Coisas de CCB

- 9.10.11

Sábado passado tentei levar os meus filhos ao Dia D da Gulbenkian... mas, claro, já estava esgotado. Aliás, ultimamente tenho sido perita em tentar fazer programas para os quais já não há bilhetes. É que há pais organizados, que programam as visitas culturais dos filhos, que organizam os seus fins-de-semana, que estão a par de todos os eventos interessantes que acontecem e estão para acontecer... Depois há pais tipo eu, que anda a reboque dos filhos, com o computador atrás, que nunca sabe quando vai ter um fim-de-semana sem uma festa de anos, sem um trabalho extra, sem um cansaço adicional. Quando tudo se proporciona, as energias estão no sítio certo, e a logística funciona, abro a Estrelas&Ouriços, escolho o programa certo (o que não é fácil, dado que são 4 filhos com idades diferentes) e... já não há bilhetes! Grrrrrrrrr
Enfim, no Sábado, depois de me conformar com a ideia de que não sou uma mãe organizada, falei com uma amiga que me sugeriu irmos ao CCB ouvir os 1001 Músicos. Música, porta aberta, sem limite de idade... perfeito! Lá fomos nós.
A verdade é que os meus filhos, apesar de estudarem música, não estão habituados a ouvir música ao vivo... sem fazerem nada ao mesmo tempo. Quando começo a vê-los cheios de bichos carpinteiros, a dizerem "que seca, que seca", e "o que é que fazemos agora?", percebi que tenho de fazer mais programas deste género com eles. Mas nos entretantos... precisava que eles ficassem quietos e em silêncio até ao fim do concerto.
- Meninos... fechem os olhos, concentrem-se. Imaginem que estão a ver um filme. Com esta música, que filme é que seria?
E pronto. Se o caldo já estava a ferver, entornou-se naquele momento, porque os meus filhos passaram o resto do concerto a sussurrar ideias para o "Ataque das baratas zombies". Nos momentos mais dramáticos, morriam uns quantos humanos nas garras das baratas. No final, em apoteose, as baratas dominavam a Terra mas tornavam-se boazinhas. Enfim... acho que vou treinar os meus filhos em casa, antes de voltar a um concerto. E bandas sonoras para filmes... nunca mais!

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