Coisas de cidadão do mundo
Titão a estudar a bandeira nacional para o teste de Estudo do Meio:
(Titão) Porque é que as pessoas erguem a bandeira e fazem aquelas cerimónias todas?
(Sara) A bandeira é o símbolo de Portugal. As pessoas sentem orgulho no seu país.
Titão torce o nariz.
(Sara) Não te faz sentido, filho?
(Titão) Não... Não era todos os humanos serem do mesmo país? E terem a mesma língua?
Sempre acreditei que sim, nunca o tinha dito aos meus filhos. Somos um grão minúsculo no universo. Para quê tanta luta interna, tanta disputa, tanta diferença, se somos todos uma mesma espécie em busca de sobrevivência?
E depois estranhamos que os nossos filhos queiram correr o mundo, que se desinteressem da política nacional, das eleições e das tricas do país... eles não sentem já portugueses como os nossos antepassados sentiam. A globalização tornou-nos a todos cidadãos do mundo. E o mundo é um pequeníssimo planeta no contexto de um universo para onde as nossas atenções estão agora voltadas, à medida que descobrimos novas e novas paragens que um dia certamente (e estão tão breve!) iremos explorar.
É este o sentimento de uma nova geração que já olha o mundo sem fronteiras. Que acredita (ingenuamente, é certo, mas com uma ingenuidade inspiradora) que podemos ser todos um.
Palavras de uma nova geração que, por isso mesmo, vai mudar o mundo e a forma como o encaramos.
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