Coisas de rodinha de manos
(Mãe) Meninos, hoje sentamo-nos em roda!
Não sei como é que ainda não me tinha lembrado disto. Geralmente ficamos em fila na cama do Afonso, que é maior, para eu e o Sebastião (meu excelentíssimo ajudante) contarmos a história aos manos mais novos. (o Afonso deita o olho e o ouvido, mas prefere ler os seus livros). Mas hoje lembrei-me de espalhar almofadas no chão do hall dos quartos e pedir-lhes que se sentassem numa roda.
(Nonô) Vamos jogar ao telefone estragado?
Podia ser, para aquecer as almofadas.
Galhofa pegada, claro, mas as almofadas é certo que aqueceram e já ninguém quis deixar a roda.
(Mãe) Agora vamos contar uma história. Eu conto um bocadinho e depois vocês continuam à vez.
Nasceram então os peixinhos que queriam ver estrelas a sério, o cão que se fez amigo de uma gaivota que o observava há muito tempo e, por entre muitos disparates, algumas ideias bem curiosas.
(Mãe) Hoje ficamos por aqui. Mas a partir de agora vamos sempre sentar-nos um bocadinho em roda para nos olharmos uns aos outros.
Amanhã vamos começar por dizer o que fizemos de melhor e de pior no nosso dia, tradição que se perdeu nos nossos dias, por entre a televisão ligada e a urgência de ir para a cama. Não sei quanto mais tempo tenho até que eles queiram ser donos dos seus próprios programas antes de ir para a cama (já faltou mais, muitos mais!). Mas enquanto alinharem, pode ser que venha a ser útil a todos...
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