Coisas de Nonô, a mini-guerreira
Mãe e sogra a olhar para as paredes da cozinha e a falar sobre decoração, quando a Nonô se vem meter na conversa...
(Mãe) Anda, Nonô, anda aprender com a tua avó...
(Nonô) E tu aprendeste com quem?
(Mãe) Estamos sempre a aprender. Agora estou a aprender com a minha sogra.
Nonô pensa durante alguns segundos...
(Nonô) Eu ainda não tenho sogra, pois não?
(Mãe) Não, filha. Só quando tiveres um marido.
(Nonô) Não sabes. Também posso vir a ser uma "marida"...
A avó engole em seco, mas a Nonô continua, imperturbável, a olhar para as paredes. Não é propriamente o assunto mais falado cá em casa - apelo, isso sim, e constantemente, ao respeito por todos e pela sua liberdade, desde que esta não ponha em causa a liberdade dos outros - mas a Nonô já deu por diversas vezes prova do seu pensamento muito firme e independente contra tudo o que é sinónimo de preconceitos, injustiças e desigualdades, assim como contra um modo de viver que prejudique a Terra e os seres que nela habitam.
Não sei onde isso a vai levar, sei que terei de a ajudar a tentar ver sempre todas as frentes e pontos de vista, estudar contextos e diferentes realidades, para que as suas lutas sejam sempre fundamentadas e a sua voz contribua para uma efetiva mudança do que está mal, mais do que alimente ódio e desencadeie recuos perigosos.
Força, minha mini-guerreira!
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