Coisas de Sebastião e a gata
Sebastião observa a gata a tomar banho. Lambe-se nas diferentes partes, mordisca os pedaços de coisas que se agarraram ao pêlo e depois lambe vigorosamente a pata e passa-a por cima da sua cabeça, lá, onde a sua língua não chegaria.
- Quem é que lhe ensinou a fazer isto, mãe?
- Todos nós já vimos programados para saber fazer muitas coisas sem pensarmos, filho. Chama-se instinto.
- Nós também temos instinto?
- Sim, claro. Os bebés agarram-se ao peito da mãe para mamar. Começam a gatinhar sem que ninguém lhes ensine o movimento. Depois agarram-se às coisas para se porem de pé. Quando caem, poem as mãos no chão. O instinto está em nós. E a intuição também.
- O que é a intuição?
Não soube bem responder-lhe. Sinto em mim a diferença entre essas duas nossas faculdades, mas não arranjei nenhuma boa maneira de lho explicar. Hoje, no entanto, deparei-me com isto:
"Dois conceitos bastante diferentes na sua origem e aplicabilidade, mas muitas vezes confundidos, baralhados e por vezes até mal interpretados. (...)
O instinto faz-nos lançar os braços para o chão se cairmos. A intuição faz-nos desviar de algo que não sabemos bem o quê, nem porquê, mas que por certo nos faria cair.
O instinto é educável, a intuição educa-nos. O instinto faz-nos agir, a intuição predispõe-nos. O instinto actua antes de processarmos, a intuição processa sem o percebermos.
São dois níveis fantásticos, quase autónomos, desta nossa fantástica inteligência humana. Recursos moldáveis e utilizáveis em função do nosso equilíbrio emocional."
Hoje vamos falar de instinto e intuição cá por casa...
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