Coisas de Capitão Orelhas

- 15.9.11

Toca o telemóvel. Maristas. O coração de mãe começa logo a palpitar, e vêm-me à cabeça milhares de possibilidades, cada uma pior do que a outra.
- O seu filho Afonso levou uma bolada e fez um pequeno rasgão na orelha. Vamos levá-lo à clínica para ver se precisa de pontos.
Lá foi o pai a correr buscá-lo, lá foi a mãe a correr ter com ele, mas felizmente não era nada de especial. O problema é que, entre ser visto por um médico e por outro, ser desinfectado e "colado" (o médico optou pela cola), passaram 4 horas. 4 horas em que o meu filho e eu íamos desesperando, fechados numa clínica. Felizmente, a imaginação é um poderoso antídoto para a "seca":
- Afonso, vamos inventar uma história? E se tu agora te transformasses no Capitão Orelhas?
Foi quanto bastou para ele começar a delirar. Só não conto aqui todas as aventuras imaginadas do Capitão Orelhas, do seu cão mini-Focinhos e do malvado Master-Pensos, porque esta história vai ter de ser transformada em livro.
- Ó mãe, depois podes pôr na capa Sara Rodi e Afonso Rodi?
Olhei-o com estranheza.
- Sabes que a mãe não se chama Rodi. Foi o nome que a mãe inventou para os livros.
- Eu sei. Mas eu não posso usar também?
- Podes, filho. Até me deixas muito orgulhosa. Mas não precisas de usar se não quiseres. Podes escolher outro nome para ti.
(pausa para pensar)
- Então pode ser Afonso Rodi Júnior...

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