Coisas de Mamã-Robot
O livro de boa-noite hoje falava de um menino que inventava uma mamã-robot.
(E a mamã pensava que não seria assim tão mau ser uma mamã-robot)
A mamã-robot estava sempre presente.
(E a mamã pensava que, se fosse robot, podia ter muitos braços e chegar a todos os filhos, para que eles sentissem mais presença em cada instante)
A mamã-robot cozinhava coisas muito boas.
(E a mamã pensava que, se fosse um robot, talvez cozinhasse melhor e toda a gente cá de casa lhe gabasse os seus pratos)
A mamã-robot não obrigava a comer sopa e legumes.
(E a mamã pensava que, se fosse um robot, também não se preocupava em obrigar os seus filhos a comer aquilo que lhes faz falta)
A mamã-robot tinha força para defender os seus filhos dos ladrões, dos rufias da escola, dos animais selvagens...
(E o que a mamã gostava de ter a força de uma máquina para tudo isso, e ainda para derrubar todos os demais obstáculos da vida dos filhos).
Mas a mamã-robot não era quentinha, não fazia cócegas nem dava beijinhos.
(Pois é... se a mamã fosse um robot, talvez fosse mais perfeita... mas depois quem é que dava amor aos seus filhinhos?)
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