Os filhos não são uma ciência exacta nem trazem manual de instruções. E nem sempre é fácil (quase nunca é fácil) saber se estamos a fazer o melhor por eles, a cada momento.
Nos últimos anos, não temos tido fim-de-semana sem jogos, torneios aqui e além, muitos treinos, muitas horas em pavilhões e muitos corações apertados. Somos pais de 4 filhos atletas. Uma loucura que exige uma disponibilidade e uma logística brutais. Às vezes pensamos no que podíamos ter feito e passeado e descansado, todos juntos, mas a verdade é que, no final de cada época, o balanço é sempre positivo. O que desporto dá aos nosso filhos - resiliência, dedicação, espírito de equipa, respeito pelo adversário, capacidade de lidar com a frustração, a pressão e a inibição - tem-nos feito crescer a todos. A nós, pais, ensina-nos a observá-los em silêncio ou a gritar por eles no momento certo (às vezes também no momento errado... sempre a aprender!), a apoiá-los nos bons e nos maus momentos e a dar-lhes força sobretudo nestes últimos. A ouvir os treinadores, nossos aliados na educação dos nossos filhos, e a trocar experiências com outros pais que querem também fazer o melhor, por entre dúvidas e inquietações.
Tudo isto se pode trabalhar de muitas outras formas, em muitas outras atividades ou sem atividades nenhumas. Mas quando oiço críticas ferozes aos pais que “querem que os filhos sejam à força os próximos Cristiano Ronaldos” (também os há!) sorrio e penso que, exageros à parte, o desporto é sempre uma mais-valia para os filhos, assim isso os faça felizes e mais completos. O que levam do desporto para a vida pode ser imenso. E ser pai “de bancada” é igualmente uma grande escola... Um abraço a todos aqueles que nos acompanharam em mais um ano de saudável “loucura”!


"Ah, e tal... mas agora não escreves no blogue? Não tens nada para contar?"

Se eu vos contasse o forró que para aqui anda... O problema é mesmo ter tempo para contar!