Coisas de Dia do Pai

- 19.3.16



Os pais não se querem perfeitos. Precisamos de aprender com eles a importância das quedas. Aceitar as suas contradições, para entender as nossas. Precisamos de os ver rir, tanto quanto precisamos de os ver chorar. Precisamos de os ver ter vontade de desistir, para percebermos como é sempre possível reiventarmo-nos. Precisamos de pais humanos, que nos ensinem a lidar com a nossa própria humanidade.
Amo o meu pai por todas as coisas maravilhosas que ele é e que ele faz, mas também por todos as suas teimosias, as suas falhas e as suas quedas. Amo-o por tudo isso que é profundamente belo, como amo o pai dos meus filhos pelo tanto que ele lhes dá e lhes ensina (assim como me dá e me ensina a mim), mesmo quando erra ou se questiona.
Ano após ano tenho vindo a elogiar as virtudes, que felizmente são muitas, nos dois pais que tenho tido a sorte de ver crescer e envelhecer. Se hoje enalteço as falhas, não é porque sejam agora maiores do que antes. É antes porque, confrontada com as minhas próprias falhas, entendo-as cada vez mais necessárias. Em mim e nos outros. E é importante que nos amemos com noção do pacote inteiro...

Paizão e maridão, um feliz dia para vocês.
Pais que por aqui andam, e que eu admiro também... sejam muito felizes com os vossos filhos.

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