Coisas de Árvore de 5 ramos

- 24.4.13

Hoje imaginei-me a trepar a uma árvore com os meus filhos. Instintivamente, corremos todos para o mesmo ramo, para ficarmos juntos... e o ramo partiu-se. Cada um de nós já tinha um peso próprio. Cada um de nós já sabia trepar sozinho. Era tempo de cada um de nós viver no seu ramo, ainda que na mesma árvore.
Então, pedi a cada um deles que escolhesse o "seu" ramo. Um escolheu um ramo mais grosso para que ele nunca se partisse, outro um ramo mais alto para poder tocar o céu, outro um ramo mais torto para fazer acrobacias, outro um ramo mais comprido para poder ir e voltar sem sair da árvore.
Deixei-os escolher os seus ramos à vontade e só depois fui sentar-me no meu: o mais fininho que havia na árvore, para dessa forma deixar todos os ramos bons, livres, para eles.
Mas, assim que me sentei, o ramo partiu-se e eu fui parar outra vez ao meio do chão.
Então os meus filhos vieram buscar-me e explicaram-me que eu também tinha que escolher o meu ramo, que tinha de ser forte para aguentar o meu peso, que tinha de ser lá no alto para eu tocar no céu, que podia ter partes tortas para quando eu quisesse fazer acrobacias, e que devia ser igualmente comprido para eu ir e vir as vezes que quisesse, sem sair da árvore.
Eu achava, até então, que não devia preocupar-me em escolher um bom ramo para mim, porque a minha prioridade eram eles. Mas os meus filhos ensinaram-me que, na árvore da vida, todos merecem o seu lugar. Um lugar especial, à nossa medida. E uma mãe que saiba escolher o seu ramo, terá a força, a altura, a forma e o comprimento adequados para dar isso tudo e muito mais aos seus filhotes...

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