E a mãe respira fundo e pensa nos cadernos que enchia com as suas longas histórias... E no que sofreu, já na faculdade, para tentar fazer notícias de x caracteres. E pergunta-se por que raio terão os jovens criativos de ter também poder de síntese? São caminhos diferentes, nem sempre se dá para tudo. Aprender a sintetizar é importante, mas quando se pede para criar, porque é que tem de haver sempre um limite? A quem beneficia?
A mamã tem andado toda feliz e contente a apresentar um programa sobre a maternidade (da gravidez aos primeiros anos de vida) no canal de Saúde S+ - e se ainda não virem, espreitem sff, na posição 129 da NOS! O meu programa chama-se "Tenho um bebé. E agora?" e passa às terças às 21.30h.
Hoje, o filhote mais velho viu pela primeira vez o programa e resumiu-o desta bonita forma:

(Afonso) Que engraçado! Nunca me tinha apercebido que a mãe se parecia tanto com uma boneca de Anime...

Vou tomar isso como um elogio, ok?

Um dos pratos favoritos cá de casa é Massa Fresca com molho de iogurte (e ainda bem que é um dos pratos favoritos, porque a massa fresca é de pacote e demora 10 minutos a fazer).
Ontem, o Dudu estava cheio de fome e resolveu resolveu ajudar, mas o mano mais velho advertiu...

(Dudu) É melhor deixares a mãe fazer... Vai sair asneira!

Intempestivo, com ar zangado, o Dudu levou aquilo a peito.

(Dudu) Sabem que mais? Estou farto que vocês achem que eu não consigo fazer as coisas! Querem ver como é que se faz?

A abrir o iogurte, entornou parte de um deles.

(Dudu) Ups!

Resolveu pôr caril, mas uma parte caiu na bancada.

(Dudu) Ups!

Enriqueceu o molho com oregãos, mas tombou o frasco todo lá para dentro (o que vale é que não tinha muito).

(Dudu) Ups!

E eu lá fui fazendo sinais aos manos para não dizerem nada. Depois sentou-se, serviu-se, e elogiou-se.

(Dudu) É o melhor molho de sempre. Querem provar?
Dá-me cabo do juízo, é arisco e desafiador, mas ao mesmo tempo dá os melhores abraços do mundo e tem sonhos únicos.


(Dudu a entrar na cama) Ó mãe... um dia levas-me ao Butão?

(Mãe) A mãe também gostava muito lá ir. Mas sabes que a viagem é muito cara. Não é fácil...

(Dudu) Podemos ir só nós os dois. O pai fica com os manos.

(Mãe) A mãe vai pensar sobre isso. Pode não ser para já... mas fica prometido que um dia a mãe te leva ao Butão, sim.


Fecho a luz, vou despedir-me da irmã...


(Dudu) Ó mãe...

(Mãe) Diz, filho.

(Dudu) E se jogasses no Euromilhões?

(Mãe) Sabes que a mãe não tem sorte para esses jogos. Mas posso tentar...


Mãe vai mandar os mais velhos para a cama...


(Dudu) Ó mãe...

(Mãe) Diz, filho.

(Dudu) Tu costumas acertar nas perguntas quase todas do Joker (programa da RTP). Porque é que não vais ao programa? Eu ia como teu ajudante... Ah, não, espera. Eu não sei muitas coisas. Tinha de ser alguém muito esperto. Podes fazer isso por mim? E dizias ao Vasco Palmeirim que precisavas do dinheiro para me levares ao Butão...


Não sei bem como, mas vou ter de arranjar maneira de lhe realizar este sonho!
Butão... espera por nós!
Quando este blog nasceu, tinha um filho mais velho de 2 anos que fazia perguntas complicadas e que, aos 4, prometia que ia salvar a humanidade e levá-la para outro planeta no foguetão que iria construir.
O pirralhinho cresceu, está prestes a fazer 15 anos, gosta de Física e sonha com o MIT e a NASA, e hoje comprou a sua primeira bata. Numa loja do chinês, é certo... mas ganhar batas melhores exige esforço. E os seus sonhos exigem mesmo muito esforço. Não sei se um dia irá salvar a Humanidade ou não, mas hoje, de bata na mão, o que lhe desejei, com todas as forças, é que ele mantenha sempre a capacidade de questionar e de criar, que confie nas suas capacidades, não esqueça os seus valores e, no meio de todas as lutas que travar, não se esqueça de ser feliz...

O Titão anda há umas semanas dedicado à magia. Aprende os truques no youtube e treina, treina, até se sentir à-vontade para vir apresentá-los à família. E não é que ele tem um jeitão? Pensa nas situações, nas piadas a dizer, até na forma de disfarçar alguma coisa que não corre bem... Temos artista!

Os irmãos ficam doidos com as magias, e procuram imitá-lo... sem sucesso.

E a magia de hoje à tarde consistia em enrolar um atacador à volta do pescoço e, puxando pelas duas pontas (como se se fosse apertar o pescoço), ficar com a corda solta, nas mãos.
Claro que aquilo tem um ritual de colocar a corda de determinada maneira, e o Dudu procurou ver de um ângulo e outro como se fazia... Depois foi buscar um atacador, fechou-se na casa de banho durante um bocado, e voltou com a dita corda ao pescoço.

(Dudu) Queres ver, mãe?

Puxa as duas pontas com força e aperta o pescoço.

(Dudu) Ups! Falhei...

E não é que falhou algumas dez vezes?

(Nota 5 na Persistência. Nota 2 na Trapalhice. Não se pode ter tudo...)
(Dudu) Ó mãe, inventei um truque para quando fores mais velhinha e tiveres de te defender das tuas amigas velhotas...

(Mãe) Defender? Como assim?

(Dudu) Só tens de lhes torcer o braço para trás, e depois puxas por aquelas peles que estão na parte debaixo do braço, e que dantes era músculo, estás a ver? Tu também já tens um bocadinho... Resulta sempre com as velhotas!


PS - Só mesmo o Dudu, para ficar a pensar em truques para auto-defesa para velhotas...
PS 1 - Mas por que raio é que as minhas amigas velhotas iriam atacar-me?!
PS 2 - Amanhã recomeço o ginásio...
O Dudu precisava de uma mochila nova. A mãe trataria de arranjar uma de bons acabamentos, que durasse mais tempo e não fosse feia de todo. O pai... bem, o pai conseguiu fazer magia!

(Dudu) Ó mãaaae.... Fiz uma asneira mas não te zangues comigo, porque eu já remediei.


Colou com UHU e pintou com guache, de cor-de-rosa...
Fiquei sem caneca, mas ganhei uma obra de arte!

(Nota 2 em trapalhada. Nota 5 em desenrascanço)

Já vai ligando menos a bonecos e a brincadeiras com filhotes.
Mas um gatito bebé acorda sempre qualquer bom instinto maternal...



É o futuro: customizar a nossa roupa, metendo as mãos na massa (ou na agulha e no dedal) para reciclar aquilo de que já não gostamos ou costurar o que nos apetece.
Este workshop é na loja de uma amiga e foi preparado para crianças e adolescentes com queda para a costura, ou vontade de aprender!

Fica a sugestão ;)



CONTACTOS:

Praceta de Sofala, nº2 A
2780-043 Oeiras
(Figueirinha – perto da esquadra da PSP)

http://www.pillow-party.com

Quem é que tem mais de 50 livros para forrar, quem é?
Não, não sou eu. Felizmente já tenho filhos crescidos, com bons bracinhos para ajudar. E, este ano, até o gatito novo vai ajudar! (ou desajudar?)


PS - "Nonô, quanto é que tu queres para forrar os meus livros?" Ai, ai, rapazes...
Estão todas e todos convidados!


Domingo, dia 2 de setembro, às 16h, nos jardins do Palácio de Belém.