Para quem ainda acha que os animais não têm sentimentos, e que toda a crueldade com que tantas vezes o tratamos é legítima, porque somos uma espécie superior e blablabla:


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Nonô entra na sala, onde os três manos rapazes estão esparramados no sofá.


(Nonô) Quem quer brincar comigo às Mães e aos Pais?


Ignoram-na por completo e ela vem à cozinha queixar-se à sua mamã.


(Mãe) Filha, tens de perceber que brincar às mães e aos pais não é nada que alicie os teus irmãos. Mas se quiseres mesmo que eles brinquem contigo, tens de insistir, usar os teus argumentos... Não podes estar à espera que eles digam que sim só porque sim. És tu que tens de arranjar forma de os convencer.


Nonô pensa um bocadinho e depois entra na sala, em modo dramático.


(Nonô) Vocês nunca querem brincar comigo! Eu sinto-me tão sozinha nesta casa. Vocês estão sempre a lutar e a fazer coisas de rapazes e ninguém me liga nenhuma!!!


Meteu lágrimas e tudo. E os irmãos, sensibilizados, lá saltaram do sofá e foram tentar brincar às mães e aos pais, para que a mana saísse da sua amargura sem fim. (claro que não durou muito tempo, algum tempo depois, em vez de mamãs e papás, já tínhamos wrestling familiar... mas lá que ela conseguiu o que queria, conseguiu! E quem tem armas destas, tem tudo :))
A vida triste de um boneco da Lego.

Bonecos contra Humanos!

Sem comentários...
Mãe à conversa com os filhotes, explica-lhes como era o regime ditatorial e a ausência de liberdade:


(Mãe) Por isso, ainda hoje se celebra este dia, como o dia da liberdade!

(Sebastião) Mas nós não somos livres, mãe. Não podemos cometer crimes.

(Mãe) Pois não. A nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros.

(Sebastião) E vocês é que mandam em nós. E somos obrigados a ir à escola e a estudar.

(Mãe) Porque vocês ainda são crianças. Ainda estão a aprender o que é a liberdade e o que podem fazer com ela.

(Sebastião) Mas tu também não és livre! Tens de cuidar de nós, tens de pagar contas, tens de trabalhar...


Conversa puxa conversa, percebemos que existe ainda uma boa dose de liberdade por conquistar. E que, a única forma de nos sentirmos "livres" dentro da vida que é suposto vivermos, é tentando fazer aquilo que mais gostamos, para que as obrigações se transformem em alegrias e as responsabilidades em prazeres. E, no tempo que sobra, usufruindo em pleno e dentro das possibilidades, da nossa liberdade.

Se eles ficaram convencidos? Nem por isso...
Serão eles capazes de construir uma sociedade mais livre do que esta?
Farão eles uma nova revolução capaz de nos devolver a liberdade de que as civilizações organizadas, como todos os seus aspetos positivos, nos privaram?


E a saga repete-se...

Afonso tinha de fazer um trabalho de História numa cartolina, mas não é nada habilidoso para os trabalhos manuais. Pintar, desenhar, conceber algo graficamente, não é com ele!

(Mãe) O que é que a Mãe te costuma dizer? Se tens essa fragilidade, tens de te defender com aquilo que tens de melhor: a tua criatividade!

E assim nasceu um jogo da Glória sobre a I República, que vai ser jogado amanhã na aula.



Lá diz o ditado e com razão: quem não tem cão... caça com gato!
Os presentes dos pirolitos mais novos para a sua Mamã:


(Mãe) Quem é esta aqui no meio, Nonô?
(Nonô) É a minha amiga C. Eu quero que ela seja da nossa família. Eu preciso de uma mana.


(Mãe) Estamos a jogar futebol, Dudu?
(Dudu) Não.
(Mãe) Então porque é que tens as mãos tão grandes?
(Dudu) É para te abraçar melhor!
Ainda sobre o Dia do Pai...




... e as coisas que os pequenotes realmente guardam na memória como importantes e dignas de registo!

(Dudu) Ó mãe, onde é que é o fim de tudo?

(Mãe) O fim de tudo, como? De tudo o que existe?

(Dudu) Sim. Onde é que tudo acaba?

(Mãe) O filho... os humanos não sabem responder a isso. Conhecemos só um bocadinho muito pequenino do universo...

(Dudu) Eu acho que deve acabar numas montanhas muito escuras e altas...

(...)

(Dudu) Ou então também pode acabar no fundo de um mar... ao pé da Atlântida.


E dado o tão pouco que sabemos, eu diria que é tudo possível...
Perguntas que só o Dudu podia fazer:


(Dudu) Mãe... tu sabias que há estátuas que se mexem quando nós lhe damos uma moeda??


Já passámos por tantos homens-estátua... e só hoje me apercebi que o Dudu achava mesmo que eram estátuas!




Nonô amontoa numa caixa toda a roupa dos seus bebés, que aguardam, despidos, no sofá.

(Mãe) Então, filha? Que desarrumação é esta?
(Nonô) Olha os filhos todos que eu tenho... Achas que isto é fácil... Olha a roupa toda que eu tenho para lavar... Dá muito trabalho, mãe!

A prova de que é nas brincadeiras dos filhos que os pais se revêem... e a mamã nunca mais se vai queixar da quantidade de roupa que tem para lavar!
Os papás foram 4 dias para fora, gozar os aninhos da Mamã (e dormirrrrrrrrrr!). Mas antes, o Dudu tratou de fazer o devido interrogatório macabro:

(Dudu) Vão de avião?
(Mãe) Sim, querido. Mas é pertinho. Não vamos estar longe.
(Dudu) E se o avião cair, o que é que nos vai acontecer?
(Mãe) Oh, filho... o avião não vai cair.
(Dudu) De vez em quando cai. Se o avião cair e vocês morrerem, nós ficamos com quem?

E quase, quase, quase que a mãe desistia da viagem.
Felizmente foi e correu tudo bem. Recuperou energias e chegou a casa sã e salva.

(Mãe) Então, Dudu? Tinhas saudades da Mãe?
(Dudu) Sim! Ainda bem que o avião não caiu...

E a mamã, que nunca teve medo de andar de avião, vai a partir de agora começar a viajar sempre com o coração nas mãos...
Os mais velhos já cortam as unhas sozinhos.
Bem... cortam e depois a mãe vai ter de aparar uns quantos bicos.

O Dudu (tal como os irmãos), se o deixasse tinha unhas de 10 cm.

A Nonô, aos 5 anos, já se agarra ao corta-unhas para cortar as próprias unhas.
Não há dúvida que, em matéria de auto-suficiência (salvo todas as excepções), as meninas ganham aos pontos!

E os gémeos trouxeram, pela primeira vez na sua vida... TPC!!!!!!

A ideia é começar a prepará-los para o 1º ciclo, explicar-lhes como têm de tratar o material que vem para casa e a responsabilidade que é ter um trabalho para fazer.
A mamã nem é muito a favor de TPCs, mas desta vez eles estavam tão entusiasmados, que a mãe entusiasmou-se também. Mas claro que o entusiasmo passou-lhes depressa...

Uns 15 minutos depois:

(Nonô) Agora eu vou ali brincar um bocadinho e depois continuamos, boa?

Uns 5 minutos depois:

(Dudu) Ó mãe, já estamos aqui há tanto tempo! Isto serve para quê???

O próximo ano não vai ser naaaaaaaaaaaada fácil!!!!!


(Nonô) Ó mamã, eu gosto que tu sejas minha mãe. Mas preferia que tu fosses minha amiga!

Temos uma nova bailarina cá em casa...

O Afonso é perito em inventar jogos para matar o tempo com os irmãos.
Às vezes com legos e bonecada. Outras vezes são jogos desportivos.
No top, estava até então o Futebol no trampolim. Batido hoje com uma nova modalidade, no mínimo, estranha: jogadores com patins em linha e, na mão, uma raquete de badmington. O objetivo é conseguir bater uma bola de ping pong até conseguir acertá-la numa baliza de hóquei...
Haja criatividade na multidesportividade!




Na Revista de hoje do Correio da Manhã, sobre o desporto que nos "estraga" muitas noites e fins de semana e faz umas quantas nódoas negras aos rapazes cá de casa, mas que em contrapartida lhes dá energia, garra, espírito de equipa, respeito e responsabilidade. Pesando os prós e os contras, o saldo é seguramente positivo!

Conheço o trabalho da Tereza, alguns dos casos que ela acompanha, e este seu livro, que aborda corajosamente a temática das "crianças diferentes". O que será, afinal, a diferença? Ou, pelo contrário, saberemos nós o que é a "normalidade"?
Recomendo a leitura. E venha de lá essa boa discussão...

"Tereza Guerra, doutorada em Psicologia Educacional, fala-nos neste livro de crianças que nascem com dons especiais capazes de causar admiração e espanto e que se destacam por serem curiosas, criativas e sábias. Fazem parte do quotidiano de cada um de nós, estão nas famílias e nas escolas e obrigam-nos a interrogarmo-nos sobre o modo como vivemos e como criamos os nossos filhos."

http://www.wook.pt/ficha/o-meu-filho-e-especial/a/…/16374729

Uma história absolutamente inspiradora sobre um menino de 10 anos que decidiu criar uma empresa de reciclagem. E ainda doa parte dos lucros a uma instituição de crianças sem abrigo.
Como ele diz, "é muito fácil não fazer nada. Mas é muito bom fazer alguma coisa. Sempre digo aos meus clientes que qualquer coisa ajuda. Mesmo uma simples garrafa."

https://razoesparaacreditar.com/empreender/menino-de-dez-anos-cria-empresa-de-reciclagem-e-doa-lucro-para-criancas-sem-teto/
O primeiro dentinho de Nonô já foi à vida, com um toquezinho especial do arrancador-oficial-de-dentes-cá-de-casa, Mr. Pai (que a Mãe, para estas coisas, nunca tem coragem!).


Viajou assim, esta noite, para debaixo da almofada, à espera que a Fadinha o vá buscar, em troca de uma moeda.
E a Fadinha não se vai esquecer :). Até já escreveu uma carta e tudo!


Agora imaginem quem é que passou a noite a abanar furiosamente os seus 4 dentes da frente, a ver se algum se lembrava de cair...
Crescer com um mano/a gémeo/a não é fácil! (e ser mãe deles também não! Mas pronto, vá... mais divertido não há!)
Nonô assim do nada, num dos seus momentos de ternura irresistível:


(Nonô) Ó mamã, eu não quero que tu morras! Vou ficar sempre contigo e tomar conta de ti, mesmo quando tu fores muito velhinha.


Inevitável abraço apertadinho.


(Mãe) Mas sabes que um dia tu vais crescer e ter a tua vida, a tua profissão, a tua família... e isso vai ser muito bom!

(Nonô) Mas tu vens viver comigo! Não sei se vou ter quartos que cheguem... mas se for preciso eu ponho um colchão no meu quarto! Eu também ainda não sei quem é que vai ser o meu marido, mas ele não se vai importar!


E quanto não vale esta inocência boa...
A brincarem aos Beatles nas passadeiras do parque subterrâneo...




Teria tido muita graça se isto não se tivesse passado enquanto a mãe procurava o carro, desesperada...
Um livro produzido pelo Conselho da Europa, para ajudar no combate aos abusos sexuais em crianças.

Cerca de uma em cada cinco crianças é vítima de violência sexual ou abuso sexual.
E, infelizmente, não acontece só aos outros...


http://www.underwearrule.org/Source/PT/Book_pt.pdf

E porque amanhã é dia de Páscoa, a história de Boa Noite de hoje foi... da Bíblia.


(Mamã) Ora então Jesus nasceu, depois não se sabe nada dele durante muitos tempos... e um dele ele começa a fazer milagres e a dizer coisas muito importantes, para ajudar as pessoas a serem mais felizes.

Assim muito rapidamente e sem perder tempo (desculpem qualquer heresia), a história era esta. Mas faltava a parte que interessava.

(Mamã) O problema é que ele começou a ser seguido por muita gente, e os poderosos não gostaram nada. Jesus dizia que as pessoas deviam ser bondosas mas também pensar pela sua cabeça, e perceberem como eram erradas tantas coisas que se passavam naquele tempo. E os poderosos ficaram com medo de Jesus. Queriam que as pessoas deixassem de o seguir, por isso arranjaram forma de o mandar matar.

Pronto, pronto... Com uns toques de modernidade (porque a História, infelizmente, repete-se e continua atual), acho que não fugi demasiado do essencial. Mas continuava a faltar a razão de ser da Páscoa.

(Mamã) Então Jesus morreu na cruz, mas 3 dias depois, quando chegaram à gruta onde estava o corpo dele, já não o encontraram.


(Nonô) Oh... mas ele está do lado de fora!

(Dudu) É um morto-vivo, Nonô!

(Mãe) É mais ou menos isso. Ele, na verdade, não morreu.



(Dudu) É como nós. Nós também nunca morremos. Vamos daqui para o céu. E depois, se quisermos, vamos viver para outros mundos.

(Mamã) Tu achas que é assim, Dudu?

(Dudu) Sim. E eu a seguir gostava mesmo de ir para o mundo dos Invisimals...

(Nonô) E eu da Violetta!

(Mamã) Mas isso são coisas aqui da Terra, meninos!

(Dudu) Está bem, pronto... Eu fico no "planeta dos Jesuses".


E foi a Páscoa possível, aos 5 anos destes meus filhos "do outro mundo"...




(Nonô) Ó mamã... tu estás a chorar? Tens pena da Cinderela?

(Mamã) Tenho um bocadinho. Mas a mamã vai ser corajosa.

(Nonô) Corajosa e bondosa. E eu também, Mamã.


Que coisa mais bonita! Não se aguenta...
No final, Mamã e Nonô saíram do cinema a bailar, sorridentes, felizes, com vontade de serem bondosas e corajosas por toda a vida. E que venha de lá um final muito feliz...
Qual cidade qual carapuça... este rapaz precisa mesmo é de árvores!

Só até amanhã, no Museu de História Natural e da Ciência.
E as aranhas cá de casa nunca mais nos vão parecer assustadoras...




Os ovos da Páscoa para os filhotes!
Não foi o Coelhinho a escondê-los, mas são igualmente coloridos... e um bocadinho mais saudáveis!
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemsic/2015-03-27-Somos-o-que-comemos

Reportagem obrigatória para qualquer pai, avó, educador, professor, e todos os demais que lidem com crianças.
Os meus filhos viram-na comigo e perceberam um bocadinho melhor porque é que a mãe é tão "chata" em relação à sua alimentação.
No final, a minha filha de 5 anos fez a pergunta que tantas vezes me coloco:

- Mas se há tantas coisas que nos fazem mal, porque é que não acabam com essas coisas?

É difícil acabar com tudo aquilo que ocupa prateleiras e prateleiras dos supermercados (com brindes, cores apelativos, slogans, personagens cativantes), mas podemos acabar com tudo isso em casa, nas escolas, nos campos de jogos, nas bibliotecas e em todos os outros espaços dirigidos às crianças. Fomentar o seu bem-estar, a sua saúde, a sua educação e cultura, não é indissociável de boas práticas alimentares. E não podemos continuar a comprometer toda uma geração por desconhecimento, inércia ou resignação.

Parabéns, SIC Notícias, pela corajosa visibilidade que deram a esta matéria.
Parabéns a todos os que deram testemunho e têm vindo a transformar as vidas dos seus filhos.


PS - E não deixem de espreitar esta entrevista à pediatra Júlia Galhardo, que segue há vários anos crianças com problemas de excesso de peso e obesidade:
http://m.visao.sapo.pt/inicio/modal/destaques/artigo/815340