Coisas de Nonô e o tesourinho mágico

- 1.5.13

A Nonô encontrou no chão cá de casa um flor de metal que, por sua vez, a mamã já tinha encontrado no chão do supermercado e havia guardado na carteira, sabe-se lá porquê.

- É um tesouro, mamã?
- É sim, filha.
- Uma flor mágica?
- Claro!

Normalmente, com os meus filhos, costumo ser muito terra-a-terra e nunca confirmar (embora também não desmentir) estas visões mágicas do mundo que eles têm. Mas a Nonô é uma princesa-bailarina-fadinha. Toda ela é magia e fantasia. Como não embarcar no mundo encantado dela e dar asas à minha própria fantasia?

- Foi a Minnie que te deu?
- A mamã encontrou no chão do supermercado. Mas acho que foi a Minnie que deixou lá para mim... para nós! Tu guardas o tesouro da mamã?

Com os olhos muito grandes, a brilhar, foi para o quarto escolher uma bolsinha especial, de brilhantes, para guardar o tesouro. Nessa noite dormiu com ele e, no dia seguinte, levou para a escola.

- E não perdes o nosso tesouro, Nonô?
- Não, não vou perder. Vou só mostrar às minhas professoras.

Deixei. Mas, ao fim do dia, a tristeza tinha-se apoderado dela. Deixara esquecida a sua flor-tesouro no meio do recreio...

- E agora, mamã?
- Não faz mal, Nonô. Depois de amanhã voltas à escola e vais encontrar a tua flor.
- Mas pode chover... E a minha flor vai apanhar chuva...
- Não faz mal, Nonô. As flores gostam de chuva.
- Ah... ela vai crescer?
- Sim. As flores crescem com a chuva.
- Mas ela é mágica.
- Então vamos esperar para ver que magia vai acontecer...

Na quinta-feira terei que ir procurar com ela a flor mágica. E, com os olhos cheios de magia, vamos ter de perceber que magia aconteceu. Com sorte, será alguma coisa muito especial... Se não tivermos sorte... será na mesma! Porque a magia, para todos os efeitos, está nos olhos de quem a vê...

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