Coisas de Planeta Terra e o que temos de fazer por ele

- 9.2.14

(Dudu) Este é o dia mais perigoso da minha vida, pois é?

O vento uivava furiosamente lá fora, enquanto na televisão as reportagens alertavam para uma noite de tempestade violenta.

(Mãe) Vai correr tudo bem, Dudu. Nós temos uma casinha forte. Pior estão aquelas pessoas que nem têm uma casa onde viver...

Não me sinto nada uma mãe alarmista, pelo contrário. Acredito que quase tudo se supera e de tudo se podem tirar lições. Mas desta tempestade havia uma grande lição a tirar, e não podia deixar de a aproveitar, por mais alarmista que a minha lição pudesse parecer.


"Estas fábricas, que produzem muito fumo, fabricam combustível para os veículos. Poluem muito.
Os veículos lançam gases que respiramos e que contribuem para aquecer a Terra.
Com o aquecimento, o gelo dos países frios e os glaciares derretem, e isso faz com que o nível do mar suba.
Por causa do aquecimento da Terra, há cada vez mais ciclones, ventos extremamente violentos que destroem tudo."

Já tínhamos lido este livro várias vezes, e várias vezes conversado sobre o aquecimento da Terra, o degelo e a destruição da camada de ozono, entre tantas outras coisas que estão a destruir o nosso planeta e são da nossa inteira responsabilidade. Mas ouvi-lo com uma tempestade lá fora acabou por fazer toda a diferença.

(Mãe) O que é que estão dispostos a fazer para curar a nossa Terra, meninos?

(Dudu) Dar abraços!
(Mamã) Boa, Dudu! A Terra também precisa desse tipo de "curas".
(Nonô) Eu posso dar beijinhos.
(Mamã) Também vão ser precisos.
(Afonso) E se desligássemos a eletricidade no mundo? Assim já não haveria fábricas a funcionar!
(Mamã) E já viste o que isso implicava? A vida de todos teria de se modificar radicalmente de um momento para o outro?
(Afonso) E não é melhor isso do que ficarmos sem um planeta onde viver?

Tinha toda a razão, mas por enquanto aquilo que parece estar nas nossas mãos é modificar a nossa vida e transmitir os melhores exemplos que pudermos às pessoas que estão à nossa volta.

(Sebastião) Quando fizermos a nossa horta já não vamos precisar de tantas coisas dos supermercados. E assim já não vão ser precisas tantas fábricas.
(Mamã) É verdade. E até poderemos trocar os produtos que nós produzirmos por outros que outros produzam. E agora olhem à vossa volta... Já viram a quantidade de coisas que temos aqui em casa que não precisamos?
(Afonso) Podemos doá-las.
(Mamã) Pois podemos. Mas mais importante do que isso é aprendermos a viver sem tantas coisas, porque tudo aquilo que achamos que precisamos sem precisar, teve de ser produzido, gastando recursos que são preciosos... e poluindo.

Falámos também de reciclagem, de detergentes ecológicos, das toneladas de lixo nosso que temos no mar e do abate massivo de árvores:

(Afonso) Se as árvores é que nos dão oxigénio, não tem lógica nenhuma estarmos a abatê-las!
(Mãe) Há muita coisa que não tem lógica neste mundo, filho, mas andamos todos, há muito tempo, a achar que não tem nada a ver connosco.

Os manos foram-se deitar, já na galhofa habitual. Só o Afonso, mais velho, ficou com um ar mais pensativo do que é costume.

(Mãe) Desculpa a mãe ter de te falar nestas coisas. Mas sabes quando é que eu comecei a pensar nisto tudo mais a sério? Quando tu, aos 4 anos, me perguntaste se os Humanos se iam extinguir como os nossos dinossauros. Nessa altura obrigaste a mãe a pensar nos que estamos a fazer ao nosso planeta. Agora acho que tenho a obrigação de te fazer ver que terás de ser tu e a tua geração a criarem um estilo de vida novo, que não destrua a Terra que é o nosso lar.

Anuiu, antes de se enfiar debaixo dos lençóis. Os manos também já estavam nas suas caminhas. Se amanhã ainda se lembrarão desta nossa conversa, não sei. Mas que ela é suficientemente urgente para a repetirmos todos os dias, se for preciso, isso é.

Agora aos adultos, deixo um vídeo que merece ser visto e que dá que pensar. E que todos tenhamos a força para fazermos o que estiver ao nosso alcance...

http://www.youtube.com/watch?v=MrqqD_Tsy4Q






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