Coisas de Dinâmica

- 23.12.07

Tal como a dinâmica faz toda a diferença, na música, também a dinâmica com que falamos com os nossos filhos faz toda a diferença na forma como eles reagem ao que lhes dizemos. Entoação, vibração, linguagem corporal, expressividade, e tudo o mais que dê dinâmica ao nosso discurso pode ajudara que os nossos filhos nos dêem atenção e reajam positivamente ao que pretendemos deles. Quando estou para aí virada, encarno o Duarte das Pistas da Blue e falo a cantar, com uns versos pelo meio, faço caretas e movimento o corpo, é garantido que os meus filhos vão ficar a olhar para mim, que mais não seja a perguntarem-se o que é que me deu que fiquei patética de repente. Mas sem ser preciso chegar a este exagero (desculpa Duarte, mas eu própria ficava a olhar para as Pistas da Blue e a pensar como é que podias estar a fazer uma figura tão patética), se falarmos de tudo com entusiasmo e dermos ordens recheadas de motivação, a vida em casa e na rua pode ficar muito mais facilitada. Se em vez de "come já a sopa!" dissermos "Uma corrida para ver quem se transforma mais depressa no Monstro da Barriga Cheia de Sopa", se em vez de "Ninguém se levanta da mesa" dissermos "Tenho o rabo colado à cadeira! As vossas cadeiras também têm cola?" e se em vez de "Não quero cá gritos" dissermos "Vamos falar como os fantasmas. Baixinho para não assustarmos as pessoas... e o primeiro a acabar vai assustar o pai" é garantido que, pelo menos à refeição, vai tudo ser um bocadinho (se calhar só mesmo um bocadinho) mais calmo.

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