Coisas de Jesus e afins
Uma semana e meia depois do meu filho Afonso ter entrado nos Maristas, começaram as perguntas difíceis:
- Ó mãe, como é que as pessoas morrem e vão para o céu?
- Ó mãe, porque é que as pessoas falam com Jesus e ele não lhes responde?
- Ó mãe, se não tivermos cruzes ao pé de nós, Jesus não está connosco?
Eu, fervorosa adepta do cepticismo, respondo a tudo dando vários exemplos de como as pessoas das várias religiões encaram os diferentes dogmas das Igrejas. E convenço-me que devo passar informação aos meus filhos para que eles decidam no que devem acreditar e como. Será muito, para uma criança de 4 anos (o Sebastião ainda não fica a pensar nas minhas respostas)? Será que as crianças devem ter pais que tenham verdades absolutas e respostas para lhe dar? Será que estou a confundir os meus filhos? Ou a dar-lhes liberdade suficientemente para eles pensarem o mundo, a vida e a morte e chegarem às suas próprias conclusões?
1 comentários
Há sempre o conceito de 'nave-mãe'.
ResponderEliminarPodes ser tu. Sempre os abrigas na viagem pelo Universo e proteges das pedras no percurso. Depois, abrirás umas janelas e verás como eles se dão com o mundo exterior. Temo sempre os rigores das certezas e do relativismo, como fast-food disciplinadora ou libertária. Percebo as tuas dúvidas, és mais mãe do que nave... E se fores mais intuitiva? Não sei, experimenta...
Um abraço
cp