Coisas de Lua quentinha

- 14.4.13

Regresso a casa já de noite. A rua estava iluminada e o Dudu não se mostrou lá muito satisfeito:

- Ó mamã... como é que se apagam estas luzes?
- Queres apagar as luzes da rua?! Queres que fique tudo escuro?
- Sim, para ver a lua.
- Oh, filho. Daqui não conseguimos ver a lua. Deve estar atrás daqueles prédios.
- Ah...

Ficou a pensar naquilo e, uns minutos mais tarde, voltou à carga:

- Mamã, a lua só aparece quando eu estou a dormir.
- Aparece nos teus sonhos, é?
- Sim. Eu vou à lua, num avião. E a lua é tão quentinha...

Mamã sorriu. Dudu sorriu também, mas depois franziu aquele narizinho que só ele tem, muito pequenino e perfeitinho, de menino maroto:

- Ó mamã... Eu queria ser um anjinho.

E depois ainda me perguntam de onde me vem a inspiração para escrever livros. Tenho cá em casa (para além dos outros três mariolas, com as suas aventuras e as suas histórias) um Princezinho...

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