Coisas de menina-Rapaz

- 29.1.15

(Nonô) Mamã, sabes que a C. quer ser veterinária? E a J. quer ser bailarina.

(Mãe) Ai sim? E a X. quer ser o quê?

(Nonô) Quer ser menina-rapaz.

(Mãe) ??

(Nonô) Ela gosta de fazer as brincadeiras dos rapazes. Diz que vai ser menina-rapaz.


Interveio o Afonso, sempre com resposta pronta.


(Afonso) Mas isso não é assim, Leonor! Eu posso gostar da Violetta e não ser menino-rapariga. Cada um gosta do que quer.


A Mamã reforçou a questão. A X. podia gostar do que ela quisesse e, quando fosse grande, ter a profissão que entendesse. "Menina-rapaz" não era, seguramente, uma profissão. Com os gostos que ela tinha, poderia escolher a profissão que mais lhe agradasse (nunca é bem assim, mas pronto. Nesta fase é bom que acreditem que é possível).

E a Mamã lembrou-se de um texto que foi publicado há dias na plataforma Maria Capaz, escrito pela Rita Barata Silvério, sobre um menino (um dos seus filhos) que gostava de se vestir de princesa. Continua a não ser fácil lidar com tudo aquilo que fuja dos estereótipos que são tido como certos, "normais". Mas a verdade, verdadinha, é que a felicidade está em ser-se o que se é e gostar-se daquilo de que se gosta. Respeitando os outros. Mas respeitando-se também a si próprio.


http://mariacapaz.pt/estados-de-alma/e-se-o-teu-filho-se-quiser-vestir-de-princesa-por-rita-barata-silverio/

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