Aqui vão algumas demonstrações da esperteza galopante do meu filho mais velho:

(a vermos o filme "A mais louca corrida do ano" - acho que é assim que se chama)
- Olha, Afonso. Está ali o mr.Bean...
- Não é, não, mamã. Ele aqui fala...

(a ver o Hérman José vestido de mulher na TV)
- Olha mamã... Está ali um homem-mulher...

Assinado: mãe babada
Diz quem percebe do assunto que combater as alterações climatérias passa necessariamente por uma mudança de mentalidades. E a verdade é que, a avaliar pelo que se passa aqui em casa, essa mudança está a acontecer. O meu filho mais velho leva injecções na escola sobre boas práticas ecológicas, e nas livrarias multiplicam-se os livros sobre o que fazer para proteger a Terra. Eu tenho uns quantos, que lemos antes de ir para a cama, e é incrível como um caganito de três anos já fala em reciclagem, poluição e desperdício de energia como gente grande. Dentro dos seus conceitos primários, sabe que vive num planeta que tem que ser preservado, e lá vai chateando para o pai para ele não fumar, chama a atenção quando vê lixo no chão e odeia ver fumo a sair dos carros ou fábricas. No outro dia foram dar com ele, na escola, a apanhar folhas velhas caídas no chão. A professora foi perguntar-lhe o que estava a fazer e ele respondeu, cheio de segurança "Estou a proteger a Terra". Creio de daqui a uns anos vamos ter os nossos filhos a culparem-nos pelo que fizemos à Terra dele. E os filhos deles beneficiarão certamente desta mudança...
Uma semana inteira sem banhos nem jantares nem birras nem choros... já precisávamos! Mas foi também sem os beijinhos lambusados de boa noite, as histórias antes de adormecer, os miminhos de manhã, os sorrisos, as conversas hilariantes no carro e as brincadeiras no jardim ao entardecer. Senti muita falta dos meus piolhos nesta semana de férias, mas gozei muito o pai deles, e voltei com mais paciência, mais brincadeiras, mais vontade de ter tempo e mais sorrisos. Fazer férias dos filhos é bom para sentirmos como eles nos fazem falta. E para recordarmos que estar a dois é muito bom, mas estar a quatro (ou a cinco ou seis...) é muito melhor!