Coisas de Sapatilha de volta

- 23.1.13

Corrida atribulada para o ballett. Chuva e um Dudu a reboque a gritar que não é do ballett, é do hóquei. Chuva e uma Nonô cheia de sono porque não deve ter dormido sesta na escola. Birras e confusão no meio de uma escola de dança onde, à entrada, se apela a que se converse, em vez de se gritar! O que vale é que eu já tenho fama de mãe de 4 filhos, o que enche os olhos dos outros de uma pena que por vezes me dá um jeitão, e ninguém levou a mal que eu me tivesse fechado na casa de banho com os meus filhos a dar-lhes um valente raspanete... bem baixinho, vá, mas de olhos MUITO abertos!
Lá consegui enfiar o fato de ballett à Nonô, enquanto o Dudu espalhava os ganchos, mas na hora de lhe calçar as sapatilhas, faltava-me uma... Não gritei, juro que não gritei. Mas tive uma vontade daquelas! Depois daquele esforço todo, tinha perdido uma sapatilha de ballett pelo caminho!
Lá fui a correr pedir umas sapatilhas emprestadas, e a correr calçar a birrenta Leonor, e a correr levá-la para o "comboio" que as leva para a sala, e a correr levar dali o Dudu para a Leonor parar de chorar, e a correr... sentar-me a respirar fundo.

Meia hora depois, a Nonô saiu da sala, sorridente, como se nada tivesse acontecido. E os filhos têm este efeito em nós: quando as birras lhes passam, também nos esquecemos que eles as fizeram. E instala-se novamente um mundo perfeito... até uma nova birra.
- Mamã, hoje fiz o "Rei manda" sozinha.
- Boa, filhota!
- Mas olha... tenho aqui uma coisa na barriga...
Por baixo do seu maiô, uma sapatilha tamanho 25 presa aos collants!!! Sapatilha de volta. O mundo podia girar outra vez...

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