Coisas de "O Rapaz do Pijama às Riscas"

- 15.2.14

Lembro-me de, sensivelmente com a idade do meu filho mais velho, ler o "O mundo em que vivi", de Ilse Losa. E, um pouco mais tarde, não me recordo bem em que idade, o "Diário de Anne Frank". Marcaram-me ambos de uma forma extraordinária, porque me fizeram pensar no mundo e no que de bom e de mau o ser humano é capaz.
No outro dia, perante algumas perguntas pertinentes do meu filho Afonso sobre a Holocausto, sugeri-lhe a leitura destes livros. Mas histórias de miúdas... diários... Nã! Não se sentiu minimamente tentado.
Até que descobri hoje "O rapaz do Pijama às Riscas". Comprei-o de impulso, entreguei-lho e ele, sem hesitar, disse que seria o próximo a ler depois do que está a ler agora. As duas crianças deste livro - uma de cada lado do arame farpado - tinham sensivelmente a sua idade. A história é passada num tempo em que o avô dele já era nascido. E a verdade é que, histórias como aquela, continuam a acontecer um pouco por todo o mundo, em guerras em que ninguém parece conseguir travar. Hoje estamos de um lado do arame farpado. Amanhã podemos estar do outro. E só quando toda uma geração, por todo o mundo, o entender, é que os arames farpados desaparecerão da vida dos Homens...


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