Coisas de Amor Cego
Nonô desce as escadas com uma saia de tule, uma coroa de flores, meias pirosas e colares ao pescoço.
(Afonso) Uau! O que é que aí vem? Parece que um arco-íris chocou com uma Princesa...
(Nonô) Estou bonita?
(Afonso) Bonita? Estás linda! Uma mistura de Barbie com Violeta...
Dizem as piores coisas das coleguinhas da escola. São todas feias, parvas, tontas e convencidas. Mas a maninha Nonô... a maninha Nonô é de outra raça. De outra espécie. É sempre linda, faz coisas giras, é fofinha e amorosa. Para vermos como o amor (mesmo o fraternal) é soberbamente cego e ilógico.
(Mãe) Um dia que te apaixones, Afonso, vais ser um romântico.
(Afonso) Eu???
(Mãe) Já te estou a imaginar a escrever poemas de amor...
(Afonso) Blarrrkkkk!
Veremos...
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