Coisas de What have we done to the world?

- 15.11.15




Imperativo ver. Imperativo refletir e pôr os nossos filhos a pensar.


(Afonso) Eu acho que isto tudo começou com as primeiras civilizações, que eram sociedades privadas... Talvez se o mundo continuasse a ser de todos, nunca tivéssemos chegado até aqui...

(Mãe) Não sei, filho. Porque antes disso as tribos também combatiam umas contra as outras, lutavam por território e pelos recursos. As sociedades tentaram criar organização. A verdade é que a sede de poder e de controlo é algo que está no ser humano. Enquanto não conseguirmos livrar-nos disso, nunca conseguiremos arranjar nenhum modo de vida que seja realmente eficaz, para todas as espécies, de uma forma sustentável.

(Afonso) Mas como é que fazemos isso?

(Mãe) A minha única esperança é na educação. O ensino tem necessariamente de deixar de ser um ensino competitivo. Se vocês crescem a competir para serem os melhores, essa semente que já existe em nós, será alimentada. Com consequências. O ensino devia ser algo que trabalhasse o nosso auto-conhecimento, a nossa capacidade de entreajude e solidariedade, o respeito pela diferença, a criatividade ao serviço do todo, a sustentabilidade...

(Afonso) Devíamos deixar de tentar ser os melhores, para aprendermos a dar o nosso melhor.

(Mãe) E temos mesmo de dar o nosso melhor para consertar este mundo, Afonso...


Olhos presos no computador. Corações suspensos no mundo.


(Afonso) Não sei se conseguimos sozinhos. Os alliens deviam mesmo vir ajudar-nos a dar conta disto...


E constato que o meu filho tem mais esperança em raças e civilizações que não temos a certeza de existirem, do que na nossa.
E penso para comigo que a Educação precisa também de ser uma fonte de esperança. Não num bom emprego, poder e em riquezas. Mas num mundo melhor que cada aluno poderá ajudar a construir.

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