Coisas de Viver várias vidas

- 27.12.14

(Nonô) Mãeeeeeeeeeee!


O grito era lancinante e o assunto parecia importante.


(Nonô) Eu não quero morrer, mamã!

(Mãe) Filhinha, estás viva. É nisso que tens que pensar.

(Dudu) E depois de morreres, se quiseres, vens para cá outra vez...


O Dudu acredita piamente que vivemos várias vezes. Desde pequenino que o defende, e foi à custa dele que me pus a ler sobre o assunto. Há uns tempos, a avó perguntou-lhe quem lhe tinha falado no assunto. E ele foi peremptório:

(Dudu) Ninguém me falou. Eu sei.


O assunto ainda é tabu para muita gente. Noutros países, fazem-se importantes estudos sobre o assunto, com grandes especialistas. Há muitas histórias que parecem comprová-lo, mas fica sempre a dúvida. Até porque, em última instância, ninguém sabe como poderia a reencarnação funcionar. Na verdade, ninguém sabe como funciona a morte. Se ainda sabemos até tão pouco sobre como funciona a vida...


Não sendo eu alguém que tenha certezas sobre nada (estou sempre como o outro: só sei que nada sei!), sou uma curiosa sobre tudo, até porque, hoje, há informação credível (também não credível, é certo!) sobre quase tudo na internet.
Se houver por aí interessados na matéria, sugiro que espreitem este artigo:

"Recordava como as principais tradições do Oriente, o Hinduísmo e o Budismo, defendiam a reencarnação como um dogma fundamental, e como nessas religiões o conceito de vidas passadas é aceite como um aspecto básico da realidade. Aprendi igualmente que a teoria Sufi do Islão apresenta uma tradição muito bela a respeito da reencarnação, transmitida sob a forma de poesia, dança, e canções.
(…)
No Judaísmo, uma crença fundamental na reencarnação, ou gilgul, existiu durante milhares de anos. Essa crença constituiu uma pedra angular da fé judaica até cerca de 1800-1850, altura em que a urgência de "modernizar" e de ser aceite pelo sistema ocidental mais científico transformou as comunidades judaicas da Europa Oriental. No entanto e até essa altura, portanto há menos de dois séculos, a crença na reencarnação foi fundamental e constituiu um dos conceitos básicos. Nas comunidades Ortodoxa e Chasidic, a crença na reencarnação ainda hoje se mantém inabalável. A Cabala, literatura mística judaica datando de há muitos milhares de anos, está cheia de referências à reencarnação. O Rabi Moshe Chaim Luzzatto, um dos mais brilhantes académicos hebraicos dos últimos séculos, definiu o gilgul, na sua obra The Way of God: "Uma alma individual pode ser reencarnada por diversas vezes em diferentes corpos, e desta maneira pode corrigir o mal causado em encarnações anteriores. De modo análogo, também pode atingir um grau de perfeição que não conseguira em encarnações prévias.
Quando estudei a história da cristandade, descobri que referências primitivas à reencarnação existentes no Novo Testamento haviam sido eliminadas no século IV pelo Imperador Constantino quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. Segundo parece, o imperador terá sentido que o conceito de reencarnação ameaçava a estabilidade do império. Os cidadãos que acreditassem que poderiam ter uma outra oportunidade de vida poderiam mostrar-se menos cumpridores da lei do que aqueles que acreditavam num único Dia do Juízo para todos."


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