Coisas de Mãe Trapalhona

- 12.10.17

A Nonô perdeu hoje mais um dente, e insistiu em pô-lo debaixo da almofada, como quando ainda acreditava na fada dos dentes.

(Nonô) Quanto é que me vais deixar, mãe? Cinco euros? Este dente doeu muito...

(Eu não digo que a minha filha é boa para o negócio?!)

(Mãe) Não, filha. A mãe não te vai deixar nada. Isso era o trabalho da fadinha dos dentes. Tu deixaste de acreditar nela, ela deixou de vir...

(Nonô) Mas eu acredito! Acredito muito nela. Mas ó mãe, conta lá... O que é que tu depois fazes aos dentes?

(Mãe) Tens de falar com a fada dos dentes.

(Nonô) Ó fada dos dentes, o que é que tu fazes aos dentes que levas da almofada? (chocada) Não me digas que os deitas fora...


(Lá tive de desmontar a personagem, ou nunca mais conseguia que ela adormecesse...)


(Mãe) Não deitei nada fora. Está tudo ali para uma gaveta.

(Nonô) Mas como é que sabes que dentes é que são de quem? Guardaste-os em caixas diferentes?


(Mãe cora um bocadinho. Os dentes estão todos para dentro de uma gaveta, ainda enrolados em papel de estanho. Sei lá eu que dentes são de quem!)

(Nonô) Mãe..... tu não me digas que não marcaste os dentes... E agora como é que eu vou saber quais são os meus?

(Mãe) Pensa assim, filha... Se algum dia precisares muito de esmalte para alguma coisa, em vez de meia dúzia de dentes teus, podes levar uns 50!

(Ficou feliz e adormeceu. A mãe trapalhona, desta vez, safou-se! Não se vai safar é de ir escrever mais uma cartinha da fada dos dentes, enrolar mais um dentinho em papel de prata... e atirá-lo para dentro da gaveta!)

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