Coisas de Pais e Filhos
Coisas de Pais
Conheço muitos casos de filhos, com a minha idade e mais velhos, que apesar de adorarem os pais, não conseguem deixar de discutir com eles a toda a hora, desprezarem-nos, "picarem-nos", magoarem-nos... E isto acontece sobretudo com as mães. Conheço muitos filhos e filhas adultos que "tratam mal" as mães (estou a falar dentro dos limites do aceitável, claro) e, quando confrontados com a situação, negam-na ou admitem-me e realmente percebem que não faz sentido. Mas não conseguem mudá-la. O que a motiva é o que hoje me questiono. Será que há uma necessidade, a dada altura da nossa vida, de "cortar" abruptamente o cordão umbilical? Será que esses filhos apenas são demasiado parecidos com os pais e "chocam"? Será que há uma tendência em nós, seres humanos, para desprezarmos aqueles que mais nos amam, incondicionalmente? Ou faz parte da natureza que os filhos, a dada altura, se tentem mostrar superiores aos pais?
Não tenho a resposta, mas parece-me uma situação demasiado comum para ser ignorada. E pergunto-me como será quando os meus filhos tiverem essa atitude comigo (se a tiverem). Vão começar por me chamar lamechas por andar sempre a dar-lhes beijinhos, e depois chata por querer saber das namoradas, e depois melga por lhes querer entrar pela casa adentro e pôr e dispôr da vida deles... e depois vão falar entre eles, quiçá com o pai deles, "a mãe está que não se pode..." Se calhar a culpa também é das mães/pais, em muitas atitudes que tomam, mas os pais erram e os filhos acusam. Os filhos erram e os pais... ignoram. Enfim, acho que é a lei da vida.
1 comentários
Não sei se a entendo, cara mãe mas...passa-se alguma coisa de que nos queira falar e as suas censuras não deixam. Aborda uma questão delicada, real mas, nevertheless, fá-lo de um modo politicamente correcto. Diga o que tem a dizer à sua mãe e pronto. Descanse a seguir, durma o sono dos justos. Porque, pelo que li nos posts anteriores, parece-me ser o ponto menos pacífico desse interface intergeracional (o cabelo, o corte de cabelo penso que do Sebastião). Bem, pode ser uma sogra, esse arqui-inimigo da esposa/mãe mas, não me parece ser mulher de reproduzir estereotipos. Cumprimentos e boas reflexões. Este blog tem alguns momentos interessantes, especialmente se se é um avô atarefado como eu. Faz bem em falar, a falar é que a gente se entende.
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