- Mãe, porque é que não estás a sorrir?
- Aconteceu uma coisa má na Alemanha?
- Que coisa má?
- Anda, vamos dançar.
Sinto-me, nos últimos tempos, como o Roberto Benigni n’A Vida é Bela, fingindo que este mundo ainda é o da paz e da liberdade, dos sonhos e da democracia, que se tem vindo a esboroar nos próximos tempos (se é que alguma vez existiu, para além da minha inocência).
E recuo aos meus 15 ou 16 anos, quando conheci um rapaz bósnio que me olhou demoradamente e depois me disse que eu só sorria como sorria porque não sabia o que era a guerra. Rapidamente engoli o sorriso, mas ele pediu-me que não o fizesse:
- Enquanto sorris, eu sorrio contigo.
E danço com os meus filhos, pensando no mundo que lhes deixo, tão longe do mundo que gostaria de lhes deixar. E nos sorrisos que, esteja o mundo como estiver, preciso de lhes sorrir, para que os deles nunca esmoreçam, e sorriam também a quem lhes vier ao caminho...
- Aconteceu uma coisa má na Alemanha?
- Que coisa má?
- Anda, vamos dançar.
Sinto-me, nos últimos tempos, como o Roberto Benigni n’A Vida é Bela, fingindo que este mundo ainda é o da paz e da liberdade, dos sonhos e da democracia, que se tem vindo a esboroar nos próximos tempos (se é que alguma vez existiu, para além da minha inocência).
E recuo aos meus 15 ou 16 anos, quando conheci um rapaz bósnio que me olhou demoradamente e depois me disse que eu só sorria como sorria porque não sabia o que era a guerra. Rapidamente engoli o sorriso, mas ele pediu-me que não o fizesse:
- Enquanto sorris, eu sorrio contigo.
E danço com os meus filhos, pensando no mundo que lhes deixo, tão longe do mundo que gostaria de lhes deixar. E nos sorrisos que, esteja o mundo como estiver, preciso de lhes sorrir, para que os deles nunca esmoreçam, e sorriam também a quem lhes vier ao caminho...