Coisas de Férias a 4
O sentimento primeiro foi o de "coitadinhos dos meus pequeninos" que ficam em terra. Várias vezes me perguntaram: "E os gémeos não vão convosco esta semana?". Não, não vão. Não foram. Custou-me, mas quem tem famílias grandes como a nossa (ou ainda maior) sabe como é difícil darmos atenção a todos os filhos, de acordo com a idade, expectativas e feitios de cada um deles. À custa de só ter 2 braços, e eles terem andado já suficientemente ocupados com os dois piolhos mais novos, sentia que me escorregava pelos dedos o crescimento da vida dos meus mais velhos. Entre os ralhetes e as responsabilidades a eles atribuídas, lá ia faltando o tempo para as conversas, para uns ralhetes mais direccionados, para umas orientações mais particulares, para uma aprendizagem mútua e uma partilha sem tanta pressa nem ocupações.
A última semana teve tudo isso. A bordo de um barco, demos mergulhos, fizemos torneios variados, vimos filmes, explorámos cidades, zangámo-nos e rimos várias vezes uns com os outros, e voltámos mais próximos. A mãe teve os braços livres para o Fonso e Titão (ultimamente mais amparados nos braços do pai) e até teve oportunidade para perder vários jogos de cartas (e não é que os safados me ganham?), de dar um valente tralho a patinar no gelo (enquanto eles voavam sobre os patins) e ver pela décima vez o Indiana Jones (sendo que a última tinha sido há uns 25 anos...).
Morrei de saudades dos meus gémeos pequeninos mas encontrei-os mais crescidos (as férias nos avós fazem milagres!) e trouxe também dois filhos mais velhos ainda mais velhos. Eles cresceram. E nós, estou em crer, também crescemos como família.
E agora... agora é a 6 outra vez! E que bom que é... :)
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