Coisas Anti-Pedagógicas (mas de vez em quando tem de ser)

- 17.9.17

Por circunstâncias várias, todos os meus filhos tiveram este fim-de-semana uma noite fora, em casa de amigos.
E claro que uma noite fora é sinónimo de noite mal dormida... e um humor de cão no dia seguinte!

Elétricos, quezilentos, impossíveis. Implicaram tanto uns com os outros, teimaram tanto, chatearam-me tanto, que a dada altura a mãe também perdeu a paciência.

(Mãe) Vão todos escrever dez vezes "Não vou chamar nomes aos meus irmãos".

Ah, e tal, isso é uma parvoíce, castigo parvo, não faz sentido...

(Mãe) Tu escreves 20. E tu 30!

Resmungaram mais um bocadinho, mas como o castigo ia acumulando, acabaram mesmo todos sentados a escrever o que lhes impus. Parvo e sem sentido, é certo, mas a mãe também tem os seus limites.

(Afonso) A mãe, com o cabelinho preto curtinho, passava bem por Kim Jong-Un...

(Mãe) Isto é assim, meninos: a democracia só funciona quando as pessoas são conscientes e cumprem as regras. Quando a democracia se transforma numa anarquia, sabem o que é que acontece?

(Afonso) Aparece um maluco qualquer a impor uma ditadura.

(Mãe) Ora aí está! Eu sou a maluca e esta casa só volta a ser uma democracia quando vocês se souberem comportar.

E foi a maluca da mãe que escolheu a história da noite, e foi a maluca da mãe que a leu sem interrupções, distribuiu mais meia dúzia de berros e outros tantos beijinhos.
E, com jeitinho, amanhã acorda tudo mais sereno (mãe incluída), a ditadura volta a ser uma democracia e a maluca da mãe pode deixar de fazer coisas parvas e sem sentido para impor à força a ordem e o respeito...

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