Coisas de Santos

- 9.12.12

Este fim-de-semana recebemos a visita de Marcelino Champagnat, o santo fundador da escola dos meus filhos. Todas as semanas um menino da Pré leva para casa a Casinha de Champagnat, com um boneco, um livrinho com a história deste santo e um caderninho de registos, para os meninos contarem como foi a experiência e o que aprenderam.
A iniciativa parece-me de louvar. Com maior ou menor ligação à Fé Católica, receber em casa o exemplo de alguém que fez tanto pelos outros, é sempre positivo e merecedor de reflexões positivas.
O difícil vai ser devolver o boneco que, durante três dias, dormiu na caminha com o Duarte, bem tapadinho com um lençol e almofadas próprias... Uma ternura!



E pronto, a mãe pôs-se a pensar (é mais forte do que eu!) que uma mãe com filhos, por mais que pense em ser "santa" (no sentido de dedicar a sua vida aos outros, não na santidade comprovada pela Igreja, da qual não quero nem sei pronunciar-me) dificilmente conseguirá enquanto tiver os seus filhotes por casa. Dedicar a sua vida aos outros é difícil no meio do leva e traz da escola, dos TPC, das reuniões, dos testes, das festas, das extra-curriculares, das escolas por pagar, das refeições, das roupas, dos dentes por lavar, cabelos por esfregar, histórias de boa noite por ler e tosses por travar. A "santidade" exige disponibilidade, e uma mãe que deixe os seus filhos para ir cuidar exclusivamente dos outros também falhará em matérias de presença em casa.
Por isso, mães desta vida, há que não sentir culpa de deixarmos a "santidade" para alturas mais propícias. Por enquanto, há que dedicarmo-nos a sermos umas santas mães para os nossos filhos (e para todos aqueles com quem nos cruzamos na nossa lufa-lufa diária), com o reconhecimento possível... E, se assim for, já não será nada mau.

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