... que põem o despertador às 2h da manhã para ver a Guerra dos Tronos;

... que andam de autocarro e de comboio;

... que já não têm festas de anos, têm jantares;

... que já não me deixam entrar pela casa de banho adentro;

... que têm borbulhas e pêlos na cara;

... que me falam com voz grossa e já pesam mais do que eu;

... que tratam das suas refeições quando é preciso, ou rapidamente juntam trocos para pedir um take away;

... que têm toda uma vida paralela no telemóvel;

... que falam em tirar a carta, ir estudar para fora, ter uma vida para além daquela que lhe proporcionámos.


Como isto aconteceu, e tão depressa, também não sei. Mas não é que continua a ser bom?
(Mãe) Dudu, deixa a mãe um bocadinho sozinha, por favor... A mãe precisa de fazer um telefonema.

(Dudu) E eu não posso ouvir porquê? Vais dizer palavrões?
(Dudu) As amigas da Nonô são todas feias.

(Mãe) Todas, todas?

(Dudu) Sim.

(Mãe) E sem ser as amigas da Nonô?

(Dudu) Eu acho as meninas todas feias, mãe. Sou muito exigente!

(Mãe) E os rapazes?

(Dudu) Também são feios.

(Mãe) Tu também és feio?

(Dudu) Não, eu acho que sou bonito. E a mãe também é bonita. Os outros é que são todos feios!


Pronto. Menos mal que a sua exigência lhe dê para isto...
Dudu dá uma espreitadela num guião da mãe (que anda a escrever uma série, e por isso mesmo não tem tido tempo para vir aqui! As minhas desculpas!):

(Dudu) Filho da mãe? Mas isso é um insulto porquê? É por não ser filho do pai? Ou é a mãe que não presta?