Coisas de Criatividade ao serviço da saúde
Depois de, desastradamente, ter dado um pontapé numa pedra e ficar à rasca de um dedo, o Afonso pôs-se a pensar em soluções para conseguir pôr-se bom a tempo de ir a uma festa de anos:
- O dedo dói-me quando o levanto do chão. Se ele ficar sempre colado ao chinelo já não me deve doer. E se pusesses fita-cola a "colar" os meus dedos ao chinelo?
Achei a ideia disparatada e lá fomos para a festa com ele ao pé cochinho e a bolsa de saúde ele na minha mala. Estava prontinha para deixar os manos na festa e levá-lo ao hospital, nos entretantos, mas encontrámos um pediatra na festa que... uniu os dedos dos pés do meu filho. Não foi propriamente com fita-cola, nem colou os dedos ao chinelo, mas o princípio não era muito diferente, o que me fez sentir uma mãe com pouca criatividade para resolver problemas ortopédicos.
Algum tempo de festa depois, o meu filho aparece-me com a perna nesta figura:
- O que é isso, filho?
- Com estes pesos na perna consegui deslocar a dor para a perna e o dedo já me dói menos. Tiras-me uma foto, para eu um dia estudar isto cientificamente?
No final da festa, ainda coxeava, mas estava muito melhor. Não faço ideia se os médicos também recorrem a estas "deslocações da dor" (ou, pelo menos, desvio da força exercida, aliviando a pressão dos dedos, se é que isto faz algum sentido, porque sou absolutamente leiga na matéria), mas dei por mim a pensar que, de facto, a criatividade pode ser-nos útil em todos os aspetos da nossa vida...
2 comentários
Cara Sara, "cochear" é um verbo que não existe...
ResponderEliminarOra pois com certeza que não! Só se o rapaz, sem dedo a funcionar, resolvesse aparecer de coche (e nós a "neologiar"). Obrigada pelo alerta.
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