Coisas de Dudu, o curioso

- 2.6.18

Diz que nem sempre é entendido, e que se interessa por coisas que nem sempre interessam aos amigos. "Sou diferente", explica. E a mãe lá vai dizendo que ser diferente é bom. Todos somos diferentes, em alguma medida. E que há uns mais diferentes do que outros, o que não é mau. Ele só precisa de saber lidar com a sua diferença e tirar dela o melhor partido.

(Dudu) Mãe, posso ir falar com aquele pescador? Quero saber mais coisas sobre a pesca...

Foi, e a mãe achou que não devia ir com ele. Era a sua curiosidade. As suas perguntas. A sua autonomia. A sua diferença.


Segui-o, à distância, a aprender a lançar o isco, a ouvir falar sobre os peixes que ali vivem... até que regressou, satisfeito.

(Mãe) E então, Dudu?

(Dudu) Este pescador não vai ter sorte... Há poucos peixes, estamos ao pé da praia. Ele devia ir para o fundo do pontão... Mas pronto. Acho que ele só veio aqui para se divertir.

(Mãe) E para falar com meninos como tu.

(Dudu) Sim. Ensinou-me várias coisas. Não comi foi a fruta que ele me ofereceu.

(Mãe) Não te apeteceu?

(Dudu) Nunca se sabe, mãe... Imagina que ele tinha posto droga na fruta. Temos sempre de ter cuidado, não é verdade?

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